O juiz Sérgio Moro, responsável pela maior parte dos processos da
Operação Lava Jato na primeira instância, foi alvo de um protesto nesta
segunda-feira (6) antes de fazer uma palestra na Universidade Columbia,
em Nova York.
Ao se preparar para iniciar a fala, Moro recebeu aplausos do público.
Depois que a plateia silenciou, à espera do início da palestra,
manifestantes estenderam uma faixa e gritaram palavras de ordem contra o
juiz.
Em seguida, o público passou a vaiar os manifestantes – seis deles
foram retirados do recinto.
Alguns manifestantes com cartazes contra
Moro permaneceram, mas em silêncio.
Na palestra, Moro contestou a tese de que a Operação Lava Jato é uma forma de criminalizar a política.
"Ninguém está sendo processado ou condenado com base em suas opiniões
políticas.
São casos envolvendo propinas.
Então, não é similar ao
macarthismo, é complemente diferente", disse, ao responder a uma das
perguntas da plateia.
Em sua fala, ele ponderou que, como o caso envolve propina a políticos,
"inevitavelmente" haverá consequências políticas.
"Mas isso acontece
fora do tribunal e o juiz não tem controle sobre isso", ressalvou Moro.
"Alguns políticos também dizem que a Operação Lava Jato representa a
criminalização da política.
Mas para sermos honestos, a culpa não pode
ser apontada para o processo judicial, mas para os políticos que
cometeram os crimes.
O processo judicial é somente uma consequência. O
Judiciário não pode ficar cego diante desses crimes", completou em
seguida.
Moro também disse que os juízes estão "apenas fazendo seu trabalho",
"processando os casos baseados em provas" e que as ações estão sendo
conduzidas conforme o "devido processo legal", com respeito aos direitos
da defesa.
Relatoria no STF
Durante o debate, Moro também elogiou o ministro Luis Edson Fachin,
novo relator da Lava Jato no STF, como um “grande jurista”.
“Ele tomou
importante decisões, que mostraram que age como um ministro
independente”, disse o juiz federal.
Sobre a morte de Teori Zavascki, afirmou que foi um “trágico revés”
para a Lava Jato.
“Isso foi muito triste, não apenas por causa da
tragédia por uma vida humana, mas porque ele era um juiz muito hábil e
teve atos de grande independência em suas decisões”, disse.
COMENTÁRIO:
Os que vaiaram o Moro deve ter sido enviado daqui do Brasil pelos "Delinquentes de luxo" da Lava Jato.
Valter Desiderio Barreto
Barretos, São Paulo, 06 de fevereiro de 2017, às 16: 45.
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