Rodolpho Carlos da Silva furou uma blitz da lei seca na madrugada de sábado
Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva é herdeiro do Grupo São Braz e da Rede Paraíba de Comunicação
Reprodução
Ele vai responder ao processo em liberdade após o Tribunal de Justiça da Paraíba cassar o mandado que determinou sua prisão temporária.
Na madrugada do último sábado, Rodolpho atropelou o agente de trânsito Diogo do Nascimento de Souza, de 34 anos.
Após sair de um bar e ser parado na blitz de trânsito, testemunhas disseram que ele acelerou seu carro, um porsche avaliado em R$ 500 mil, atropelou a vítima e deixou o local sem prestar socorro.
Diogo chegou a ser levado com vida para o hospital, mas morreu um dia depois.
Nas primeiras horas do sábado, a juíza plantonista Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, do 1º Juizado Especial Misto de Mangabeira, decretou um mandado de prisão temporária alegando “medida de extrema relevância para elucidação dos fatos criminosos e apuração de sua participação no crime ora em apuração”.
Ela destaca em sua decisão que “o acusado evadiu-se do local do crime sem prestar socorro à vítima, demonstrando a intenção de furtar-se a sua responsabilidade penal pelos fatos praticados”.
Na noite de sábado (21), contudo, o desembargador Joás de Brito Pereira Filho, do Tribunal de Justiça da Paraíba, atendeu a um habeas corpus impetrado pela do advogado de Rodolpho e, antes mesmo de o jovem ser preso, emitiu um salvo-conduto "para que o paciente não venha a ser preso em decorrência da prisão temporária".
O magistrado alega em sua decisão "não existir justa causa a justificar o cerceamento do direito de locomoção", a não ser que "fatos novos" justifiquem a "medida extrema".
Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva é herdeiro do Grupo São Braz, a maior empresa alimentícia do Estado.
A família também é proprietária da Rede Paraíba de Comunicação, afiliada da TV Globo.
O império é comandado pelo empresário José Carlos da Silva Júnior, que já foi vice-governador da Paraíba (1983-86) e primeiro suplente de senador pelo PMDB, entre 1995 e 2003, assumindo o cargo em duas ocasiões, por um breve período, em 1996 e 1999.
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