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terça-feira, abril 16, 2019

Damares diz que na 'concepção cristã' mulher deve ser 'submissa' ao homem no casamento


Para ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos submissão é uma 'questão de fé'. Ela disse, porém, que visão cristã não a faz 'menos capaz' de comandar o ministério.

 

 

Por Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília
 A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, durante audiência na Câmara — Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados 

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, durante audiência na Câmara — Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados.

A ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta terça-feira (16) que dentro da sua “concepção cristã” a mulher deve ser submissa ao homem no casamento. 

Damares deu a declaração durante audiência pública na Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres na Câmara. 

Ela foi questionada pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) sobre se a mulher deveria ser submissa ao homem. 


Damares então afirmou que, dentro da doutrina cristã, o homem é o líder do casamento.

“Dentro da doutrina cristã, sim.


Dentro da doutrina crista, lá dentro da igreja, nós entendemos que um casamento entre homem e mulher, o homem é o líder do casamento.


Então essa é uma percepção lá dentro da minha igreja, dentro da minha fé”, declarou Damares. 

A ministra disse que isso não significa que todas as mulheres devem ser submissas e “abaixar a cabeça para o patrão, para o agressor e para os homens que estão aí”. 

“Mas dentro da minha concepção cristã, a mulher, sim, no casamento é submissa ao homem e isso é uma questão de fé", disse a ministra.


"Isso não me faz menos capaz de dirigir este ministério. 


Não me faz mais incompetente. 


É uma questão de fé lá dentro do meu segmento”, complementou. 

Posse de armas.

 

Durante os debates na comissão, a ministra foi perguntada também sobre a possibilidade de se aumentar o número de feminicídios com o decreto de Jair Bolsonaro que flexibilizou a posse de armas.


A ministra tergiversou e não respondeu. 


Damares afirmou que gostaria de deixar suas “intenções pessoais sobre desarmamento para um segundo momento”. 

“O que nós podemos fazer é um debate bem técnico. 


Sobre o impacto disso na violência contra a mulher. 


Não dá para dizer ainda se impactou. 


É tudo uma expectativa de que pode aumentar. 


Mas o homem mata com dentes, com mão, com pau. 


A violência contra a mulher se configura de diversas formas”, disse a ministra.

Aborto.

 

A ministra reforçou sua posição contrária ao aborto, mas afirmou que sua posição não vai nortear as políticas do ministério. 

“Tenho tantas coisas para fazer naquele mistério que o tema aborto eu não vou fazer essa discussão. 


É discussão do Parlamento e agora do Judiciário”, afirmou. 

Para Damares, um país sem estupro levaria à queda no número de abortos. 

“Quero um Brasil sem estupro, porque se não tivermos estupro, não vamos ter mulher lá no serviço de saúde pedindo para fazer o aborto”, disse. 

Audiência pública.

 

Em sua fala inicial, Damares apresentou slides com a estrutura do ministério, organograma, listou as secretarias e as funções de cada uma. 


Disse que o ministério trabalha no aperfeiçoamento do ligue 180. 


A ministra afirmou que o atendimento é pequeno e o retorno menor ainda. 

“Precisamos melhorar esse canal. Ele ainda é um ligue 180. 


Como o disque 100 ainda é um disque 100. 


Estamos tentando trabalhar com uma tecnologia mais avançada.


Porque não o WhatsApp? 


Por que não um telefone diferente? 


Por que não usar as redes sociais?’’, afirmou. 

Segundo a ministra, a Avon procurou o ministério e vai capacitar suas vendedoras para identificar sinais de agressão em mulheres quando estiverem vendendo seus produtos, dentro do programa “Salve uma Mulher”, lançado pela pasta. 

A ministra também se queixou da falta de dinheiro da pasta e pediu ajuda das deputadas. 

“Temos muitos desafios? 


Temos. 


Temos pouco dinheiro? 


Temos pouquíssimos dinheiro. 


O Orçamento está chegando na Casa. 


Contamos com a parceria das parlamentares”. 

A ministra afirmou ainda que é preciso buscar as mulheres que as políticas públicas não alcançaram, e citou as mulheres indígenas e as ciganas.

“Precisamos alcançar as mulheres ciganas. 


Essas mulheres existem. 


Essas mulheres quando entram no shopping no Brasil os seguranças vão tudo atrás. 


Só por que tem a saia mais colorida do que a da minha filha”, declarou. 

 COMENTÁRIO:

" Para ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos submissão é uma 'questão de fé".

Submissão da mulher ao marido não é uma questão de "fé", é uma questão de obediência aos mandamentos de Deus".

"E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará". GÊNESIS 3: 16.



 "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao SENHOR;


Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.

De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos". EFÉSIOS 5: 22 a 24.

Por isso mesmo que as uniões conjugais dos nossos dias não tem durado muito tempo. 

Porque as mulheres não querem ser submissas a seus maridos. 

Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 16 de abril de 2019.

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