Às sextas-feiras, menores só entrarão no local acompanhados pelos pais.
Em 23 de janeiro, grupo provocou tumulto e tentou agredir seguranças.
Adolescentes
são proibidos de entrar desacompanhados em shopping de Franca todas às
sextas-feiras (Foto: Divulgação/Assessoria de imprensa)
Em liminar publicada nesta terça-feira (3) no Diário de Justiça Eletrônico (DJE), a juíza Julieta Maria Passeri de Souza, determinou que adolescentes com idade até 18 anos só poderão entrar nas dependências do centro de compras acompanhados pelos pais ou responsáveis.
A decisão é favorável à ação movida pela administração do shopping, que pedia a proibição do acesso de menores para evitar recorrentes tumultos na unidade.
O último caso de "rolezinho" aconteceu na noite de 23 de janeiro, quando um grupo de jovens tentou agredir os seguranças do local.
Do lado de fora, alguns adolescentes ainda apedrejaram paredes e vitrines.
Dois menores foram detidos e liberados.
Saiba mais
Em decisão assinada na última quinta-feira (29), a juíza argumenta que é
constante a realização de "rolezinhos" às sextas-feiras no shopping, e
que, na maioria das vezes, as manifestações desencadeiam a "promoção de
algazarras, de quebradeira de vitrines e de causa de terror entre os que
ali trabalham e os que buscam, de modo decente e dentro dos parâmetros
de uma sociedade saudável, lazer."Julieta salienta ainda que o município, embora tenha cerca de 350 mil habitantes, é precário na oferta de lazer à população.
"Não nos apresenta teatros, boas salas de cinema.
Não há sequer uma única livraria na cidade", argumenta a magistrada na liminar, explicando que o shopping acaba sendo uma das poucas opções de lazer.
"Com a conduta do réu, as pessoas de bem tem-se privado, praticamente, desse lazer", afirma.
Mandado proibitório.
A setença determina ainda que os responsáveis pelos adolescentes assinem um mandado proibitório, antes de entrar no centro de compras, no qual o menor se abstenha de praticar quaisquer atos que envolvam tumultos, arrastões, delitos, brigas ou vandalismo, ou que interfiram no funcionamento regular das lojas.
Caso a medida não seja cumprida, os pais poderão ser multados em R$ 5 mil.
Para o advogado do Franca Shopping, Mateus Carrer Lorençato, a decisão foi positiva e garantirá a segurança dos clientes. "O 'rolezinho' é um problema recorrente no shopping.
Nós, como representantes e procuradores judiciais do shopping, estamos alerta para conseguir essa tutela inibitória e garantir a segurança de todos os clientes do centro de compras", afirma.
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