Em dezembro, defesa do deputado enviou perguntas sobre estrutura disponível para tratá-lo. Após respostas, juiz considerou que algumas questões não foram 'satisfatoriamente' esclarecidas.
Por Renan Ramalho, G1, Brasília
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/j/B/hB2ub0RISwxYJZL5XEng/2017-12-22t202459z-1780076067-rc1f4ed3bc50-rtrmadp-3-brazil-corruption-maluf-b.jpg)
Em imagem de 22 de dezembro de 2017, Paulo Maluf é acompanhado pela
Polícia Federal ao sair do IML, em Brasília (Foto: Adriano
Machado/Reuters).
O juiz Bruno Aielo Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito
Federal, concedeu nesta segunda-feira (8) mais 24 horas para o presídio
da Papuda responder a perguntas formuladas pela defesa do deputado Paulo
Maluf (PP-SP) sobre as condições de atendimento disponibilizadas para o
parlamentar.
Em dezembro, a defesa apresentou 20 perguntas à Papuda e ao Instituto
Médico Legal, pedindo esclarecimentos não só sobre a equipe e a
estrutura disponível para o deputado, bem como sobre os problemas que
pode passar na Papuda devido a problemas cardíacos.
A Justiça deu prazo de 10 dias para a resposta, que terminou nesta
segunda (8); Macacari, contudo, considerou que vários questionamentos
apresentados pela defesa “não foram satisfatoriamente esclarecidos”.
“Oficie-se ao CDP para que, em 24 horas, melhor elucidem cada um dos
quesitos não esclarecidos pelo IML por dizerem respeito especificamente
ao estabelecimento prisional”, escreveu o juiz.
O objetivo da defesa é obter autorização para que Maluf cumpra em casa a
pena de 7 anos e 9 meses de prisão a que foi condenado por lavagem de
dinheiro.
Os advogados dizem que o deputado corre risco na cadeia, por
enfrentar um câncer de próstata e sofrer com hérnia de disco e problemas
cardíacos, além de movimentos limitados.
Após a chegada das respostas completas da Papuda, o juiz ouvirá a posição do Ministério Público antes de decidir.
A defesa de Maluf diz que ainda não teve acesso a laudos do IML sobre a
saúde do deputado, mas disse que a decisão do juiz em pedir resposta à
Papuda “demonstra a preocupação real com o que está acontecendo”.
“Este conhecimento da realidade certamente levará a inexorável decisão
da necessidade da prisão domiciliar do Dr Paulo”, disse em nota o
advogado Antônio Carlos de Almeida Castro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário