Suspeito foi detido após recebimento de denúncia anônima e ficará preso temporariamente por 15 dias.
Por Bom Dia SP, São Paulo
Um suspeito de envolvimento no assassinato da policial Juliane dos
Santos Duarte foi preso na Zona Sul de São Paulo na tarde desta
segunda-feira (6). Ele irá ficar preso temporariamente por 15 dias.
O suspeito, de 45 anos, está preso no 89º DP no Portal do Morumbi.
Segundo o delegado plantonista, o nome do suspeito é Everaldo Severino
da Silva, conhecido pelo apelido "Sem Fronteira". De acordo com a
polícia, ele foi preso em Paraisópolis e correu após ver os policiais. O
suspeito tentou se desfazer de três celulares que estavam com ele.
Um segundo suspeito também foi detido nesta segunda, prestou depoimento
à polícia e foi liberado. A Polícia Militar deteve os dois homens nesta
segunda-feira (6) após o recebimento de uma denúncia anônima.
A Secretaria de Segurança Pública de SP chegou a oferecer uma
recompensa de R$ 50 mil por informações que levassem à descoberta do
paradeiro da policial.
O corpo da policial Juliane dos Santos Duarte
foi encontrado dentro do porta-malas de um carro, por volta das 19h50
desta segunda-feira (6), na Rua Cristalino Rolim de Freitas, no Bairro
Campo Grande, na Zona Sul de São Paulo. O corpo foi levado para o
Instituto Médico Legal (IML) Central e foi reconhecido pelos familiares
da vítima.
Desaparecimento
Juliane, que tinha 27 anos, desapareceu na semana passada na comunidade
de Paraisópolis, também na Zona Sul. A distância entre os locais é de
cerca de 8 quilômetros. Segundo a PM, uma calça camuflada como a que ela
usava estava no veículo.
A policial foi a Paraisópolis na última quarta (1º) comemorar o
nascimento do bebê de um casal de amigos. Em seguida, foi para um bar, e
lá bandidos descobriram que ela era PM.
Uma testemunha disse que, por volta das 3 horas, ao retornar do
banheiro, ela teria escutado alguém reclamar do sumiço de um aparelho
celular. Neste momento, “sacou a arma da cintura e colocou sobre a mesa,
dizendo que ninguém sairia do local até que o celular aparecesse,
identificando-se como policial”.
Cerca de 40 minutos depois, de acordo com as amigas que estavam com
Juliane, quatro homens invadiram o local, sendo três encapuzados,
portando armas de fogo. A policial, segundo o relato, foi baleada duas
vezes e levada pelos homens.
Moto localizada
A moto da policial foi localizada na quinta (2) em Pinheiros, na Zona
Oeste. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem deixa o
veículo no local, escoltado por outros três suspeitos em duas motos.
A polícia já identificou o homem que abandonou a moto, mas ele ainda
não foi preso. Impressões digitais encontradas por peritos podem ajudar
na investigação.
Juliane morava em São Bernardo do Campo com a mãe e a irmã, trabalhava
na Polícia Militar havia dois anos, no turno da noite, e estava de
férias. Seus colegas dizem que ela era disciplinada, dedicada e muito
querida por todos.
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