Ela afirmou ainda que nunca perguntou a origem do dinheiro no exterior.
Declarações da mulher e da filha de Cunha foram enviadas ao Supremo.
As declarações de Cláudia Cruz e da filha de Cunha, Danyelle, foram enviados para o Supremo Tribunal Federal.
As duas, assim como Cunha, são investigadas na Lava Jato.
Correção: Inicialmente, a reportagem informava que Cláudia Cruz e Danyelle haviam prestado depoimento à Justiça Federal do Paraná.
A assessoria da Justiça Federal do estado, no entanto, informou que apenas réus prestam depoimento à Justiça, o que não é o caso de Cláudia e Danyelle, que são investigadas, mas não respondem a processo.
Na verdade, as declarações delas foram dadas para investigadores da força-tarefa da Lava Jato.
A informação foi atualizada às 14h24.
CUNHA AFASTADO
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Cláudia também afirmou para as autoridades que nunca questionou o marido sobre a origem do dinheiro que ela gastava no exterior e que não faz ideia de quanto é o salário de um deputado federal.
Cláudia disse que sempre teve uma vida de alto padrão ao lado de Cunha.
Para ela, a renda do presidente afastado vem da atuação dele no mercado financeiro e no ramo empresarial.
A filha, Danyelle, disse que presumia que o dinheiro para o alto padrão da família era proveniente do patrimônio da atividade anteriormente desenvolvida por Eduardo Cunha.
Danyelle afirmou ainda que todos os gastos no cartão de crédito eram autorizados por Cunha e ela não recebia os extratos.
Investigações.
Segundo a Procuradoria Geral da República, Cunha recebeu pelo menos US$ 1,31 milhão - R$ 5,2 milhões - em uma conta na Suíça.
O dinheiro, segundo a Suíça, foi recebido como propina pela viabilização da aquisição, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África.
O dinheiro teria sido usado para compra de itens de luxo para a família, tudo sem declarar às autoridades bancárias nem à Justiça Eleitoral.
A PGR pede a devolução de valores e reparação de danos materiais e morais no valor de duas vezes a propina - R$ 10,5 milhões.
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