Ministra dos Direitos Humanos fez referência a relatório que classifica Brasil como pior país da América do Sul para meninas. Segundo ela, o combate a isso exige uma 'revolução cultural'.
Por G1 — Brasília
Ministra da Família, Damares Alves, volta a dar declaração polêmica.
Ao comentar a situação da violência contra a mulher no Brasil, a
ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que, se tivesse que
aconselhar pais de meninas, diria a eles para fugir do país.
Em fala divulgada nesta sexta-feira (15) pelo site da rádio Jovem Pan, a
ministra fazia referência, segundo a assessoria do ministério, a uma reportagem de 2016 do jornal "O Globo" sobre
relatório da ONG Save the Children.
De acordo com o relatório, entre 144 nações avaliadas, o Brasil ocupava a 102ª posição do Índice de Oportunidades para Garotas.
De acordo com o relatório, entre 144 nações avaliadas, o Brasil ocupava a 102ª posição do Índice de Oportunidades para Garotas.
"A gente vê aí um quadro que a gente vai precisar mudar.
Veja só.
Agora a gente recebeu uma pesquisa de que o Brasil é o pior país da América do Sul para criar menina.
Meu Deus!
O pior da América do Sul.
Veja só.
Se eu tivesse que dar um conselho para quem é pai de menina, mãe de menina, era 'foge do Brasil'.
Você está no pior país da América do Sul para criar meninas", afirmou a ministra.
Veja só.
Agora a gente recebeu uma pesquisa de que o Brasil é o pior país da América do Sul para criar menina.
Meu Deus!
O pior da América do Sul.
Veja só.
Se eu tivesse que dar um conselho para quem é pai de menina, mãe de menina, era 'foge do Brasil'.
Você está no pior país da América do Sul para criar meninas", afirmou a ministra.
A assessoria da ministra informou que, se colocada fora de contexto, a
fala da ministra "aparenta ser um conselho", mas que, ao dar a
declaração, ela estava apontando a "dramaticidade" da situação.
"Fora de contexto, a fala da ministra aparenta ser um conselho.
Na verdade, ela chama a atenção para o problema, demonstrando a dramaticidade da situação atual, e, em seguida, aponta as soluções que serão apresentadas por este ministério", disse a assessoria.
Na verdade, ela chama a atenção para o problema, demonstrando a dramaticidade da situação atual, e, em seguida, aponta as soluções que serão apresentadas por este ministério", disse a assessoria.
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves,
durante reunião do Conselho de Governo, em janeiro — Foto: Marcos
Corrêa/Presidência da República
No áudio divulgado pela rádio, Damares disse que o número de meninas
abusadas no país é "absurdo".
De acordo com a ministra, é preciso uma "revolução cultural" para combater a violência contra a mulher.
De acordo com a ministra, é preciso uma "revolução cultural" para combater a violência contra a mulher.
"Nós vamos ter que rever essa questão da proteção e defesa da mulher
com uma grande revolução cultural, mas uma revolução cultural mesmo.
Lá na escola.
Não adianta eu fazer só a repressão", disse Damares.
Lá na escola.
Não adianta eu fazer só a repressão", disse Damares.
A ministra disse que a violência contra a mulher no Brasil é uma "triste realidade", que precisa mudar.
"A violência não está só dentro de casa.
A violência está na rua, está nos ônibus.
É um país onde ainda os homens encoxam as mulheres dentro dos ônibus.
É um país em que os homens passam a mão na mulher dentro do metrô.
Isso é violência contra a mulher, atentado à dignidade da mulher", afirmou Damares.
A violência está na rua, está nos ônibus.
É um país onde ainda os homens encoxam as mulheres dentro dos ônibus.
É um país em que os homens passam a mão na mulher dentro do metrô.
Isso é violência contra a mulher, atentado à dignidade da mulher", afirmou Damares.
Outras declarações.
Nestas primeiras semanas do novo governo, Damares causou polêmica com algumas declarações.
Em uma delas, a ministra afirmou que o Brasil está em "nova era" em que "menino veste azul e menina veste rosa".
Depois, disse que se tratava de uma metáfora.
Em uma delas, a ministra afirmou que o Brasil está em "nova era" em que "menino veste azul e menina veste rosa".
Depois, disse que se tratava de uma metáfora.
Em outra declaração polêmica,
a ministra disse criticou a regra do Sistema de Seleção Unificada do
Ministério da Educação (Sisu) que permite ao estudante se candidatar a
vaga universitária longe de onde a família mora.
"O menino lá do Rio Grande do Sul faz o Enem, ele passa no vestibular
para medicina lá no Amapá, que é o grande sonho dele e da família.
Esse menino é tirado do contexto. Às vezes tem apenas 16 anos.
Será que nós não poderíamos estar começando a pensar em políticas públicas, que este menino ficasse um pouco mais próximo da família?
'Ah, mas em outros países acontece'.
Mas nos outros países o papai tem dinheiro para ir lá na universidade visitar de vez em quando o filho”, afirmou a ministra na ocasião.
Esse menino é tirado do contexto. Às vezes tem apenas 16 anos.
Será que nós não poderíamos estar começando a pensar em políticas públicas, que este menino ficasse um pouco mais próximo da família?
'Ah, mas em outros países acontece'.
Mas nos outros países o papai tem dinheiro para ir lá na universidade visitar de vez em quando o filho”, afirmou a ministra na ocasião.
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