Meus queridos irmãos,
nesses últimos dias têm se multiplicado o número de mensagens e perguntas que
nos chegam abordando a verdadeira explosão de pastoras que se multiplicam pelas
igrejas evangélicas brasileiras.
Esse é um fenômeno que já
vem ocorrendo com alguma força há pelo menos uma década na Europa e nos Estados
Unidos, onde há uma forte incidência do ativismo feminista como importante
influência no referido processo.
Aqui no Brasil, a priori,
tínhamos o que alguns chamam de “igrejas femininas”, que eram congregações
dissidentes, encabeçadas por mulheres e que se tornaram novos segmentos com
administração própria.
A maior parte dessas dissidências provinham de igrejas
pentecostais e neo pentecostais.
Hoje, porém, o fenômeno se
alastrou e até mesmo igrejas históricas começam a aderir ao ministério pastoral
feminino.
A grande pergunta é: existe
real fundamento bíblico para que se ordene mulheres ao ministério pastoral ou
seria essa apenas mais uma das tantas novidades teológicas de uma igreja, cada
vez mais transformada e assimilada pelas influências do mundo?
Com o humilde propósito de
oferecer ajuda na elucidação dessa dúvida é que trazemos a público o presente
estudo, sabendo dos prejuízos que podem nos causar em termos do apreço e da
consideração das muitas pessoas que, porventura, venham a se sentir
desapontadas com o que diremos aqui, mas que, em última instância reflete
precisamente o que por leve e tranquila consciência, entendemos ser a única e
irrefutável verdade bíblica sobre o polêmico tema.
Que o Senhor nos ajude em
mais essa empreitada.
Pergunta enviada por Orestes de Abreu – Vitória (ES)
Amigo e irmão Reinaldo
Ribeiro, sei que você é um homem sábio e conhecedor das Escrituras.
Peço que me
ajude a entender essa questão de mulheres pastoras.
Sou crente há 40 anos e não
se via isso.
Agora pra todo lado que se vai vemos uma.
O que aconteceu?
Os
irmãos de antes estavam errados e os de agora é que estão certos?
Isso é
revelação nova ou é mais uma moda em nossas igrejas?
Pergunta enviada por Pra. Dalva Lena Ambrosio – São Paulo (SP)
Meu querido Reinaldo eu
acompanho sempre seu trabalho como escritor, como poeta e também suas
pregações.
Admirava muito e concordava com tudo.
Até que um dia vi um pedaço de
uma pregação sua, onde você dizia ser contra o ministério pastoral feminino.
Ora, como pode ainda existir tanto preconceito em nossas igrejas?
Você não
percebe que esse é um caminho sem volta e a Igreja hoje é muito mais feminina
que masculina, graças a Deus?
Nossa Resposta
Em resposta aos irmãos
Orestes e Dalva, assim como aos muitos outros que nos procuram, questionando
basicamente a mesma coisa, eu respondo logo de inicio que não vejo embasamento
e nem indício bíblico para a consagração de mulheres ao ministério pastoral, ou
seja, entendo que a Palavra de Deus é contrária a tal coisa, razão pela qual,
por motivo de fé e consciência, não posso endossar e concordar com qualquer
ponto de vista contrário, ainda que respeitando.
Abaixo, nossas
argumentações que justificam a razão pela qual sou contra a ordenação de
mulheres ao ministério pastoral:
I – Por respeito à doutrina
da inspiração bíblica (II Timóteo 3:16; II Pedro 1:21); e consequentemente o
princípio cristão, protestante e histórico de que a Bíblia é a nossa suprema
regra de fé e prática, não cabendo-nos estabelecer a critério próprio, ou
mediante qualquer outro argumento, doutrinas ou procedimentos eclesiásticos
diversos que não estejam plenamente submetidas aos princípios e preceitos
bíblicos expostos na Palavra de Deus;
II – Por alusão à doutrina
da criação, que estabelece que o homem foi criado primeiro (Gênesis 2:22; I
Coríntios 11:8; I Timóteo 2:13), depois a mulher, para ser sua auxiliadora
(Gênesis 2:18); sendo ambos criados para se complementarem (Gênesis 2:24), mas
com características, papéis e funções diferentes; o homem foi criado como
cabeça da mulher (I Coríntios 11:3b; Efésios 5:23a e 24b), ou seja, com a
função de liderar, nem por isso, um ser superior à mulher; e, a mulher com a
função de realizar a sua missão sob a liderança do homem (I Coríntios 11:9;
Efésios 5:22-24), e para ser a glória do homem (I Coríntios 11:7c), nem por
isso, de forma alguma, um ser inferior.
O princípio da ordem na Criação, deixa,
portanto, claro que há uma distinção não de valores (pois nesse ponto todos
somos iguais), mas de funções, entre homem e mulher.
III - A doutrina da queda,
que reafirma a sujeição da mulher ao homem (Gênesis 3:16b), pois Adão não foi
enganado, mas sim Eva (I Timóteo 2:14). Seria contraditório, Deus estabelecer
esse princípio e posteriormente permitir uma inversão de papéis.
Alguns tentam
contra argumentar que essa doutrina teria aplicação apenas no contexto do
casamento, mas eu insisto que igualmente seria profundamente contraditório e
confuso Deus exigir a liderança masculina apenas nos lares e na Sua Igreja
determinar uma postura inversa.
IV – A referência clara que
a Bíblia faz sobre a doutrina da igreja, onde estabelece que a sua liderança
espiritual é especificamente masculina (I Timóteo 3:1-13; Tito 1:5-9),
inclusive vedando à mulher o ensino doutrinário público oficial e o exercício
de autoridade sobre o esposo, ou seja, sobre homens (I Timóteo 2:12, I
Coríntios 14:34-35), pois as restrições à liderança espiritual feminina, nunca
foram culturais nem de usos e costumes, mas sim doutrinárias (I Coríntios
14:37); sendo que no ensino neotestamentário não há nenhuma evidência da
designação de, inicialmente "discípulas" e posteriormente
"apóstolas", bem como, com o início da Igreja a consagração de
"presbíteras", "pastoras", "bispas", etc.
Esses
acontecimentos são modernos e foram desconhecidos por todas as fases históricas
da Igreja de Jesus.
V – Por alusão ao princípio
da subordinação na doutrina da Trindade, que no aspecto ontológico (ser)
subsiste desde a eternidade, cujas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo
são iguais em substância, possuem atributos e poderes idênticos e
consequentemente têm a mesma glória, mas no aspecto econômico - a Trindade
manifestada ao mundo - exercem papéis diferentes na história da criação,
redenção e santificação; onde o Pai envia o Filho, e o Espírito procede do Pai
e do Filho, sendo que a subordinação do Filho ao Pai, e do Espírito ao Pai e ao
Filho é perfeitamente compatível com a igualdade predicada acerca da Trindade
ontológica; assim, o princípio da subordinação (I Coríntios 11:3) nos foi
outorgado na criação do homem e da mulher, e consequentemente da família, onde
no aspecto ontológico, o homem e a mulher, o esposo, a esposa e os filhos são
iguais perante o Senhor, sem nenhuma superioridade espiritual do homem, pelo
simples fato de ser homem e nenhuma inferioridade espiritual da mulher, pelo
simples fato de ser mulher; mas no aspecto econômico há uma hierarquia
funcional, que deve ser observada e espelhada tanto dentro da família quanto
dentro da Igreja, as duas instituições divinas, cuja liderança foi delegada
pelo Criador ao homem, e a subordinação delegada à mulher e aos filhos, no caso
destes últimos, perante os seus pais.
VI – Pela independência
espiritual e sociológica da Igreja.
A prática da Igreja quanto à escolha da sua
liderança espiritual no decorrer de quase dois mil anos sempre se ateve e se
submeteu às orientações bíblicas, não se deixando influenciar pelos chamados
avanços da civilização, pela modernização dos tempos, pelo progresso
tecnológico, pela crescente participação da mulher na sociedade, etc, sendo que
estas conquistas, pois mais benéficas que possam ser, em hipótese alguma são
conclusivas, referencial, nem determinantes em assuntos doutrinários e também
não podem anular princípios bíblicos eternos.
VII – Devido ao
revolucionário valor que Jesus conferiu às mulheres.
Nosso Salvador inaugurou o
verdadeiro reconhecimento social e humano da mulher, restaurando e exaltando
sua dignidade diante de Deus e do mundo, o que permaneceu realçado nos ensinos
apostólicos.
Todavia, os escritos bíblicos em hipótese alguma foram
contaminados pela mentalidade e postura profundamente machista daquela época;
mesmo assim, o Senhor Jesus, e consequentemente os apóstolos, não colocaram
mulheres na posição de liderarem espiritualmente a Igreja, mantendo sempre
clara a diferença nas funções do homem e da mulher, tanto na igreja quanto na
família.
VIII - As mulheres foram
profundamente respeitadas e valorizadas pela Igreja Cristã Primitiva,
desempenhando um papel fundamental para o cumprimento da Grande Comissão,
entretanto, sem reivindicarem ou exercerem a liderança ou funções tipicamente
masculinas; algo que se perpetuou no decorrer da história da Igreja até os
nossos dias, em total submissão à Palavra de Deus visando honrar o Senhor da
Igreja.
IX - A Palavra de
Deus concede às mulheres cristãs, mediante a Graça e Misericórdia do Senhor,
como ocorre nitidamente em nossos dias, realizar dentro e fora de seus lares,
bem como, dentro e fora da Igreja de Cristo, ministérios preciosos, abençoados
e abençoadores, nas mais diversas áreas, com as mais diversas faixas etárias,
sem a necessidade de se sobrecarregarem e se exporem a algo que Deus delegou
estritamente a líderes espirituais masculinos, ou seja, a liderança do lar e o
pastorado.
X - As condições para o
exercício da liderança pastoral não se baseiam estritamente em dons
espirituais, nem em aptidões sociais, mas são regidas pelas qualificações
bíblicas.
Concluindo
Uma hermenêutica e uma
exegese bíblicas sérias das passagens que tratam da liderança familiar e
eclesiástica mostram claramente a falta de fundamento e o perigoso desvio
doutrinário que consiste aderir ao pastorado de mulheres.
Desta feita,
entendemos que as pressões sociais oriundas de um mundo em constantes
transformações, acabam por impor um novo papel à mulher, também na igreja - já
que no mundo esse é um processo contínuo e já consolidado.
Todavia, ressaltamos
uma vez mais, que não cabe à Igreja de Jesus orientar-se, espelhar-se ou
pautar-se nos fenômenos sociais e sim na Palavra de Deus e no legado dos
apóstolos.
Semelhantemente, a
estratégia adotada por alguns de ordenar casais também não encontra apoio
bíblico em parte alguma, sendo, por nós, igualmente desconsiderada à luz da
Palavra.
Não menos absurdo é o
argumento daqueles que sustentam uma suposta necessidade de mulheres no
ministério pastoral em virtude do abandono dos homens a esse ofício sagrado.
Não nos constam que existam pesquisas sérias que provem isso e nem mesmo a mais
superficial das observações assim o demonstra.
Mesmo em campos onde não existem
pastores, muitas missionárias desempenham com humildade e piedade alguns papéis
de liderança, até que ali se estabeleça um sacerdote local.
Isso nunca foi
problema e nem motivação para que se ordenem mulheres pastoras.
Parece-nos
mais uma tentativa desesperada de justificar o injustificável.
Todavia, convém esclarecer
que a rejeição à consagração de mulheres ao pastorado, não coloca quaisquer
dúvidas sobre a capacidade, competência, espiritualidade, espírito de
realização, virtude, inteligência e cultura de qualquer uma das nossas irmãs em
Cristo, nem deve ser encarado ou tratado como preconceito ou atitude machista.
Aos que puderem compreender
nossa sinceridade nesse sentido, ficam nossos agradecimentos.
Aos que não
conseguirem alcançar a humildade de reconhecer essa clara verdade bíblica,
ficam as nossas orações!
2 comentários:
Ainda bem que Deus está levantando homens de coragem e cheios da sabedoria divina, para rechaçar todo o argumento utilizado pelos adeptos de ordenação de mulheres ao ministério pastoral. Já estou com 61 anos de idade, e desde que começou essa inovação nas denominações ditas evangélicas, de se "produzir" mulheres pastoras, me insurgir contra essa influência maligna, porque essa doutrina não passa de doutrina de Satanás e não de Deus. Sou veemente contra mulheres se levantarem como pastoras para querer competir com os homens assim como na vida secular. As verdadeiras mulheres de Deus devem se espelhar nas santas mulheres da Bíblia, que mesmo ajudando os profetas do passado, os sacerdotes, os apóstolos de Jesus Cristo e o próprio Jesus, nunca reclamaram para si o direito de exercerem o SACERDÓCIO ECLESIÁSTICO. As mulheres ditas evangélicas de hoje, devem se espelharem e seguirem os exemplos das mulheres de Deus que a Bíblia nos mostram, e não nas feministas ímpias desse mundo que "jaz no maligno". O pior, que muitas mulheres que se dizem evangélica, ou "crentes" no mundo de hoje, agem pior do que as mulheres ímpias. Eu particularmente não visito nenhuma denominação evangélica que tenha mulher como "PASTORA". Sabem porque ? Se elas não obedecem a doutrina da Palavra de Deus, como é que eu vou obedecer e acreditar nos seus ensinos ? Um recadinho da Palavra de Deus para os adeptos do "Ministério Feminino" . Jeremias 23: 23 a 32. Vocês "Pastoras", "Bispas", "Sacerdotisas" "Apostolas" que sonharam um SONHO MENTIROSO em exercerem o sacerdócio eclesiástico, vão acertarem conta com Deus no dia do julgamento final. Podem ter certeza disso. Valter Desiderio Barreto - Igreja viva do Senhor e Salvador Jesus Cristo de acordo com a Palavra de Deus. "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?.
Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo". I CORÍNTIOS 3: 17.
Postar um comentário