Segundo Guarda Costeira dos EUA, incêndio é de grande proporção.
Parte do canal de Houston foi fechada para navegação devido à fumaça.
Um incêndio de grandes proporções atingiu neste sábado (5) de manhã a
refinaria da Petrobras em Pasadena, no Texas, deixando uma pessoa
ferida, informaram a polícia e a Guarda Costeira dos Estados Unidos.
De acordo com o departamento de polícia de Pasadena, o incêndio foi provocado por uma explosão em um gerador da refinaria, que tem capacidade para processar 100 mil barris por dia (bpd).
Uma porta-voz da Petrobras em Houston disse que ainda não tinha informações sobre os eventos na refinaria na manhã deste sábado
Uma parte do canal de Houston foi fechada para navegação devido à fumaça proveniente do incêndio, segundo a Guarda Costeira.
Uma explosão fez casas próximas à refinaria tremerem na área de Pasadena, nos arredores de Houston, pouco antes do incêndio, de acordo com a emissora KTRK.
Bombeiros de Pasadena e de Houston estavam trabalhando no combate às chamas, de acordo com os dois departamentos.
Suspeitas de superfaturamento
A compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, em 2006, levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na negociação.
Mas o caso ganhou ainda mais repercussão porque, na época, quem presidia o Conselho de Administração da estatal, que deu aval à operação, era a atual presidente da República, Dilma Rousseff.
A refinaria é uma unidade de refino de petróleo que está localizada no Houston Ship Channel, umas das vias navegáveis mais importantes dos Estados Unidos.
Tem capacidade para refinar cerca de 120 mil barris de petróleo por dia e entrou para o patrimônio da Petrobras em 2006, quando a estatal comprou 50% de suas ações.
A Petrobras teria desembolsado um valor muito alto pela usina, o que originou investigações no Brasil de evasão de divisas e de superfaturamento.
A empresa belga Astra Oil pagou US$ 42,5 milhões por toda a refinaria em 2005 e, um ano depois, a estatal brasileira gastou US$ 360 milhões para ter apenas 50% das ações (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena).
Além dessa diferença, o custo total que saiu do caixa da Petrobras ficou muito maior porque o contrato assinado por ambas contava com uma cláusula (chamada Put Option) que iria prejudicar ainda mais a estatal no futuro.
Uma segunda cláusula, a Marlim, também foi motivo de desavença entre Astra e Petrobras.
Lava Jato.
O caso de Pasadena é um dos alvos da operação Lava Jato.
Os investigadores já disseram ter encontrado indícios de recebimento de propina por parte de ex-funcionários da Petrobras na operação de compra, e cogitaram até mesmo pedir a anulação da aquisição.
Em acordo de delação premiada, o senador Delcídio do Amaral (MS) disse que presidente Dilma sabia do esquema de superfaturamento por trás da compra da refinaria.
Ele disse ainda que Dilma atuou para que Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal e um dos presos na Lava Jato, fosse mantido na direção da Petrobras.
O governo contestou as acusações. “A decisão de autorização da compra da Refinaria da Pasadena foi tomada por unanimidade no Conselho de Administração – incluindo a participação de membros com amplo conhecimento de mercado e habituados a grandes investimentos.
A decisão do Conselho estava alinhada com o Plano Estratégico Petrobras 2015 e seguiu os procedimentos regulares previstos no Estatuto Social da empresa”, diz o documento divulgado nesta quinta (3) pelo Planalto.
De acordo com o departamento de polícia de Pasadena, o incêndio foi provocado por uma explosão em um gerador da refinaria, que tem capacidade para processar 100 mil barris por dia (bpd).
Uma porta-voz da Petrobras em Houston disse que ainda não tinha informações sobre os eventos na refinaria na manhã deste sábado
Saiba mais:
Uma parte do canal de Houston foi fechada para navegação devido à fumaça proveniente do incêndio, segundo a Guarda Costeira.
Uma explosão fez casas próximas à refinaria tremerem na área de Pasadena, nos arredores de Houston, pouco antes do incêndio, de acordo com a emissora KTRK.
Bombeiros de Pasadena e de Houston estavam trabalhando no combate às chamas, de acordo com os dois departamentos.
Suspeitas de superfaturamento
A compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, em 2006, levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na negociação.
Mas o caso ganhou ainda mais repercussão porque, na época, quem presidia o Conselho de Administração da estatal, que deu aval à operação, era a atual presidente da República, Dilma Rousseff.
A refinaria é uma unidade de refino de petróleo que está localizada no Houston Ship Channel, umas das vias navegáveis mais importantes dos Estados Unidos.
Tem capacidade para refinar cerca de 120 mil barris de petróleo por dia e entrou para o patrimônio da Petrobras em 2006, quando a estatal comprou 50% de suas ações.
A Petrobras teria desembolsado um valor muito alto pela usina, o que originou investigações no Brasil de evasão de divisas e de superfaturamento.
A empresa belga Astra Oil pagou US$ 42,5 milhões por toda a refinaria em 2005 e, um ano depois, a estatal brasileira gastou US$ 360 milhões para ter apenas 50% das ações (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena).
Além dessa diferença, o custo total que saiu do caixa da Petrobras ficou muito maior porque o contrato assinado por ambas contava com uma cláusula (chamada Put Option) que iria prejudicar ainda mais a estatal no futuro.
Uma segunda cláusula, a Marlim, também foi motivo de desavença entre Astra e Petrobras.
Lava Jato.
O caso de Pasadena é um dos alvos da operação Lava Jato.
Os investigadores já disseram ter encontrado indícios de recebimento de propina por parte de ex-funcionários da Petrobras na operação de compra, e cogitaram até mesmo pedir a anulação da aquisição.
Em acordo de delação premiada, o senador Delcídio do Amaral (MS) disse que presidente Dilma sabia do esquema de superfaturamento por trás da compra da refinaria.
Ele disse ainda que Dilma atuou para que Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal e um dos presos na Lava Jato, fosse mantido na direção da Petrobras.
O governo contestou as acusações. “A decisão de autorização da compra da Refinaria da Pasadena foi tomada por unanimidade no Conselho de Administração – incluindo a participação de membros com amplo conhecimento de mercado e habituados a grandes investimentos.
A decisão do Conselho estava alinhada com o Plano Estratégico Petrobras 2015 e seguiu os procedimentos regulares previstos no Estatuto Social da empresa”, diz o documento divulgado nesta quinta (3) pelo Planalto.
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