Luiz Pontel vai ocupar o cargo de secretário-executivo da pasta no governo de Jair Bolsonaro. Futuro ministro também anunciou general para Secretaria de Segurança Pública.
Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília
Moro anuncia novos nomes da equipe do ministério da Justiça
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro,
anunciou nesta terça-feira (4), em uma entrevista coletiva na sede do
governo de transição, que o delegado da Polícia Federal (PF) Luiz Pontel
ocupará o posto de secretário-executivo do Ministério da Justiça no
governo de Jair Bolsonaro, o segundo mais importante da pasta.
Atualmente, Pontel é o secretário nacional de Justiça, uma das áreas mais estratégicas do ministério.
Atualmente, Pontel é o secretário nacional de Justiça, uma das áreas mais estratégicas do ministério.
O ex-juiz federal também informou que o general da reserva do Exército
Guilherme Theophilo comandará a Secretaria Nacional de Segurança
Pública.
O futuro secretário-executivo do Ministério da Justiça, delegado Luiz Pontel — Foto: Fabio Rodrigues.
Pozzebom, Agência Brasil.
Pozzebom, Agência Brasil.
Luiz Pontel já foi o número dois na hierarquia da Polícia Federal
(diretor-executivo) e é ligado ao ex-diretor-geral da corporação Leandro
Daiello e ao atual diretor-geral, Rogério Galloro.
Pontel também já foi adido da PF em Lisboa e trabalhou na Secretaria Nacional de Justiça como gerente de projeto.
Moro destacou aos jornalistas que o futuro secretário-executivo
participou da investigação do caso Banestado e contribuiu para a
primeira prisão do doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores
da Operação Lava Jato.
“[Pontel] participou da investigação do caso Banestado, inclusive, foi
um dos principais responsáveis pela primeira prisão do Alberto Youssef.
E, naquela época, foi possível constatar a absoluta integridade do delegado Pontel", declarou Moro aos repórteres na entrevista concedida no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
E, naquela época, foi possível constatar a absoluta integridade do delegado Pontel", declarou Moro aos repórteres na entrevista concedida no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Secretaria de Segurança Pública.
Ex-comandante militar da Amazônia, o general da reserva Guilherme
Theophilo comandará a Secretaria Nacional de Segurança Pública — Foto:
Jamile Alves/G1 AM.
Sobrinho de um antigo rival do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE),
o general da reserva Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
disputou, em outubro, o governo do Ceará pelo PSDB, mas não se elegeu.
Segundo o futuro ministro da Justiça, Theophilo se desfiliou do PSDB.
Segundo o futuro ministro da Justiça, Theophilo se desfiliou do PSDB.
"Não existe nenhuma indicação político-partidária", enfatizou Moro.
Atualmente, a secretaria integra a estrutura do Ministério da Segurança Pública, pasta que será incorporada ao Ministério da Justiça na gestão de Bolsonaro.
A secretaria é responsável pela Força Nacional de Segurança Pública, grupo de elite utilizado pela União em diferentes ações na área de segurança.
Segundo o perfil do general publicado no site do PSDB do Ceará,
Theophilo passou para a reserva neste ano.
O futuro secretário de Segurança Pública ingressou na caserna em 1966, nos bancos escolares do Colégio Militar de Fortaleza.
O futuro secretário de Segurança Pública ingressou na caserna em 1966, nos bancos escolares do Colégio Militar de Fortaleza.
Com 52 anos de carreira militar, Theophilo chegou ao posto de general
de exército (quatro estrelas), o topo da carreira no Exército.
Em meio à carreira na caserna, ele atuou como comandante militar da Amazônia.
Em meio à carreira na caserna, ele atuou como comandante militar da Amazônia.
Ao anunciar Theophilo para a chefia da Secretaria Nacional de Segurança
Pública, Moro declarou que a "tarefa" do futuro secretário será
"padronizar" procedimentos na área de segurança pública nos estados.
"A tarefa do novo secretário, general Guilherme Theophilo, vai ser a de
ajudar a reestruturar, resguardada as autonomias, tentar padronizar
procedimentos, padrões de serviços e gestão envolvendo a segurança
pública nos estados", explicou o futuro ministro.
Moro disse ainda que está "bastante impressionado" com o trabalho de
reestruturação da segurança pública do Rio de Janeiro comandado pelo
interventor federal, general Walter Braga Netto.
"Entendo que um trabalho similar, respeitado evidentemente a autonomia
dos estados do Distrito Federal, é o objetivo na Senasp [Secretaria
Nacional de Segurança Pública]", disse Moro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário