Val Marchiori |
Mal assumiu a presidência da Petrobras, às voltas com um escândalo bilionário com requintes de corrupção, o executivo Aldemir Bendine já se depara com uma denúncia que ele terá de esclarecer.
Trata-se do empréstimo de R$ 2,79 milhões concedido pelo Banco do Brasil à empresa da socialite Val Marchiori, em 2013, quando Bendine era o presidente.
Nesta sexta-feira (6), o Ministério Público Federal (MPF) pediu a abertura de um inquérito sobre a operação financeira, que é considerada irregular.
Isso porque a subcelebridade tinha restrição de crédito e, mesmo assim, conseguiu acesso ao dinheiro no Banco do Brasil por meio de uma linha subsidiada pelo BNDES.
Val Marchiori é amiga de Aldemir Bendine, conforme a Folha de S.Paulo revelou.
Um grupo de funcionários do banco entrou com uma representação no MPF, questionando a lisura do empréstimo tomado pela empresa Torke Empreendimentos, propriedade de Val.
A Justiça Federal ordenou ao BB que apresente os documentos sobre empréstimos feitos à socialite desde 2009.
A instituição tem cinco dias para justificar a movimentação financeira.
Enquanto espera o material, o MPF informa que "os procuradores requerem à Polícia Federal que aprofunde as investigações".
À Folha, no passado, Bendine negou ter participado da concessão do empréstimo.
Ele classificou como "coincidências" ter ficado hospedado no mesmo hotel que Val em duas ocasiões.
Por causa desse episódio, que veio à tona em 2014, Bendine quase saiu da presidência do Banco do Brasil.
Outra denúncia que pesa contra o novo comandante da Petrobras foi feita por um ex-motorista do Banco do Brasil.
Sebastião Ferreira da Silva declarou ao MPF que diversas vezes efetuou pagamentos em dinheiro vivo por ordem de Bendine.
Desconfiança do mercado
A opção da presidente Dilma Rousseff por Bendine para a presidência da Petrobras foi vista com desconfiança pelo mercado.
Como é próximo ao PT, ele não é considerado um executivo capaz de blindar a estatal de corrupção e aumentar a eficiência interna.
Dilma mais uma vez ignorou a recomendação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desejava ver Henrique Meirelles na vaga deixada por Graça Foster.
O ex-presidente do Banco Central na gestão Lula é muito bem acolhido por empresários, mas não conta com a menor simpatia de Dilma.
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