Testes de hospital onde Imane Fadil estava internava apontaram 'substâncias radioativas', segundo jornal. Ex-modelo ficou conhecida durante escândalo das festas 'bunga-bunga'.
A morte recente da ex-modelo Imane Fadil, uma testemunha no julgamento contra Silvio Berlusconi no caso de suas festas conhecidas como "bunga-bunga",
ainda é um mistério para as autoridades.
Segundo noticiou a imprensa italiana neste sábado (16), há indícios de que ela tenha sido envenenada com substâncias radioativas.
Segundo noticiou a imprensa italiana neste sábado (16), há indícios de que ela tenha sido envenenada com substâncias radioativas.
Fadil, de 33 anos, foi internada em 29 de janeiro perto de Milão e
morreu em 1º de março, no mesmo hospital, disse o procurador Francesco
Greco, que anunciou a abertura de uma investigação.
De acordo com o jornal "Corriere della Sera", o hospital realizou
testes para tentar entender a causa da deterioração da saúde da
ex-modelo.
Os resultados ficaram prontos em 6 de março - cinco dias após a morte
da testemunha - e revelavam "a presença de uma mistura de substâncias
radioativas que normalmente não são encontradas no comércio", diz a
publicação, que cita fontes não identificadas.
Segundo Paolo Sevesi, advogado de Fadil, ela confidenciou a ele "o medo de ter sido envenenada", afirma a agência da AGI.
Silvio Berlusconi durante votação no Parlamento italiano, em 2011 — Foto: AP.
'Rubygate'.
Imane Fadil ficou conhecida quando testemunhou em 2012 no processo
conhecido como "Rubygate".
O escândalo sexual revelou as festas que Berlusconi, ex-líder do governo italiano, organizava com jovens mulheres em sua residência em Arcore, nos arredores de Milão.
O escândalo sexual revelou as festas que Berlusconi, ex-líder do governo italiano, organizava com jovens mulheres em sua residência em Arcore, nos arredores de Milão.
A ex-modelo relatou que, na noite de sua primeira visita a Arcore,
Berlusconi lhe deu um envelope com 2.000 euros, e disse: "Não se sinta
ofendida".
"Ela escreveu um livro que ela não conseguiu publicar e (...) estava
convicta de que uma seita satânica formada só por mulheres se reunia em
Arcore", afirma o jornal "Il Fatto Quotidiano".
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