Deputado havia dito em culto que comissão era 'dominada por Satanás'.
Segundo ele, o significado hebraico para Satanás é 'adversário'.
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos
Humanos da Câmara, explicou nesta segunda-feira (1º) , em sua conta no
Twitter, o que ele quis dizer quando afirmou que a comissão era "dominada por Satanás".
Segundo o deputado, a intenção era dizer que a comissão era dominada
por "adversários", já que, segundo ele, adversário é o significado da
palavra satanás em hebraico.
Na última sexta-feira (29), Feliciano afirmou em um culto no interior de Minas Gerais que "pela primeira vez na história deste Brasil um pastor cheio de Espírito Santo conquistou espaço que até ontem era dominado por Satanás".
No início da tarde desta segunda, ele publicou qual foi sua intenção ao
usar a palavra. "Quando cito Satanás estar em locais de trabalho, falo
sobre Adversários. Satanás ou Satã (do hebraico שָטָן, significa
adversário/acusador)", afirmou o deputado em sua conta do Twitter.
O deputado ainda citou o artigo 5º da Constituição Federal, que fala sobre os direitos do cidadão. "Constituição Federal Art. 5o. parágrafo VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença...", escreveu o deputado.
Também nesta segunda, ao tomar conhecimento da frase de Feliciano no culto, a atual vice-presidente da comissão, deputada Antônia Lúcia (PCS-AC) se disse "extremamente ofendida" e afirmou que vai pedir renúncia da vice-presidência.
Durante a tarde, Feliciano continuou a postar mensagens se explicando sobre a declaração e atacando opositores. Ele disse que já conversou com o líder do PSC, deputado André Moura (PSC-SE), e com a deputada Antônia Lúcia, que, segundo ele, aceitou suas desculpas. "E aq espero terminar esse assunto lembrando q eu tbém era membro da CDHM", escreveu.
Em seguida, Feliciano disse que durante o culto em que fez a declaração, ativistas "gritavam palavrões, batiam tambor, assustaram as crianças, atrapalharam o culto". Ele disse que até comerciantes que vendiam lanches em volta foram prejudicados. "Ver mães tapando os olhos e ouvidos de suas crianças p não verem os ativistas fazendo gestos obscenos e palavras de baixo calão, machuca", completou.
O deputado ainda disse que pediu a policiais no local para "não fazerem nada contra os ativistas".
Protesto
Feliciano foi à cidade mineira de Passos participar de um evento organizado pela igreja Assembleia de Deus. Durante o culto, realizado em um ginásio, cerca de 50 pessoas usando cartazes e camisetas protestaram do lado de fora contra a permanência do deputado à frente da comissão da Câmara.
A pressão se avolumou após o deputado ter divulgado vídeo que equipara as manifestações a "rituais macabros". Ele nega que seja racista ou homofóbico.
Na última semana, o deputado defendeu sua permanência como presidente da comissão, alegando que a eleição ocorreu em conformidade com o regimento da Câmara. “Conseguimos vencer uma barreira e mostramos que democracia é isso e, às vezes é preciso tomar medidas, não medidas austeras, mas à luz do regimento interno. Um parlamentar precisa ser respeitado, como todo ser humano precisa ser respeitado”, afirmou na ocasião.
Nesta terça (2), estava marcada reunião entre Feliciano e líderes da Câmara, com o objetivo de tentar convencê-lo a deixar o comando da comissão. A reunião, porém, foi adiada para a terça da semana que vem (dia 9) pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que se recupera de uma cirurgia.
Na última sexta-feira (29), Feliciano afirmou em um culto no interior de Minas Gerais que "pela primeira vez na história deste Brasil um pastor cheio de Espírito Santo conquistou espaço que até ontem era dominado por Satanás".
Texto publicado no twitter do deputado Marco Feliciano
(Foto: reprodução/Twitter)
(Foto: reprodução/Twitter)
O deputado ainda citou o artigo 5º da Constituição Federal, que fala sobre os direitos do cidadão. "Constituição Federal Art. 5o. parágrafo VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença...", escreveu o deputado.
Também nesta segunda, ao tomar conhecimento da frase de Feliciano no culto, a atual vice-presidente da comissão, deputada Antônia Lúcia (PCS-AC) se disse "extremamente ofendida" e afirmou que vai pedir renúncia da vice-presidência.
Durante a tarde, Feliciano continuou a postar mensagens se explicando sobre a declaração e atacando opositores. Ele disse que já conversou com o líder do PSC, deputado André Moura (PSC-SE), e com a deputada Antônia Lúcia, que, segundo ele, aceitou suas desculpas. "E aq espero terminar esse assunto lembrando q eu tbém era membro da CDHM", escreveu.
Em seguida, Feliciano disse que durante o culto em que fez a declaração, ativistas "gritavam palavrões, batiam tambor, assustaram as crianças, atrapalharam o culto". Ele disse que até comerciantes que vendiam lanches em volta foram prejudicados. "Ver mães tapando os olhos e ouvidos de suas crianças p não verem os ativistas fazendo gestos obscenos e palavras de baixo calão, machuca", completou.
O deputado ainda disse que pediu a policiais no local para "não fazerem nada contra os ativistas".
Protesto
Feliciano foi à cidade mineira de Passos participar de um evento organizado pela igreja Assembleia de Deus. Durante o culto, realizado em um ginásio, cerca de 50 pessoas usando cartazes e camisetas protestaram do lado de fora contra a permanência do deputado à frente da comissão da Câmara.
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Na última semana, o deputado defendeu sua permanência como presidente da comissão, alegando que a eleição ocorreu em conformidade com o regimento da Câmara. “Conseguimos vencer uma barreira e mostramos que democracia é isso e, às vezes é preciso tomar medidas, não medidas austeras, mas à luz do regimento interno. Um parlamentar precisa ser respeitado, como todo ser humano precisa ser respeitado”, afirmou na ocasião.
Nesta terça (2), estava marcada reunião entre Feliciano e líderes da Câmara, com o objetivo de tentar convencê-lo a deixar o comando da comissão. A reunião, porém, foi adiada para a terça da semana que vem (dia 9) pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que se recupera de uma cirurgia.
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