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quarta-feira, abril 24, 2019

Candidata que diz ter sido laranja de ministro do Turismo confirma denúncia ao MPF




Zuleide Silva também entregou 25 mil santinhos em dobradinha com Marcelo Álvaro Antônio que não foram declarados à Justiça; ministro do Turismo voltou a negar as irregularidades.

Zuleide de Oliveira acusa ministro de chamá-la para ser convidada laranja — Foto: Reprodução/EPTV
Zuleide de Oliveira acusa ministro de chamá-la para ser convidada laranja — Foto: Reprodução/EPTV. 
Por G1 Sul de Minas

Candidata a deputada estadual por Minas Gerais nas eleições de 2018, Zuleide Aparecida Oliveira (PSL) confirmou, em depoimento ao Ministério Público (MPF) nesta segunda-feira (22), ter sido chamada para atuar como laranja pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que era presidente do partido no estado durante a campanha. 


Procurado pelo G1, ele voltou a negar as supostas irregularidades e afirmou que aguarda a conclusão das investigações. 

Zuleide esteve na sede da Procuradoria da República de Pouso Alegre, no Sul de Minas, e entregou materiais de campanha enviados pelo partido. 


Dentre os itens, que segundo o MPF não foram declarados à Justiça, estão 25 mil santinhos de propaganda, em dobradinha com Álvaro Antônio, que foi o deputado federal mais votado em Minas Gerais. 

Além disso, foram entregues adesivos de apoio ao então candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, ao lado do atual ministro do Turismo. 


Agora, conforme o MPF, o material deve ser encaminhado para análise de prestação de contas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MG). 

Ainda segundo o Ministério, os gastos com a campanha da candidata não foram registrados pelas divisões do PSL estadual e nacional. 


A intenção do MPF é apurar supostas irregularidades. 

Candidata laranja.

 

A suspeita é de que Zuleide tenha atuado como candidata laranja, ou seja, de fachada. 


Ela teria sido chamada pelo PSL sem a intenção de concorrer de fato. 


Nesse tipo de candidatura, os objetivos podem ser irregulares, como desviar dinheiro do Fundo Eleitoral ou cumprir a regra de destinar ao menos 30% de dinheiro desse fundo a candidatas mulheres. 

Zuleide já tinha sido ouvida pela Polícia Federal no dia 19 de março


Durante o depoimento, ela contou que encontrou Marcelo Álvaro Antônio no ano passado em Belo Horizonte (MG) e que ele fez a proposta de que saísse candidata a deputada estadual. 

Segundo ela, caso fosse entrasse na disputa, receberia R$ 60 mil do fundo partidário, mas só ficaria com R$ 15 mil para a campanha. 


Na época, o ministro negou irregularidades e disse que a candidata "mente descaradamente"

Outras candidatas do PSL mineiro são investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por suspeita de candidatura laranja nas últimas eleições. 


As investigações apuram a denúncia de que o dinheiro enviado às candidatas teria sido devolvido a assessores do ministro Marcelo Álvaro Antônio.

Denúncia.

 

Zuleide Aparecida Oliveira enviou, em 19 de setembro de 2018, um e-mail ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais no qual citou o atual ministro do Turismo e contou ter sido induzida pelo PSL a ser candidata. 


Na mensagem, ela contou que, depois de assinar documentos, não teve mais o respaldo de Marcelo Álvaro Antônio.


Na época, o TRE confirmou o recebimento do e-mail e informou que o procedimento correto seria denunciar ao Ministério Público Eleitoral. 


O caso veio à público em uma reportagem publicada pelo jornal "Folha de São Paulo" em dia 7 de março. 

Após a repercussão, o Ministério Público Eleitoral afirmou que "considerando os indícios de irregularidades na prestação de contas de Zuleide Aparecida de Oliveira, que não foram declarados à Justiça Eleitoral os santinhos mostrados na reportagem da ‘Folha de S.Paulo’, determinou a instauração de procedimento preparatório eleitoral”. 

O que diz o ministro.

 

Em nota enviada ao G1, o ministro comentou o caso. 


Veja a nota na íntegra: 

"Reitero que não houve qualquer candidatura laranja no PSL de Minas Gerais e que o partido seguiu rigorosamente o que determina a lei. 


Já apresentei ao Ministério Público provas de que tudo o que vem me atingido nos últimos dois meses é resultado de uma disputa política local. 


Sigo confiante no trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça, onde as investigações estão em curso e sigo no aguardo da conclusão das investigações confiante de que a verdade prevalecerá".

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