Empresário estava com a prisão decretada desde o dia 28 de abril em MT.
Camila Tagliari teve o tímpano perfurado e o nariz fraturado em agressão.
Médica Camila Tagliari, de 29 anos, foi vítima de violência doméstica (Foto: Arquivo pessoal)
A informação foi confirmada pelo advogado dele, João Bosco Ribeiro Barros Júnior.
A defesa diz que não detalhará o assunto em virtude do processo tramitar em segredo de Justiça.
Marcos estava com a prisão preventiva decretada pela juiz Jamilson Haddad Campos, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, de Cuiabá, desde o dia 28 de abril.
A decisão foi tomada após um depoimento prestado pela médica no Ministério Público Estadual (MPE), em que ela se dizia amedrontada com a proximidade do marido.
Ainda conforme João Bosco, o empresário foi encaminhado ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo Presídio do Carumbé, na capital mato-grossense.
Saiba mais:
O caso.
As agressões ocorreram em março deste ano, na residência do casal, em um edifício no Bairro Duque de Caxias, na capital.
Quando os policiais chegaram ao local da agressão, o empresário estava trancado no apartamento e a polícia teve de arrombar a porta para detê-lo.
À polícia, a vítima, que apresentava lesões no rosto e no braço direito, relatou que participava de uma confraternização com o marido e que, ao retornarem para casa com a filha, ela e o empresário se desentenderam na garagem do condomínio.
Durante a discussão, como ela informou à polícia, ele ficou descontrolado e passou a agredi-la com puxões de cabelo, tapas e socos.
Em meio à agressão, Camila disse ter perdido a consciência.
Nisso, ele a levou para o apartamento, onde continuou as agressões.
As cenas de violência foram presenciadas pela filha dela, de 11 anos.
Por causa das agressões, Camila sofreu fraturas no nariz e teve o tímpano perfurado.
A criança de 11 anos entrou com uma ação por danos morais contra o padastro.
Após ser denunciado, o empresário foi obrigado a manter uma distância mínima de mil metros da mulher e da enteada.
O perímetro, no entanto, foi diminuído, baseado em um pedido feito pelos advogados do empresário.
O empresário chegou a ser preso em flagrante por lesão corporal grave, mas foi solto após uma audiência de custódia.
No procedimento, a Justiça havia determinado que o agressor se mantivesse a uma distância mínima de mil metros da mulher e da enteada, além de usar tornozeleira eletrônica.
O advogado de Camila, Dauto Passare, informou ao G1 que a médica e a filha dela continuam em tratamento psicológico em Cuiabá para superar o que passaram.
“Foi um trauma bastante grande, sobretudo para a filha que presenciou tudo.
Não é algo que se esqueça.
Isso vai permanecer na memória de ambas, provavelmente para o resto da vida.
Agora elas passam por esse tratamento para entender a situação e superar isso da melhor maneira possível”, declarou.
Ainda conforme o advogado, a médica já retornou para as atividades profissionais.
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