Caso aconteceu em frente a uma escola estadual em Ponta Grossa, no PR.
Advogado do instrutor disse que ele 'agiu no calor do momento'.
55 comentários
Dois vídeos que circulam na internet, mostrando brigas entre adolescentes, chocaram a população de Ponta Grossa, no interior do Paraná. Em um deles, um instrutor de artes marciais incentiva uma das garotas a bater na outra. Segundo testemunhas, ele seria tio de uma das jovens que aparecem nas imagens.
As duas gravações foram feitas em frente a uma escola estadual da cidade. No primeiro vídeo, funcionárias da escola aparecem tentando separar as adolescentes que estão brigando. Outros jovens ficam em volta delas, apenas assistindo a confusão.
No segundo, há as imagens do instrutor incentivando a briga. Em um dado momento, ele sugere como uma das adolescentes pode machucar ainda mais a outra. “Pisa no olho, pisa no olho”, ordena o homem, que luta MMA há 22 anos.
O instrutor não quis gravar entrevista. O advogado Guilherme Grzybowski, que o representa, disse que o lutador “agiu no calor do momento”. Segundo ele, o tio e a garota estavam sendo perseguidos por cerca de 20 adolescentes, que os xingavam e agrediam. “O histórico da briga tem que ser apurado e tem que ser analisado também”, defende o advogado.
As imagens foram mostradas ainda para o policial militar Maurício Andrade, que também é fiscal de lutas de ringue. Para ele, esse tipo de atitude tomada por lutadores mancha a imagem do esporte. “A gente, na academia, ou em qualquer lugar que a gente passa instrução, a gente usa como defesa pessoal, uma situação em que você for vítima de agressão, você tentar imobilizar e conter o seu oponente. Mas, após isso, dominou, você encerrou”, diz.
A Ouvidoria do Núcleo de Educação de Ponta Grossa também está analisando o caso. Eles devem definir qual punição caberá às duas adolescentes.
Para Andrade, o envolvimento do instrutor na briga pode ser caracterizado como um crime. “Ali se trata de duas adolescentes brigando e um cidadão, provavelmente um instrutor, pelo que dá para ver, maior de idade, instigando a violência de adolescentes”, avalia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário