Ele foi preso em casa, na segunda-feira (30). Filha começou a ser violentada aos 13 anos, hoje ela tem 18. Jovem enviou carta à polícia pedindo ajuda.
Por Rita Torrinha, G1 AP, Macapá
A 2ª Delegacia de Polícia Civil de Santana
prendeu um homem de 38 anos suspeito de estuprar e engravidar a própria
filha, desde os 13 anos, que atualmente tem 18 anos.
Na manhã de segunda-feira (30), a jovem enviou uma carta de socorro à polícia, com a localização de onde estava.
Ela foi resgatada à tarde.
Na manhã de segunda-feira (30), a jovem enviou uma carta de socorro à polícia, com a localização de onde estava.
Ela foi resgatada à tarde.
A prisão ocorreu na casa onde ela vivia com o pai, na localidade de Tracajatuba, no município de Tartarugalzinho, a 203 quilômetros de Macapá.
O suspeito usava nome falso, porque havia contra ele um mandado de prisão em aberto desde 2014 e não cumprido, por isso se mantinha foragido.
O suspeito usava nome falso, porque havia contra ele um mandado de prisão em aberto desde 2014 e não cumprido, por isso se mantinha foragido.
O homem trabalhava como caseiro na propriedade em Tracajatuba.
Foi através do patrão do pai que a jovem enviou a carta, redigida a lápis, direcionada à delegada Luíza Maia, da 2ª DP de Santana.
Em três páginas, a vítima relatou os episódios de violência sofridos durante 5 anos e pediu ajuda.
Foi através do patrão do pai que a jovem enviou a carta, redigida a lápis, direcionada à delegada Luíza Maia, da 2ª DP de Santana.
Em três páginas, a vítima relatou os episódios de violência sofridos durante 5 anos e pediu ajuda.
“Recebi a carta dela e, ao fazer buscar do nome do acusado, verifiquei que havia ordem de prisão preventiva contra ele, ordenada pela 2ª Vara Criminal de Macapá, desde 2014.
Na época, a mãe da vítima denunciou o marido por abusar das duas filhas, ambas menores de idade.
Ao saber do mandado de prisão, ele fugiu e passou a viver com nomes falsos”, contou Luiza.
A delegada também informou que, em depoimento, a jovem disse que o pai a
molestava desde os 13 anos.
Ela detalhou ainda que, em 2014, foi ameaçada por ele e, com medo, acabou negando o estupro, confirmado pela irmã mais nova.
A mãe teria ficado com raiva e abandonado a filha, que passou a morar em um abrigo, na capital.
Ela detalhou ainda que, em 2014, foi ameaçada por ele e, com medo, acabou negando o estupro, confirmado pela irmã mais nova.
A mãe teria ficado com raiva e abandonado a filha, que passou a morar em um abrigo, na capital.
“Ela acha que a mãe foi morar em Breves, no Pará.
Disse que, depois de um tempo, foi morar com a avó paterna.
Os pais já estavam separados e ela se deparou novamente com o pai, que estava foragido, na casa da avó, já morando com outra mulher.
Nesse retorno, ele voltou a molestá-la.
A madrasta teria desconfiado e foi embora, e a mãe dele nunca teve coragem de denunciar o próprio filho”, relatou a delegada.
Disse que, depois de um tempo, foi morar com a avó paterna.
Os pais já estavam separados e ela se deparou novamente com o pai, que estava foragido, na casa da avó, já morando com outra mulher.
Nesse retorno, ele voltou a molestá-la.
A madrasta teria desconfiado e foi embora, e a mãe dele nunca teve coragem de denunciar o próprio filho”, relatou a delegada.
Na época, como a vítima ainda era menor de idade, o pai a teria
obrigado a ir morar com ele no interior, onde os abusos passaram a ser
constantes, resultando na gravidez.
A criança fruto dos abusos tem dois anos, segundo a polícia.
A criança fruto dos abusos tem dois anos, segundo a polícia.
A jovem também contou que a criança não foi registrada, e que ela teve o
bebê na maternidade Mãe Luzia, mas o pai teria apresentado documentos
falsos no hospital, incluindo registro de nascimento e cartão do SUS.
Após ter tido o bebê, aos 16 anos, a vítima relatou à polícia que o pai
passou a ameaçá-la novamente, desta vez dizendo que ia tomar a filha
dela.
“Com medo, ela continuou se submetendo a essa condição.
Enviei minha equipe de investigação até a localidade, cumpri o mandado judicial que estava aberto e que consta, inclusive, no Sistema Nacional de Mandados.
Solicitei apoio do Conselho Tutelar e de um abrigo em Macapá, onde ela será assistida, junto com a filha, em busca de resgatar a sua dignidade”, finalizou a delegada Luíza Maia.
Enviei minha equipe de investigação até a localidade, cumpri o mandado judicial que estava aberto e que consta, inclusive, no Sistema Nacional de Mandados.
Solicitei apoio do Conselho Tutelar e de um abrigo em Macapá, onde ela será assistida, junto com a filha, em busca de resgatar a sua dignidade”, finalizou a delegada Luíza Maia.
O homem será ouvido pela polícia às 10h desta terça-feira (31) e será encaminhado, após depoimento, para a Justiça de Macapá.
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