Dárcy Vera teve cinco prestações de contas reprovadas pelo Tribunal e ainda responde a 28 ações. Defesa pede interrupção dos julgamentos até que ex-chefe do Executivo seja colocada em liberdade.
Por Adriano Oliveira, G1 Ribeirão e Franca
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A ex-prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, deverá voltar à cadeia (Foto: Ronaldo Gomes/EPTV).
A ex-prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (sem partido),
ingressou com uma petição no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
(TCE-SP) pedindo a suspensão de todos os processos em que aparece como
responsável, alegando estar presa e sem acesso aos órgãos públicos.
Acusada de chefiar um esquema que desviou R$ 45 milhões dos cofres públicos por meio do pagamento indevido de honorários advocatícios, Dárcy está presa desde maio de 2017, quando o Superior Tribunal de Justiça cassou uma liminar que a mantinha em liberdade provisória.
Ela responde por corrupção passiva, organização criminosa e peculato -
quando o agente público se beneficia do cargo que exerce - em um dos
processos da Operação Sevandija, que descobriu fraudes em licitações de
R$ 203 milhões na Prefeitura de Ribeirão.
Levantamento do TCE-SP aponta 28 ações em julgamento em que Dárcy
aparece como “ordenadora de despesas”, ou seja, era responsável pelas
contas.
Segundo a assessoria do Tribunal, pode haver outros processos em
que a ex-prefeita figure apenas como “representante da Prefeitura”.
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Sede do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo).
Os detalhes sobre a petição não foram informados porque o documento
ainda está sendo analisado por auditores, Ministério Público de Contas,
Asssoria Técnico-Jurídica e Secretaria de Diretoria-Geral, segundo a
assessoria do TCE-SP.
Durante os oito anos em que esteve à frente da Prefeitura, Dárcy teve
cinco prestações de contas reprovadas pelo TCE-SP.
Apenas em 2009 e
2011, os conselheiros deram pareceres favoráveis.
As contas de 2016
ainda não foram julgadas e as a 2015 encontram-se em fase de recurso.
Os balanços de 2012 e 2013 foram reprovados pela Câmara Municipal, que ainda deve votar os pareceres contrários referentes a 2014 e 2015.
O Legislativo, entretanto, já aprovou balanço orçamentário de 2010, na contramão do que havia decidido o TCE-SP.
Na época, o então presidente da Casa, o ex-vereador Cícero Gomes, que também é réu na Operação Sevandija, disse que as irregularidades apontadas pelo Tribunal eram “formais”, enquanto a decisão dos vereadores foi baseada em questões políticas.
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Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura de Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV).
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