Para ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos submissão é uma 'questão de fé'. Ela disse, porém, que visão cristã não a faz 'menos capaz' de comandar o ministério.
Por Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves,
durante audiência na Câmara — Foto: Pablo Valadares/Câmara dos
Deputados.
A ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves,
disse nesta terça-feira (16) que dentro da sua “concepção cristã” a
mulher deve ser submissa ao homem no casamento.
Damares deu a declaração durante audiência pública na Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres na Câmara.
Ela foi questionada pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) sobre se a
mulher deveria ser submissa ao homem.
Damares então afirmou que, dentro da doutrina cristã, o homem é o líder do casamento.
Damares então afirmou que, dentro da doutrina cristã, o homem é o líder do casamento.
“Dentro da doutrina cristã, sim.
Dentro da doutrina crista, lá dentro da igreja, nós entendemos que um casamento entre homem e mulher, o homem é o líder do casamento.
Então essa é uma percepção lá dentro da minha igreja, dentro da minha fé”, declarou Damares.
Dentro da doutrina crista, lá dentro da igreja, nós entendemos que um casamento entre homem e mulher, o homem é o líder do casamento.
Então essa é uma percepção lá dentro da minha igreja, dentro da minha fé”, declarou Damares.
A ministra disse que isso não significa que todas as mulheres devem ser
submissas e “abaixar a cabeça para o patrão, para o agressor e para os
homens que estão aí”.
“Mas dentro da minha concepção cristã, a mulher, sim, no casamento é submissa ao homem e isso é uma questão de fé", disse a ministra.
"Isso não me faz menos capaz de dirigir este ministério.
Não me faz mais incompetente.
É uma questão de fé lá dentro do meu segmento”, complementou.
Não me faz mais incompetente.
É uma questão de fé lá dentro do meu segmento”, complementou.
Posse de armas.
Durante os debates na comissão, a ministra foi perguntada também sobre a
possibilidade de se aumentar o número de feminicídios com o decreto de
Jair Bolsonaro que flexibilizou a posse de armas.
A ministra tergiversou e não respondeu.
Damares afirmou que gostaria de deixar suas “intenções pessoais sobre desarmamento para um segundo momento”.
“O que nós podemos fazer é um debate bem técnico.
Sobre o impacto disso na violência contra a mulher.
Não dá para dizer ainda se impactou.
É tudo uma expectativa de que pode aumentar.
Mas o homem mata com dentes, com mão, com pau.
A violência contra a mulher se configura de diversas formas”, disse a ministra.
Sobre o impacto disso na violência contra a mulher.
Não dá para dizer ainda se impactou.
É tudo uma expectativa de que pode aumentar.
Mas o homem mata com dentes, com mão, com pau.
A violência contra a mulher se configura de diversas formas”, disse a ministra.
Aborto.
A ministra reforçou sua posição contrária ao aborto, mas afirmou que sua posição não vai nortear as políticas do ministério.
“Tenho tantas coisas para fazer naquele mistério que o tema aborto eu
não vou fazer essa discussão.
É discussão do Parlamento e agora do Judiciário”, afirmou.
É discussão do Parlamento e agora do Judiciário”, afirmou.
Para Damares, um país sem estupro levaria à queda no número de abortos.
“Quero um Brasil sem estupro, porque se não tivermos estupro, não vamos
ter mulher lá no serviço de saúde pedindo para fazer o aborto”, disse.
Audiência pública.
Em sua fala inicial, Damares apresentou slides com a estrutura do ministério, organograma, listou as secretarias e as funções de cada uma.
Disse que o ministério trabalha no aperfeiçoamento do ligue 180.
A ministra afirmou que o atendimento é pequeno e o retorno menor ainda.
A ministra afirmou que o atendimento é pequeno e o retorno menor ainda.
“Precisamos melhorar esse canal. Ele ainda é um ligue 180.
Como o disque 100 ainda é um disque 100.
Estamos tentando trabalhar com uma tecnologia mais avançada.
Porque não o WhatsApp?
Por que não um telefone diferente?
Por que não usar as redes sociais?’’, afirmou.
Como o disque 100 ainda é um disque 100.
Estamos tentando trabalhar com uma tecnologia mais avançada.
Porque não o WhatsApp?
Por que não um telefone diferente?
Por que não usar as redes sociais?’’, afirmou.
Segundo a ministra, a Avon procurou o ministério e vai capacitar suas
vendedoras para identificar sinais de agressão em mulheres quando
estiverem vendendo seus produtos, dentro do programa “Salve uma Mulher”,
lançado pela pasta.
A ministra também se queixou da falta de dinheiro da pasta e pediu ajuda das deputadas.
“Temos muitos desafios?
Temos.
Temos pouco dinheiro?
Temos pouquíssimos dinheiro.
O Orçamento está chegando na Casa.
Contamos com a parceria das parlamentares”.
Temos.
Temos pouco dinheiro?
Temos pouquíssimos dinheiro.
O Orçamento está chegando na Casa.
Contamos com a parceria das parlamentares”.
A ministra afirmou ainda que é preciso buscar as mulheres que as
políticas públicas não alcançaram, e citou as mulheres indígenas e as
ciganas.
“Precisamos alcançar as mulheres ciganas.
Essas mulheres existem.
Essas mulheres quando entram no shopping no Brasil os seguranças vão tudo atrás.
Só por que tem a saia mais colorida do que a da minha filha”, declarou.
Essas mulheres existem.
Essas mulheres quando entram no shopping no Brasil os seguranças vão tudo atrás.
Só por que tem a saia mais colorida do que a da minha filha”, declarou.
COMENTÁRIO:
" Para ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos submissão é uma 'questão de fé".
Submissão da mulher ao marido não é uma questão de "fé", é uma questão de obediência aos mandamentos de Deus".
"E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará". GÊNESIS 3: 16.
"Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao SENHOR;
Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos". EFÉSIOS 5: 22 a 24.
Por isso mesmo que as uniões conjugais dos nossos dias não tem durado muito tempo.
Porque as mulheres não querem ser submissas a seus maridos.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 16 de abril de 2019.
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