Texto feito por: Priscilla Campos
Não, manas.
Tatiane Spitzner não foi morta vítima de um monstro e a sua publicação sobre feminicídio e essa estatística de merda feita por vocês para argumentarem o ódio ridículo que vocês tem contra os homens só mostram o quanto vocês são hipócritas e ignorantes.
Tatiane Spitzner não foi morta por um doente, por um louco.
Tatiane Spitzner foi morta pelo marido que ela conheceu em uma balada, que frequentava academia e dava aula para jovens em uma faculdade, um homem comum do dia a dia, que com certeza muitas mulheres olhavam e pensavam:
“uhul, imagina esse gostoso na minha cama”, “nossa, olha o braço dele”, “ele é tão lindo”, “quero ele pra mim”, e que ela se casou em 2013, 5 anos manas, 5 anos foi o tempo que ela ficou com um cara que segundo testemunhas, já a agredia na Alemanha, sim, desde 2013.
Um marido que segundo mensagens do celular dava em cima de outras, dizia sentir ódio mortal por ela e a mais de dois meses não a tocava ou dormia junto.
Isso não tem nada a ver com sistema patriarcal, com machismo, não culpem o restante dos homens por isso, meu pai não tem a ver com isso, o pai de Tatiane não tem nada a ver com isso, meu irmão, meu vizinho, meu professor, nenhum deles tem nada a ver com isso, isso tem a ver com o conto de fadas que uma mulher se submete a manter a qualquer custo, mesmo que o preço tenha que ser pago com a própria vida, isso tem a ver com a inocência de acreditar que um homem agressor poderá mudar, isso tem a ver em acreditar nas lágrimas de um homem quando ele quer te manipular e ter o controle da situação ao seu favor.
Quantos homens maravilhosos devem ter sonhado em estar com Tatiane?
Sonhado em amar Tatiane e cuidar dela?
Mas ela estava ocupada demais dando chances e mais chances a um cara que durante 5 anos a agrediu.
Os vizinhos não tem culpa, nem o coitado do porteiro ou a policia.
Todos fizeram aquilo que cabiam fazer no momento.
Tatiane deixa um aprendizado para nós mulheres: não falta coragem pra encarar um divórcio, falta peito pra ser uma mulher livre, solteira, sozinha e viva.
Ao menor grito, ao menor sinal de humilhação, ao menor gesto de não haver reciprocidade e ao menor sinal de infidelidade de um homem.
"FAZ A TUA MALA, PEGA TUAS COISAS E VAZA."
Priscilla Campos é jornalista e mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco. Pesquisa espaço, desaparecimento e escritas de si.
Não, manas.
Tatiane Spitzner não foi morta vítima de um monstro e a sua publicação sobre feminicídio e essa estatística de merda feita por vocês para argumentarem o ódio ridículo que vocês tem contra os homens só mostram o quanto vocês são hipócritas e ignorantes.
Tatiane Spitzner não foi morta por um doente, por um louco.
Tatiane Spitzner foi morta pelo marido que ela conheceu em uma balada, que frequentava academia e dava aula para jovens em uma faculdade, um homem comum do dia a dia, que com certeza muitas mulheres olhavam e pensavam:
“uhul, imagina esse gostoso na minha cama”, “nossa, olha o braço dele”, “ele é tão lindo”, “quero ele pra mim”, e que ela se casou em 2013, 5 anos manas, 5 anos foi o tempo que ela ficou com um cara que segundo testemunhas, já a agredia na Alemanha, sim, desde 2013.
Um marido que segundo mensagens do celular dava em cima de outras, dizia sentir ódio mortal por ela e a mais de dois meses não a tocava ou dormia junto.
Isso não tem nada a ver com sistema patriarcal, com machismo, não culpem o restante dos homens por isso, meu pai não tem a ver com isso, o pai de Tatiane não tem nada a ver com isso, meu irmão, meu vizinho, meu professor, nenhum deles tem nada a ver com isso, isso tem a ver com o conto de fadas que uma mulher se submete a manter a qualquer custo, mesmo que o preço tenha que ser pago com a própria vida, isso tem a ver com a inocência de acreditar que um homem agressor poderá mudar, isso tem a ver em acreditar nas lágrimas de um homem quando ele quer te manipular e ter o controle da situação ao seu favor.
Quantos homens maravilhosos devem ter sonhado em estar com Tatiane?
Sonhado em amar Tatiane e cuidar dela?
Mas ela estava ocupada demais dando chances e mais chances a um cara que durante 5 anos a agrediu.
Os vizinhos não tem culpa, nem o coitado do porteiro ou a policia.
Todos fizeram aquilo que cabiam fazer no momento.
Tatiane deixa um aprendizado para nós mulheres: não falta coragem pra encarar um divórcio, falta peito pra ser uma mulher livre, solteira, sozinha e viva.
Ao menor grito, ao menor sinal de humilhação, ao menor gesto de não haver reciprocidade e ao menor sinal de infidelidade de um homem.
"FAZ A TUA MALA, PEGA TUAS COISAS E VAZA."
Priscilla Campos é jornalista e mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco. Pesquisa espaço, desaparecimento e escritas de si.
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