Além de José Alex Oliva, mais cinco pessoas foram presas e 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Santos, Barueri, Guarujá, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.
PF faz operação na Companhia Docas do Estado de São Paulo.
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (31) José Alex
Oliva, presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp),
estatal ligada ao Ministério dos Transportes, que administra o Porto de
Santos, durante a Operação Tritão, que apura suspeitas de fraude em
licitação e corrupção em contratos da estatal de R$ 37 milhões.
O presidente foi preso em sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro, por volta das 8h.
O presidente foi preso em sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro, por volta das 8h.
Além do presidente, cinco pessoas foram presas e 20 mandados de busca e
apreensão foram cumpridos em São Paulo, Santos, Barueri, Guarujá, Rio
de Janeiro, Fortaleza e Brasília.
Um mandado de prisão falta ser cumprido.
A prisão de José Alex e dos demais integrantes da cúpula da estatal são temporárias, com duração de cinco dias.
Um mandado de prisão falta ser cumprido.
A prisão de José Alex e dos demais integrantes da cúpula da estatal são temporárias, com duração de cinco dias.
Participam da operação 100 policiais federais, oito auditores da CGU e 12 servidores da Receita Federal.
- José Alex Botelho de Oliva (Presidente Codesp)
- Carlos Antônio de Souza (ex-assessor do presidente)
- Cleveland Sampaio Lofrano (diretor de mercado da Codesp - citado no vídeo)
- Gabriel Nogueira Eufrasio (diretor jurídico da Codesp)
- Mario Jorge Paladino (empresário)
- Joabe Franscico Barbosa (empresário)
- Joelmir Francisco Barbosa (empresário)
A investigação começou em 2017 e teve a participação do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Receita Federal.
Os investigadores analisaram contratos assinados pela Codesp em 2016 e
encontraram irregularidades em três — para a digitalização e guarda de
documentos; para aquisição de softwares e manutenção de computadores e
de consultoria.
Juntos, eles somam mais de R$ 37 milhões.
Nas auditorias, técnicos da CGU e do TCU apontam diversas irregularidades, como fraude, favorecimento, superfaturamento e cartel entre empresas.
Juntos, eles somam mais de R$ 37 milhões.
Nas auditorias, técnicos da CGU e do TCU apontam diversas irregularidades, como fraude, favorecimento, superfaturamento e cartel entre empresas.
Dinheiro e relógios apreendidos em buscas em Brasília da Operação Tritão — Foto: Divulgação/Polícia Federal.
As suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na
internet no mês de setembro de 2016, no qual um assessor do presidente
da CODESP confessava a prática de diversos delitos ocorridos no âmbito
daquela empresa.
O inquérito teve início em novembro de 2017 após informação sobre o conteúdo do vídeo ser enviada pelo Ministério Público Federal à PF, para que fosse feita uma investigação policial a partir dos fatos que ele narra.
O inquérito teve início em novembro de 2017 após informação sobre o conteúdo do vídeo ser enviada pelo Ministério Público Federal à PF, para que fosse feita uma investigação policial a partir dos fatos que ele narra.
As investigações apontam irregularidades em vários contratos, que
seriam realizadas por meio de fraudes envolvendo agentes públicos
ligados à estatal e empresários.
Contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços estão entre as irregularidades.
Contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços estão entre as irregularidades.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos
crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato, corrupção
ativa e passiva, com penas de 1 a 12 anos de prisão.
Tritão é conhecido como o rei dos mares na mitologia grega.
O G1 procurou a Codesp, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.
O G1 procurou a Codesp, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.
Presidente da Codesp é preso no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/TV Globo.
Em setembro de 2016, uma página em uma rede social publicou um vídeo em
que o então assessor da presidência da Codesp, Carlos Antonio de Souza,
negocia um contrato de digitalização de documentos para a estatal com
um intermediário.
Mesmo sem licitação publicada, ele fala em valores e o nome da empresa vencedora.
Souza que vai lançar o Termo de Referência para o certame.
Mesmo sem licitação publicada, ele fala em valores e o nome da empresa vencedora.
Souza que vai lançar o Termo de Referência para o certame.
"Eu percebi que não tem nada digitalizado, peguei o Mario Jorge...o
Mario Jorge, tá...
Um contrato de R$ 80 milhões de digitalização, já fiz TR e daqui uns 15 dias tá na rua", diz na gravação o assessor, então cedido à diretoria administrativa e financeira da estatal.
Naquele mesmo mês, a Codesp assina um contrato de R$ 7,3 milhões com a firma MC3 Tecnologia e Logística, sediada em São Caetano do Sul e do empresário Mario Jorge Paladino.
A denúncia fez com que a estatal apurasse o caso, mas o acordo foi mantido e até um aditivo de R$ 3,4 milhões foi firmado no ano seguinte.
Um contrato de R$ 80 milhões de digitalização, já fiz TR e daqui uns 15 dias tá na rua", diz na gravação o assessor, então cedido à diretoria administrativa e financeira da estatal.
Naquele mesmo mês, a Codesp assina um contrato de R$ 7,3 milhões com a firma MC3 Tecnologia e Logística, sediada em São Caetano do Sul e do empresário Mario Jorge Paladino.
A denúncia fez com que a estatal apurasse o caso, mas o acordo foi mantido e até um aditivo de R$ 3,4 milhões foi firmado no ano seguinte.
O G1 ainda não conseguiu contato com os citados na reportagem.
PF faz operação em São Paulo, Santos, Barueri, Guarujá, Rio de Janeiro,
Fortaleza e Brasília — Foto: Receita Federal/Reprodução.
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