A
escassez hídrica em São Paulo levou o governo Geraldo Alckmin a lançar
uma ofensiva contra o furto de água na Grande São Paulo e em cidades do
interior abastecidas pelo Sistema Cantareira, que passa pela pior
estiagem da história.
Só na região de Campinas, mais de 300 quilômetros de rios foram sobrevoados em busca de captações clandestinas e uma série de blitze em indústrias e fazendas já resultou em 12 multas e 170 advertências.
O cerco às fraudes em captações diretas nos rios foi intensificado em maio pelo Departamento de Água e Energia Elétrica.
Entre maio e a última sexta-feira, 282 locais já haviam sido vistoriados.
Mas são as retiradas superficiais, onde 84 pontos já foram alvo de blitze, que mais preocupam.
No dia 10, técnicos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) de Campinas acompanharam o sobrevoo do Rio Atibaia, que abastece 95% da cidade, em busca de captações clandestinas.
Segundo a empresa, a suspeita é de que as retiradas irregulares sejam responsáveis pelas quedas repentinas de até mil litros por segundo na vazão do rio na chegada ao município.
Técnicos da empresa acreditam que a água possa estar sendo desviada para encher açudes particulares da região.
Em outra ponta, o cerco a residências e comércios feito pela Sabesp desde janeiro resultou em 5.560 flagrantes de fraudes até maio nas cidades onde opera na Grande São Paulo e na região de Bragança Paulista.
De acordo com a companhia, o volume de água desviado em ligações clandestinas chega a 1 bilhão de litros, suficiente para abastecer 250 mil pessoas por um mês, população somada dos bairros da Penha (zona leste) e da Vila Mariana (zona sul), na capital paulista.
Os suspeitos flagrados pela fiscalização, que tem o apoio da polícia, são levados para a delegacia e indiciados por furto, cuja pena é de 1 a 4 anos de prisão, além da aplicação de multa.
A empresa informou ainda que cobra pelo volume de água que foi desviado.
Apesar dos esforços para recuperar água, o nível dos dois principais reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo continua em queda.
Além do Cantareira, que opera com cerca de 17% da capacidade, o Alto Tietê ficou abaixo de 23% pela primeira vez em uma década.
A estiagem também está afetando os poços caipiras de até 30 metros de profundidade de diversas famílias que dependem, exclusivamente, da captação subterrânea.
Em janeiro, quando estourou a crise no manancial, o nível de água do poço que o caseiro Natalício Correia Vilela dividia com o irmão baixou de 3 metros para 70 centímetros.
A solução encontrada foi mudar de casa e cavar um novo buraco em busca de água.
Segundo Sérgio Werneck Filho, CEO da empresa Nova Opersan, especializada em soluções ambientais para tratamento de água e esgoto, poços rasos como o de Pinheiro e Vilela ficam tão sujeitos às questões climáticas quanto as represas.
Esses poços captam água do lençol freático e sofrem de forma imediata os efeitos da estiagem porque sem chuva a terra não absorve água. Nesses casos, só um poço artesiano, com 300 metros de profundidade, afirma.
Só na região de Campinas, mais de 300 quilômetros de rios foram sobrevoados em busca de captações clandestinas e uma série de blitze em indústrias e fazendas já resultou em 12 multas e 170 advertências.
O cerco às fraudes em captações diretas nos rios foi intensificado em maio pelo Departamento de Água e Energia Elétrica.
Entre maio e a última sexta-feira, 282 locais já haviam sido vistoriados.
Mas são as retiradas superficiais, onde 84 pontos já foram alvo de blitze, que mais preocupam.
No dia 10, técnicos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) de Campinas acompanharam o sobrevoo do Rio Atibaia, que abastece 95% da cidade, em busca de captações clandestinas.
Segundo a empresa, a suspeita é de que as retiradas irregulares sejam responsáveis pelas quedas repentinas de até mil litros por segundo na vazão do rio na chegada ao município.
Técnicos da empresa acreditam que a água possa estar sendo desviada para encher açudes particulares da região.
Em outra ponta, o cerco a residências e comércios feito pela Sabesp desde janeiro resultou em 5.560 flagrantes de fraudes até maio nas cidades onde opera na Grande São Paulo e na região de Bragança Paulista.
De acordo com a companhia, o volume de água desviado em ligações clandestinas chega a 1 bilhão de litros, suficiente para abastecer 250 mil pessoas por um mês, população somada dos bairros da Penha (zona leste) e da Vila Mariana (zona sul), na capital paulista.
Os suspeitos flagrados pela fiscalização, que tem o apoio da polícia, são levados para a delegacia e indiciados por furto, cuja pena é de 1 a 4 anos de prisão, além da aplicação de multa.
A empresa informou ainda que cobra pelo volume de água que foi desviado.
Apesar dos esforços para recuperar água, o nível dos dois principais reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo continua em queda.
Além do Cantareira, que opera com cerca de 17% da capacidade, o Alto Tietê ficou abaixo de 23% pela primeira vez em uma década.
A estiagem também está afetando os poços caipiras de até 30 metros de profundidade de diversas famílias que dependem, exclusivamente, da captação subterrânea.
Em janeiro, quando estourou a crise no manancial, o nível de água do poço que o caseiro Natalício Correia Vilela dividia com o irmão baixou de 3 metros para 70 centímetros.
A solução encontrada foi mudar de casa e cavar um novo buraco em busca de água.
Segundo Sérgio Werneck Filho, CEO da empresa Nova Opersan, especializada em soluções ambientais para tratamento de água e esgoto, poços rasos como o de Pinheiro e Vilela ficam tão sujeitos às questões climáticas quanto as represas.
Esses poços captam água do lençol freático e sofrem de forma imediata os efeitos da estiagem porque sem chuva a terra não absorve água. Nesses casos, só um poço artesiano, com 300 metros de profundidade, afirma.
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