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domingo, dezembro 30, 2018

Multidão acompanha enterro de Mãe Stella de Oxóssi em Salvador


Corpo foi levado ao cemitério Jardim da Saudade após um cortejo pelas ruas de São Gonçalo do Retiro. Ialorixá seria sepultada em Nazaré, no recôncavo baiano, mas foi levada para capital após decisão judicial.

 

Por G1 BA
Corpo de Mãe Stella de Oxóssi é enterrado em Salvador
Corpo de Mãe Stella de Oxóssi é enterrado em Salvador.

Mãe Stella de Oxóssi foi enterrada por volta das 11h30 (12h30 de Brasília) deste sábado (29), no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. 


O corpo da ialorixá, considerada uma das mais importantes do país, foi levado para o local após um cortejo que saiu da Terreiro Ilê Opô Ajonjá, em São Gonçalo do Retiro, pelas ruas do bairro. 



Uma multidão participou da cerimônia. 


Vestidos de branco, como manda a tradição da religião, filhos e filhas de santo do templo religioso liderado pela ialorixá, além de representantes de terreiros irmãos, acompanharam as últimas homenagens.
Enterro de Mãe Stella de Oxóssi, no Jardim da Saudade, em Salvador — Foto: Phael Fernandes/ G1
Enterro de Mãe Stella de Oxóssi, no Jardim da Saudade, em Salvador — Foto: Phael Fernandes/ G1.

Ao chegar no cemitério, o corpo de Mãe Stella foi levado para uma das capelas, mas ficou pouco tempo no local, que foi tomado pelos amigos, familiares e admiradores da religiosa. 


Logo depois, foi iniciada a cerimônia de sepultamento. 

A ialorixá foi enterrada ao som dos atabaques e dos cânticos tradicionais do candomblé. 


Após baixar o caixão, uma tábua de madeira e dezenas de flores foram colocadas sobre ele. 


Em seguida, filhos e filhas de santo se abraçaram em um momento de silêncio absoluto, em respeito à memória de Mãe Stella. 


Antes de deixarem o local, eles acenderam velas ao lado do jazigo. 

O vice-prefeito, Bruno Reis, o reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles, a senadora Lídice da Mata e o cantor Tonho Matéria participarama da cerimônia.
Multidão acompanhou o enterro de Mãe Stella de Oxóssi, em Salvador — Foto: Phael Fernandes/ G1
Multidão acompanhou o enterro de Mãe Stella de Oxóssi, em Salvador — Foto: Phael Fernandes/ G1.

A decisão da Justiça saiu no início da tarde de sexta-feira (28), durante o velório da ialorixá, realizado na Câmara de Vereadores de Nazaré. 


A cerimônia era aberta ao público e contava com a participação de filhos de santo, que tiraram o corpo do local após saberem da determinação judicial. 


No local, o clima ficou tenso. 

O corpo de Mãe Stella foi levado do velório direto para Salvador. 


Ao chegar na capital baiana, foi levado para uma funerária e, em seguida, transferido para o terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, no bairro de São Gonçalo do Retiro. 


No local, filhos de santo participaram de uma cerimônia em homenagem à ialorixá.
Cortejo fúnebre com corpo de Mãe Stella percorre ruas de Salvador — Foto: Giana Mattiazzi/ TV Bahia
Cortejo fúnebre com corpo de Mãe Stella percorre ruas de Salvador — Foto: Giana Mattiazzi/ TV Bahia.

Segundo Ribamar Daniel, presidente da Sociedade Cruz Santa do Afonjá, responsável pela manutenção do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, o enterro de Mãe Stella foi como manda a tradição da religião. 

"Nós [comunidade do terreiro] estamos imensamente gratificados com o que ocorreu, porque a nossa ialorixá jamais poderia deixar de receber uma homenagem digna dessa, da sua importância. 


Essa homenagem é gloriosa, é uma homenagem que se faz a qualquer filho de santo iniciado nas religiões dos orixás [e não poderia ser diferente com uma ialorixá]. 


Mãe Stela chegou ao topo da hierarquia do candomblé, tornando-se a ialorixá mais importante do Brasil, quiçá do mundo. 


É conhecida no mundo todo", pontuou Ribamar. 

Graziela não participou do enterro. 


Por telefone, ela disse ao G1 que não ia compactuar com uma coisas que Mãe Stella não queria. 

"Diante do que fizeram com o corpo de Mãe Stella, com o pedido que ela fez [de ser enterrada em Nazaré], eu ia compactuar com isso? Por que fizeram aquilo [transferir o corpo]? 


Qual lei permite isso? 


Eu sou a esposa dela, com as procurações todas na minha mão, com os áudios e vídeos dela dizendo que queria ser enterrada aqui [Nazaré], e não fui ouvida", disse.
Filhos e filhas de santo no terreiro liderado por Mãe Stella, pouco antes da saída do cortejo fúnebre — Foto: Rildo Araújo/ TV Bahia
Filhos e filhas de santo no terreiro liderado por Mãe Stella, pouco antes da saída do cortejo fúnebre — Foto: Rildo Araújo/ TV Bahia.

Com a morte da ialorixá, o terreiro passará por uma série de ritos, como o Axexê. 


Segundo Urandir Vasconcelos, sobrinho de santo de Mãe Stella, o ritual marca a passagem da terra para o céu. 

" [O axexê] começa hoje e segue por mais sete dias seguidos. 


O axexê é a passagem da terra para o céu, para se encontrar com Olorum.


É um ritual feito para que a passagem seja de forma tranquila e digna", afirmou Urandir. 

"Os iniciados do mistério nunca morrem. 


Por ela ser ialorixá, a matriarca do terreiro, durante a próxima semana serão feitas obrigações, quando o nome dela será invocado novamente à terra para receber as obrigações", completou Diego Oliveira, filho de santo do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá.
Cortejo fúnebre saiu do Terreiro Ilê Axé Opô Ofunjá, no São Gonçalo do Retiro, até o Jardim da Saudade, em Brotas — Foto: Giana Mattiazzi/ TV Bahia
Cortejo fúnebre saiu do Terreiro Ilê Axé Opô Ofunjá, no São Gonçalo do Retiro, até o Jardim da Saudade, em Brotas — Foto: Giana Mattiazzi/ TV Bahia.

Desde 2017, Mãe Stella morava na cidade de Nazaré, que fica a cerca de 210km de Salvador. 


Ela se mudou de Salvador para lá por conta do desentendimento entre os filhos de santo e a companheira dela, Graziela. 

Com a morte da ialorixá, o terreiro Ilê Axé Opó Afonjá ficará fechado por um ano, de luto. 


Neste período, não haverá cultos nem festividades, segundo o que determina a tradição do candomblé sempre que morre uma ialorixá ou um babalorixá.

Só no fim de 2019 que o terreiro terá nova ialorixá. 


A substituição será determinada pelos orixás, com jogo de búzios. 


A liderança é dada a uma mulher porque o Ilê Axé Opó Afonjá é uma casa de tradição feminina. 

Biografia.

Mãe Stella morreu aos 93 anos — Foto: Alan Tiago Alves/G1
Mãe Stella morreu aos 93 anos — Foto: Alan Tiago Alves/G1
Mãe Stella nasceu no dia 2 de maio de 1925, em Salvador. 


Foi a quarta filha de Esmeraldo Antigno dos Santos e Thomázia de Azevedo Santos. 

Aos 13 anos, foi levada pela tia, que a criava, para o terreiro de mãe Aninha, a fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá. 


Um ano depois, foi iniciada no candomblé. 


Na juventude, sempre gostou de ler. 


Formou-se enfermeira, profissão que exerceu durante 30 anos. 


Em 1976, aos 51 anos de idade, foi escolhida pelos orixás para ser a nova líder do terreiro de São Gonçalo do Retiro. 


Mãe Stella foi a quinta ialorixá a comandar o Ilê Axé Opó Afonjá. 

Em 1999, Mãe Stella conseguiu que o terreiro fosse tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

Em 2005, recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). 


Quatro anos depois, recebeu o mesmo título pela Universidade do Estado da Bahia. 


Além disso, Mãe Stella foi agraciada com a Comenda Maria Quitéria, da Prefeitura de Salvador, com a Ordem do Cavaleiro, do Governo do Estado, e a Ordem do Mérito, do Ministério da Cultura. 

Estudiosa e divulgadora da crença religiosa africana, Mãe Stella foi a primeira ialorixá no Brasil a escrever livros e artigos sobre o candomblé.  


Em 2013, foi eleita por unanimidade para a Academia de Letras da Bahia, ocupando a cadeira de número 33 cujo patrono é o poeta Castro Alves.
Mãe Stella de Oxóssi — Foto: Danutta Rodrigues 
Mãe Stella de Oxóssi — Foto: Danutta Rodrigues.

A líder religiosa, cultural e social do seu povo sempre condenou o sincretismo religioso. 


Para a mãe de santo Stella de Oxóssi, candomblé é candomblé, e catolicismo é catolicismo. 


Não concordava com a fusão entre santos e orixás. 

Sempre preocupada em garantir a preservação da cultura negra, Mãe Stella participava de conferências e dava palestras. 


No Ilê Axé Opô Afonjá, montou o primeiro museu aberto em uma casa de candomblé, onde podem ser vistas as roupas e os objetos usados pelas mães de santo da casa e pelos orixás. 

O livro “Mãe Stella de Oxóssi – Estrela nossa, a mais singela!”, obra organizada pelo escritor Marcos Santana, conta a história de vida da ialorixá com poesias, depoimentos, resenhas e análises de algumas de suas produções intelectuais.  


A obra foi lançada em 2014, no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá

O livro é uma coletânea que reúne resgate histórico e cultural, com textos de diversos autores, como: Edivaldo Boaventura, Muniz Sodré, Antonio Olinto, Jorge Amado, Fernando Coelho, Padre Arnaldo Lima, Dorival Caymmi, Jorge Portugal, Menininha dos Gantois, Detinha de Xangô, Marcos Santana e da própria Mãe Stella. 

Em 2014, Mãe Stella também foi homenageada da Flica, festa literária que é realizada todos os anos na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. 


Na mesma época, criou a biblioteca itinerante adaptando um ônibus para levar a qualquer lugar livros que abordam curiosidades sobre todas as religiões


Pregava um respeito mútuo e uma convivência pacífica entre todas as crenças para que as pessoas se aproximassem pela fé. 

Mais do que uma sacerdotisa de um dos mais importantes terreiros de candomblé do país, Mãe Stella de Oxóssi foi uma militante do resgate cultural de um povo. 


COMENTÁRIO:


O QUE DIZ A BÍBLIA SAGRADA SOBRE QUEM ENTRARÁ NO CÉU DEPOIS DE PARTIR DESTE MUNDO.

Valter Desiderio Barreto.



“Mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”. Apocalípse 21: 8.

“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.

Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”. Apocalipse 22: 14 e 15.


“Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;

Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.

Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza (relação sexual entre mulheres).

E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens (relação sexual entre homens), cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”. Romanos 1: 24 a 27.


“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?

Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”. I  
CORÍNTIOS 6: 9 e 10.

“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”. GÁLATAS 5: 19 a 21.

Disse Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? “. Mateus 7: 21 e 22.


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