Imagens feitas por vizinhos de um abrigo de idosos e de pessoas com necessidades especiais em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, mostram funcionários agredindo fisicamente e verbalmente os internos (veja vídeo ao lado).
Após
receber a denúncia, a Polícia Civil passou a investigar o caso e prendeu, na
quinta-feira (3), uma cuidadora de 36 anos suspeita de maltratar os moradores.
Em um dos
vídeos feitos no abrigo que funciona há 14 anos, um idoso aparece com as mãos e
pés amarrados na cadeira rodas.
Outra gravação mostra um funcionário jogar um
balde de água fria em um interno porque ele urinou na roupa.
Em seguida, uma
mulher bate com um pedaço de madeira nas costas do mesmo morador do abrigo, que
está pelado e grita pedindo que ela pare com a agressão.
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Em um terreno
ao lado do local onde foram feitas as imagens funciona a ala feminina do
abrigo.
Os vizinhos também relatam que as agressões são constantes. “É um
inferno.
As doentes choram a noite toda, gritam, pedem socorro, pedem ajudam
para a família”, relata a vendedora Ana Carolina de Lima.
Outra moradora da
região afirma que já reclamou aos órgãos competentes. “Eu chamei a assistente
social para vir olhar o abrigo.
Ela veio, disse que ia tomar as providências e
não deu em nada”, afirma.
Umas das
funcionárias que aparece nas imagens foi presa após ser identificada pela
polícia.
A mulher, que tem 36 anos, deve responder pelo crime de tortura.
“Depois da identificação, todos eles vão ser indiciados pelos crime de tortura,
maus-tratos, além de outros crimes que possam advir desses fatos”, explicou o
delegado responsável pelo caso, Ricardo Pereira.
Idoso tem mãos amarradas a cadeira de rodas
(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
De acordo com a Prefeitura de Águas Lindas de Goiás, o abrigo não tem alvará de funcionamento.
Em 2011, os responsáveis pelo local foram notificados sobre a irregularidade,
mas o estabelecimento continuou aberto de forma clandestina.
Após a última
denúncia, a prefeitura informou que já solicitou ao abrigo a lista com o nome
de todos os pacientes e vai ligar para os familiares para que eles busquem os
internos.
Depois que os moradores forem resgatados, o local será fechado.
Em nota, o
Ministério Público Estadual informou que o promotor de Justiça Fernando Centeno
Dutra visitou o local e verificou que o espaço é insalubre e a comida é
insuficiente.
O órgão informou ainda que será instaurado um inquérito civil
público para aprofundar a investigação.
Além disso, serão solicitadas medidas para resguardar os direitos dos pacientes internados.
Além disso, serão solicitadas medidas para resguardar os direitos dos pacientes internados.
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