Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quinta-feira, novembro 29, 2018

Filho da governadora de Roraima, deputado eleito, ex-secretários e outros 7 são presos em operação da PF

A Polícia Federal prendeu 11 pessoas na manhã desta quinta-feira (29) durante a operação Escuridão que investiga um desvio de recursos públicos do sistema penitenciário de Roraima em contratos fraudulentos que somam R$ 70 milhões. 
 Resultado de imagem para Filho da governadora de Roraima, deputado eleito, ex-secretários e outros 7 são presos em operação da PF
Entre os presos estão Guilherme Campos, filho da governadora Suely Campos (PP), detido em Brasília, dois ex-secretários de Justiça e Cidadania, Josué Filho e Ronan Marinho, que também é atual chefe da Casa Militar, e o dono da empresa Qualigourmet, João Kleber Martins, presos em Boa Vista. 
 
Também alvo de mandado de prisão, o empresário e deputado estadual eleito Renan Filho (PRB) se entregou à PF no final da manhã após ter sido considerado foragido.
Guilherme Campos, filho da governadora Suely, foi preso em Brasília — Foto: Reprodução/TV Globo
Guilherme Campos, filho da governadora Suely, foi preso em Brasília — Foto: Reprodução/TV Globo.
 
Para a operação, iniciada às 6h (8h de Brasília), foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em Boa Vista e Brasília

As medidas foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça de Roraima. 

O G1 tenta contato com as defesas dos envolvidos na operação. 
 
Nas buscas foram apreendidos carros de luxo, computadores, celulares, documentos e dinheiro. 

Os envolvidos estão sendo levados à sede da PF onde serão ouvidos e indiciados pelos crimes lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude licitatória e peculato. 
 
Em nota, o governo estado informou que "sempre contribuiu com as investigações e que a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc) prestou todos os esclarecimentos sobre os contratos de fornecimento de alimentos no sistema prisional" e que todas as informações relativas ao processo, contrato, fornecimento da alimentação e pagamentos foram repassadas aos órgãos de controle e à CPI do Sistema Prisional. Policiais federais foram a escritório anexo à casa da governadora Suely Campos (PP) — Foto: Marcelo Marques/G1 RR
Policiais federais foram a escritório anexo à casa da governadora Suely Campos (PP) — Foto: Marcelo Marques/G1 RR.

Logo no início da operação, a PF foi à casa da governadora no Centro da capital, onde cumpriu mandado de busca e apreensão em um escritório anexo ao imóvel. 

Ela, no entanto, não é investigada na ação. 

Policiais também foram à sede da empresa Qualigourmet, firma que cuida da alimentação no sistema prisional e é alvo da operação. 

Joaquim Neto, advogado da Qualigourmet e do proprietário da empresa, informou que a defesa só deve se manifestar quando tomar conhecimento do teor das investigações. 

De acordo com a PF, o esquema de desvio de dinheiro aconteceu entre 2015 e 2017. 


A fraude foi descoberta após um inquérito, instaurado no ano passado, apurar irregularidades em contratos de fornecimento de alimentação para presídios em Roraima. 
 
Os ex-secretários presos eram gestores da pasta na época dos contratos investigados. 

Josué Filho, primeiro a assumir a Sejuc no governo Suely Campos, também é sogro de uma das filhas dela

Escuridão faz referência à nona praga bíblica do Egito, que veio após aos Gafanhotos - nome do maior escândalo de corrupção investigado em Roraima - na qual o povo foi colocado sob trevas em razão das ações do Faraó. 

Esquema de superfaturamento.

 

O esquema teve início no começo de 2015, com a contratação emergencial da empresa Qualigourmet, constituída 8 dias antes para cuidar da alimentação dos presos no estado. 

Recentemente, a mesma empresa suspendeu entrega de comida aos detentos alegando dívidas do governo

As investigações mostram que a empresa, responsável pelos fornecimentos desde 26 de fevereiro de 2015 até hoje, superfaturava o valor da alimentação, além de informar quantitativo superior de refeições ao que era efetivamente providenciado e de fornecer alimentos de baixa qualidade. 

O esquema já foi alvo de outra operação da PF e de investigação em CPI na Assembleia Legislativa.
 
Os responsáveis pela empresa, que está em nome de laranjas e teria o filho da governadora e o deputado estadual eleito como verdadeiros donos, realizaram saques de aproximadamente 30% do valor dos contratos, em espécie, para o pagamento de propinas e para o enriquecimento ilícito dos reais proprietários do negócio. 

Vários saques e repasses foram constatados pela PF através de filmagens feitas durante as investigações, a qual contou também com provas obtidas após quebra do sigilo bancário e telefônico dos investigados. 

A operação acontece em meio ao caos no sistema prisional do estado. 

Em razão de fugas em massa, massacres, falta de comida para os presos e uma onda de atentados e assassinatos ordenados por detentos, a União assumiu a gestão administrativa do setor


*Colaborou Alexandre Hisayasu, da Rede Amazônica.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...