Ministério da Educação enviou um e-mail para escolas pedindo a leitura de uma carta do ministro, seguida da execução do Hino Nacional. Crianças seriam filmadas durante o ato.
Por Fernanda Calgaro, G1 — Brasília
Ministro da Educação diz que errou ao pedir que escolas filmassem crianças, sem autorização, cantando hino.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, reconheceu nesta terça-feira (26) que errou ao pedir que as escolas filmassem as crianças cantando o Hino Nacional, sem a autorização dos pais.
O Ministério da Educação (MEC)
enviou um e-mail para as escolas do país pedindo a leitura de uma carta
do ministro e orientando que, logo após, os responsáveis pelas escolas
executassem o Hino Nacional e filmassem as crianças durante o ato.
O pedido foi alvo de críticas de educadores e juristas.
O pedido foi alvo de críticas de educadores e juristas.
A carta é encerrada com as frases "Brasil acima de tudo" e "Deus acima de todos", que foram o slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro nas eleições.
"Eu percebi o erro, tirei essa frase, tirei a parte correspondente a
filmar crianças sem a autorização dos pais.
Evidentemente, se alguma coisa for publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais", afirmou.
Evidentemente, se alguma coisa for publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais", afirmou.
Questionado quando retirou o trecho do slogan, respondeu: "Saiu hoje de circulação".
O ministro deu a declaração na manhã desta terça, no Senado.
Ele foi convidado a participar de sessão na comissão de Educação para apresentar aos senadores diretrizes e os programas prioritários da pasta.
Ele foi convidado a participar de sessão na comissão de Educação para apresentar aos senadores diretrizes e os programas prioritários da pasta.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez — Foto: Reprodução/MEC.
Nova carta.
O MEC informou, por meio de nota, que enviará ainda nesta terça a
escolas do país uma carta atualizada do ministro para que seja lida
pelos responsáveis pelas instituições de ensino de forma voluntária no
primeiro dia letivo deste ano.
A nova carta não contém trecho que foi utilizado durante a campanha de
Jair Bolsonaro à Presidência.
"A carta a ser lida foi devidamente revisada a pedido do ministro, após reconhecer o equívoco, tendo sido retirado o trecho também utilizado durante o período eleitoral", informa a nota do MEC.
"A carta a ser lida foi devidamente revisada a pedido do ministro, após reconhecer o equívoco, tendo sido retirado o trecho também utilizado durante o período eleitoral", informa a nota do MEC.
De acordo com o MEC, o e-mail a ser enviado com a nova carta pede que,
após a leitura da mensagem do ministro, professores, alunos e demais
funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil,
se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional.
Segundo o MEC, a escola que quiser atender voluntariamente o pedido do
ministro, deve filmar trechos curtos da leitura da carta e da execução
do Hino, mediante autorização da pessoa filmada ou de seus pais ou
responsáveis.
Os vídeos devem ser enviados ao MEC que para uso institucional.
De acordo com o MEC, a atividade faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.
De acordo com o MEC, a atividade faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.
A nova versão da carta tem a seguinte redação, segundo o MEC:
"Brasileiros!
Vamos saudar o Brasil e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração."
Vamos saudar o Brasil e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração."
Ministro da Educação pede que escolas filmem alunos durante o Hino Nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário