Mesmo com a possibilidade de ter a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral, ex-presidente afirmou que recorrerá 'até o final'. 'Não temos plano B', disse presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Por Tahiane Stochero, G1 SP
Um dia depois da condenação a 12 anos e 1 mês de prisão,
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi lançado nesta
quinta-feira (25) como pré-candidato do PT à Presidência da República
durante reunião da Comissão Executiva Nacional do partido, em São Paulo.
Além de Lula, outros 13 políticos já se declararam pré-candidatos.
Além de Lula, outros 13 políticos já se declararam pré-candidatos.
Lula foi condenado pelos três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Por unanimidade, eles rejeitaram o recurso do ex-presidente contra a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão aplicada pelo juiz federal Sérgio Moro e ampliaram a pena para 12 anos e 1 mês.
Por unanimidade, eles rejeitaram o recurso do ex-presidente contra a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão aplicada pelo juiz federal Sérgio Moro e ampliaram a pena para 12 anos e 1 mês.
O ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, acusado de receber um apartamento triplex em Guarujá (SP) da
empreiteira OAS em troca de favorecimento à empresa em contratos da
Petrobras.
A defesa nega as acusações, diz que não há provas e que Lula é alvo de perseguição política.
O ex-presidente afirmou após o julgamento que a acusação é mentirosa.
A defesa nega as acusações, diz que não há provas e que Lula é alvo de perseguição política.
O ex-presidente afirmou após o julgamento que a acusação é mentirosa.
Durante a reunião da executiva, da qual participaram governadores,
senadores e deputados do partido, a presidente do PT, Gleisi Hoffman,
colocou a proposta de pré-candidatura em votação.
“Foi aprovada por unanimidade a pré-candidatura dele.
Não temos plano B”, disse Gleisi.
“Foi aprovada por unanimidade a pré-candidatura dele.
Não temos plano B”, disse Gleisi.
Lula participou da reunião, discursou, disse que recorrerá às instâncias em for necessário recorrer e responderá às acusações com base na Lei da Ficha Limpa.
"Vamos batalhar até o final", declarou.
O ex-presidente se disse ainda alvo de um "cartel" com o objetivo de impedir que dispute a eleição.
"Eles formaram um cartel para tomar uma decisão, para evitar o Lula ser
candidato.
Se eles tivessem encontrado um crime que eu cometi eu estaria aqui pedido desculpas", declarou.
Se eles tivessem encontrado um crime que eu cometi eu estaria aqui pedido desculpas", declarou.
Ele criticou o que chamou de "corporação da Polícia Federal", que,
segundo afirmou, faz "qualquer processo", com perguntas "sem nexo", sem
importar "a quantidade de mentiras".
"É a corporação da Polícia Federal, se prestando a fazer qualquer,
qualquer processo.
Fazem qualquer processo, não importa a quantidade de mentiras.
Quem dá queixa, presta depoimento, sabe as perguntas que eles fazem, muitas vezes sem nexo, muitas vezes coisas em nenhum interesse do processo.
Mas eles perguntam e não interessa a resposta.
Interessa o que eles vão escrever depois", declarou.
Fazem qualquer processo, não importa a quantidade de mentiras.
Quem dá queixa, presta depoimento, sabe as perguntas que eles fazem, muitas vezes sem nexo, muitas vezes coisas em nenhum interesse do processo.
Mas eles perguntam e não interessa a resposta.
Interessa o que eles vão escrever depois", declarou.
Na esfera eleitoral, a situação de Lula só será definida no segundo
semestre deste ano, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisar o
registro de candidatura.
O PT tem até o dia 15 de agosto para protocolar o pedido e a Corte tem até o dia 17 de setembro para aceitar ou rejeitar a candidatura.
O PT tem até o dia 15 de agosto para protocolar o pedido e a Corte tem até o dia 17 de setembro para aceitar ou rejeitar a candidatura.
A defesa do ex-presidente Lula anunciou que irá recorrer da decisão do Tribunal Regional Federal.
"Não houve qualquer demonstração de elementos concretos que pudessem configurar a prática de um crime", disse o advogado Cristiano Zanin.
Como a condenação foi unânime, a possibilidade de recursos do ex-presidente ficou reduzida.
"Não houve qualquer demonstração de elementos concretos que pudessem configurar a prática de um crime", disse o advogado Cristiano Zanin.
Como a condenação foi unânime, a possibilidade de recursos do ex-presidente ficou reduzida.
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