Entre
dezembro do ano passado e março, a aprovação da maneira de governar da
presidente também caiu de 56% para 51%
Ricardo Brito e Bernardo Caram - Agência Estado
Brasília - A
avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu de 43% para 36%
em relação a dezembro, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira,
27.
No mesmo período, o porcentual de entrevistados que consideram o governo
regular registrou oscilação dentro da margem de erro de 35% para 36% dos e os
que o avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu de 20% para 27%.
Foi a
primeira vez, desde julho do ano passado, logo após os protestos de rua, que a
presidente interrompeu a trajetória ascendente de avaliação positiva.
Na
ocasião, ela registrou 31% de avaliação positiva.
Em dezembro, o desempenho do
governo Dilma havia subido de 37%, em setembro, para 43%.
Na semana
passada, o mesmo instituto divulgou pesquisa segundo a qual Dilma tem 43% das
intenções de voto, o mesmo índice registrado em novembro de 2013, data do
levantamento anterior.
Com esse índice, a petista mantém a expectativa de
vencer no 1º turno.
O levantamento foi realizado entre 13 e 17 de março.
O porcentual
dos entrevistados que aprovam a maneira da presidente Dilma Rousseff de governar
caiu de 56% para 51%.
Ao mesmo tempo, aqueles que desaprovam a maneira da atual
presidente de governar subiu de 36% para 43%.
Assim como a
avaliação positiva, a aprovação da maneira de governar de Dilma inverteu a
trajetória favorável.
Em julho, 49% reprovavam a maneira de governar,
superando, na ocasião, aqueles que a aprovavam, que eram 45%.
Isso ocorreu logo
após o início dos protestos de rua País afora.
Foi a única vez que ela
registrou uma reprovação superior à aprovação da maneira de governar desde que
assumiu a presidência, em 2011.
A confiança
na presidente Dilma diminuiu de 52% para 48%.
O porcentual dos que não confiam
nela subiu no mesmo período de 41% para 47%.
Na prática, os indicadores de
confiança e desconfiança estão tecnicamente empatados.
O índice dos que não
souberam ou não quiseram responder a essa pergunta também oscilou de 7% para
5%, dentro da margem de erro.
Nos dois primeiros anos de governo, 75% confiavam
na presidente.
A primeira
pesquisa CNI/Ibope de 2014 foi realizada entre os dias 14 e 17 deste mês com
2.002 pessoas em 141 municípios.
O levantamento tem margem de erro de dois
pontos porcentuais.
A sondagem foi feita, portanto, antes da revelação de que a
presidente Dilma Rousseff, quando presidia o Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da compra de parte da refinaria de Pasadena com base
em um resumo juridicamente "falho".
Em 2012, a estatal concluiu a compra da refinaria e
pagou ao todo US$ 1,18 bilhão por Pasadena, que, sete anos antes, havia sido
negociada por US$ 42,5 milhões à ex-sócia belga.
A oposição protocolou nesta
quinta o pedido para a abertura de uma CPI no Senado para investigar o caso.
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