Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quarta-feira, julho 16, 2014

Infestação de pernilongos preocupa moradores de Orlândia, SP

Situação é mais crítica nas áreas próximas ao Córrego dos Palmitos. 

Problema provocou mudanças de hábito e aumentou medo da dengue.

Igor SavenhagoDo G1 Ribeirão e Franca
Infestação é frequente em áreas próximas ao Córrego dos Palmitos (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)Infestação é frequente em áreas próximas ao Córrego dos Palmitos (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)
Uma infestação de pernilongos está tirando o sossego e o sono de moradores de Orlândia (SP).
 O problema, que ocorre em todo o município, é mais frequente em áreas próximas ao Córrego dos Palmitos e tem provocado reclamações e mudanças de comportamento nas casas, principalmente à noite, quando a incidência é maior. 
A Prefeitura diz que a grande quantidade de insetos é resultado da dificuldade de fazer o controle de larvas em uma das quatro lagoas de tratamento de esgoto e que está buscando alternativas para amenizar a situação.
O eletricista industrial Bruno Marinotti, de 22 anos, mora no centro, a duas quadras do córrego, que corta Orlândia. 
Segundo ele, o problema se intensificou no início de junho. “Quem mais sofre é meu sobrinho, de três anos, que mora com a gente. Ele fica com o corpo todo marcado”. 
Mesmo providenciando a retirada de cortinas, onde os insetos costumavam se alojar, e fechando todas as janelas da residência quando começa a anoitecer, a família tem dificuldades para dormir. “Sempre enfrentamos esse problema, mas, nesta temporada, como está mais quente que outros anos, o número de pernilongos aumentou”.
Marinotti conta que tem evitado visitar uma praça com um espelho d’água, também na região central, onde ia com frequência. “Está ficando insuportável”. 
O jovem cobra medidas do poder público. “Poderiam aplicar um veneno público, algo que diminua esse sofrimento. Nosso maior medo é quando começarem as chuvas e o mosquito da dengue vir junto com os pernilongos”.
Na casa da funcionária pública Valéria Aparecida Passaglia Monteiro, de 51 anos, que mora com a filha e uma neta de sete meses, os frascos de repelentes estão sempre à mão.

 Mas não só eles. A família também usa raquetes próprias para matar insetos. “São pernilongos grandes e resistentes a venenos. Então, o jeito é apelar para outros métodos”, afirma. Mas o resultado, quase sempre, não é o esperado. “Dá dó ver minha neta. 
À noite, ela dorme protegida por um véu, mas, durante o dia, quando os pernilongos também atacam, mesmo em menor número, é impressionante a quantidade de marcas pelo corpo dela”.
Valéria mora a três quadras do Córrego dos Palmitos e diz que já ouviu reclamações de quase todos os vizinhos. “Todo mundo reclama que são muitos pernilongos em casa. É possível ver 10, 15 deles juntos. Teve um dia que matei 12 só no meu quarto”. A funcionária pública também tem medo da dengue. “Pelo que a gente sabe, os mosquitos são parentes dos pernilongos. Quando começar a chover, a gente vai correr riscos”.
Problemas na lagoa

A Prefeitura de Orlândia informa, em nota, por meio de sua assessoria de imprensa, que a infestação de pernilongos é decorrente de um problema existente em uma das quatro lagoas de tratamento de esgoto existentes no município. 
A nota informa que a lagoa está cheia de larvas e pupas e que o Departamento de Água e Esgoto (DAE) “está ciente do problema há tempos”.
Ainda segundo a Prefeitura, o departamento de controle de vetores fez aplicação de inseticidas na lagoa, mas precisou suspender o trabalho porque havia o risco de desestabilizar a “microbiota” – composta por microorganismos que atuam no equilíbrio do ambiente. “Estamos buscando novas alternativas na tentativa de diminuir a proliferação de insetos no local, mas qualquer medida só poderá ser tomada após aval do DAE”.
Nas áreas urbanas próximas ao Córrego dos Palmitos, a administração municipal afirma que busca encontrar uma forma de eliminar criadouros, inclusive os de Aedes aegypti, que transmite a dengue. 
A pulverização com o uso do fumacê não está sendo feita, de acordo com a nota, porque seria ineficaz. “É preciso eliminar o criadouro, mas o fumacê atinge apenas uma pequena parcela dos mosquitos adultos que tiveram contato com o veneno. 
Assim, seria necessária uma aplicação frequente do inseticida, o que desequilibra o meio ambiente local, oferece risco à saúde das pessoas, dos animais, além do alto custo que a ação geraria”.
A Prefeitura diz, também, que o uso indiscriminado de inseticida aumentaria a resistência dos mosquitos e, em caso de epidemia, não haveria alternativa para quebrar a transmissão da doença.
 Uma capina química, com o uso de agrotóxicos, chegou a ser feita, mas teve de ser suspensa depois que o uso dos produtos foi proibido em todo o território nacional.
Orlândia havia registrado, até a última quinta-feira (10), conforme dados fornecidos pela assessoria, 30 casos de dengue, contra 250 durante todo o ano de 2013.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...