Empresário Natan Kimelblat acumulou dívidas
e morreu em junho de 2013.
Dinheiro arrecadado com a venda de joias vai ser usado para pagar credores.
Será realizado
na tarde desta quarta-feira (6) o leilão dos bens do ucraniano de origem
judaica Natan Kimelblat, morto em junho de 2013, aos 89 anos, dono da joalheria
Natan, uma das mais tradicionais do país.
Entre os bens
leiloados, estão R$ 158.600 (lote inicial) em relógios, R$ 107.656 em
diamantes, R$ 56.940 em rubis, entre muitos outros objetos e bens.
Dinheiro para
credores
No dia 12 de julho do ano passado, o juiz da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Fernando Cesar Ferreira Viana, decretou a indisponibilidade dos bens do empresário.
No dia 12 de julho do ano passado, o juiz da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Fernando Cesar Ferreira Viana, decretou a indisponibilidade dos bens do empresário.
A decisão foi
motivada por relatos sobre a prática de abuso da personalidade jurídica da
empresa ré, além de irregularidades na relação patrimonial entre as sociedades
empresariais e os bens dos administradores e familiares.
A Justiça do Rio
determinou que o dinheiro arrecadado com a venda de joias, pedras preciosas,
relógios e veículos pagará os credores.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público traz documentos e informações prestadas pelo administrador judicial e pela gestora judicial, designada após a morte do empresário.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público traz documentos e informações prestadas pelo administrador judicial e pela gestora judicial, designada após a morte do empresário.
Também constam nos autos trechos de depoimentos de
ex-funcionários diretamente ligados à administração e à contabilidade da
empresa que relatam a existência de fraudes com o intuito de desviar, ocultar e
transferir ativos para confundir os credores.
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Problemas
financeiros
Segundo o TJ, no processo a Natan afirma que a crise na empresa começou em 2006.
Segundo o TJ, no processo a Natan afirma que a crise na empresa começou em 2006.
Com problemas financeiros, a joalheria precisou obter aportes bancários
de alto volume.
Mesmo depois de renegociados, a dívida prejudicou os ativos da
empresa, que ficaram engessados.
Credores tiveram prejuízos e funcionários
sofreram atrasos no salário.
Criada em 1965, a Natan ficou conhecida como um dos principais nomes no ramo de joias de alto padrão.
Criada em 1965, a Natan ficou conhecida como um dos principais nomes no ramo de joias de alto padrão.
A empresa buscou na recuperação judicial uma saída para
se reestruturar e pagar todos os seus credores.
As dívidas chegavam a R$ 14,5
milhões.
Em junho de 2012, o juiz Fernando Viana aceitou o pedido de processamento da recuperação judicial da Natan Joias Ltda.
Em junho de 2012, o juiz Fernando Viana aceitou o pedido de processamento da recuperação judicial da Natan Joias Ltda.
O juiz determinou na época que
a Natan acrescentasse após seu nome empresarial a expressão “em recuperação
judicial”.
Também ordenou a suspensão de todas as ações e execuções contra ela,
e a suspensão da publicidade dos protestos e inscrições nos órgãos de proteção
ao crédito em face à empresa.
A empresa, segundo o juiz, deveria apresentar
contas demonstrativas mensais durante todo o processamento da recuperação
judicial, sob pena de destituição de seus administradores.
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