Em visita a Lima neste domingo (21), Francisco comparou as religiosas a integrantes do grupo guerrilheiro do Peru.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/u/X/knHuurSvurIJXIPxAG1A/000-xc7uq-1-.jpg)
Papa Francisco cumprimenta freiras ao chegar ao Santuário do Senhor dos
Milares em Lima, neste domingo (21) (Foto: Vincenzo Pinto/AFP).
O papa Francisco comparou freiras que espalham fofocas a "terroristas"
neste domingo (21), assegurando que a prática é "pior que a de Ayacucho
anos atrás", em referência aos anos de atividade do grupo guerrilheiro
Sendero Luminoso no Peru.
No último de seus quatros dias de visita ao país andino,
o pontífice se reuniu com quinhentas freiras contemplativas no
Santuário das Nazarenas, no centro de Lima, antes de partir para a
Catedral para rezar perante as relíquias dos santos peruanos e encerrar a
viagem com uma missa a uma multidão.
Em um encontro descontraído, no qual o religioso argentino não teve
dúvidas ao intercalar piadas em meio a seu discurso sobre a unidade da
igreja e a vocação das freiras para a oração, o papa afirmou que as
fofocas devem ser evitadas no convento, pois são inspiradas pelo
demônio.
"Sabem o que é uma freira fofoqueira?
Terrorista.
Pior que Ayacucho anos atrás.
Porque a fofoca é como uma bomba (...), como o demônio.
Atira a bomba, destrói tudo e vai embora tranquila.
Freiras terroristas, não.
Sem fofocas", afirmou.
"Já sabem que o melhor remédio para não fofocar é morder a língua.
A enfermeira vai ter trabalho, porque a língua de vocês vai inflamar, porém não vão atirar a bomba.
E lembrem-se dos terroristas de Ayacucho quando quiserem fazer uma fofoca", disse, em meio ao riso das pessoas presentes.
A enfermeira vai ter trabalho, porque a língua de vocês vai inflamar, porém não vão atirar a bomba.
E lembrem-se dos terroristas de Ayacucho quando quiserem fazer uma fofoca", disse, em meio ao riso das pessoas presentes.
Ayacucho foi o berço da luta do grupo maoísta do Sendero Luminoso
contra as forças de segurança do Peru, que deixou ao menos 69 mil mortos
e desaparecidos durante uma guerra que durou duas décadas no fim do
século passado, segundo dados oficiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário