Por Cíntia Cristina da Silva
Edição 24 Editora Abril
Ele é uma herança de várias comemorações realizadas na Antiguidade por povos como os egípcios, hebreus, gregos e romanos.
Esses festejos pagãos serviam para celebrar grandes colheitas e principalmente louvar divindades.
É provável que as mais importantes festas ancestrais do Carnaval tenham sido as "saturnais", realizadas na Roma antiga em exaltação a Saturno, deus da agricultura.
Na época dessa celebração, as escolas fechavam, os escravos eram soltos e os romanos dançavam pelas ruas.
Havia até mesmo uma espécie de "bisavô" dos atuais carros alegóricos.
Eles levavam homens e mulheres nus e eram chamados de carrum navalis, algo como "carro naval", pois tinham formato semelhante a navios.
Alguns pesquisadores enxergam aí a origem da palavra carnaval.
A maior parte dos especialistas, porém, acha que o termo vem de outra expressão latina: carnem levare, que significa "retirar ou ficar livre da carne".
Isso porque, já na Idade Média, essas velhas festividades pagãs foram incorporadas pela Igreja Católica, passando a marcar os últimos dias de "liberdade" antes das restrições impostas pela Quaresma.
Nesse período de penitência para os cristãos (durante os 40 dias antes da Páscoa), o consumo de carne era proibido.
A variação da data do Carnaval no calendário se deve justamente à ligação direta com a Páscoa - que, no hemisfério sul, sempre acontece no primeiro domingo após a primeira lua cheia do outono.
Determinada a data do feriado cristão, basta retroceder 46 dias no calendário (40 da Quaresma mais seis da Semana Santa) para se chegar à Quarta-Feira de Cinzas.
A comemoração do Carnaval adquiriu diferentes formas nos países católicos que mantiveram a celebração.
No Brasil, foi grande a influência do "entrudo", uma folia feita em Portugal, onde eram comuns as brincadeiras com água.
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