Segundo veterinários do Mangal, é o primeiro caso no Brasil desde 1960.
Espécie habita locais de solo úmido da Amazônia.
Pavãozinho nasceu no borboletário do Mangal das Garças, em Belém (Foto: Everaldo Nascimento/ Agência Pará)
O pavãozinho habita partes do México, Agentina, Uruguai e, no Brasil, pode ser encontrado na regiao amazônica em locais de solo úmido, como margens de rios, lagos e igarapés, que são seu habitat natural. A espécie mora no Boboletário do Mangal desde 2009, onde se alimenta de camarão, ração e larvas de besouro.
Cuidados
Quando o ninho foi visto pela primeira vez no Mangal, a equipe que toma conta dos animais tomou uma série de cuidados para que o pavãozinho pudesse nascer, à partir do momento em que o casal foi avistado levando materiais para a construção do ninho no topo de uma árvore.
“A primeira iniciativa que nós tivemos foi de proteger a árvore contra os predadores. Também aumentamos a alimentação, isolamos uma área do Borboletário – onde o ninho se encontrava – para evitar o stress do animal e colocamos uma tela de proteção embaixo do ninho para que o filhote não caísse”, revela a veterinária do Parque, Stefânia Miranda.
De acordo com os veterinários, o ninho é feito de fibras, folhas, musgos e raízes. A espécie coloca um ou dois ovos, que são chocados durante cerca de 26 dias. A mãe usa sua plumagem para espantar predadores, emitindo um som semelhante ao de uma cobra, que assusta os roedores que se alimentam de ovos. Enquanto a mãe protege o ninho, o pai busca alimento para o filhote.
Segundo Miranda, o envolvimento da equipe foi essencial para que o animal pudesse nascer. “Foi muito satisfatório ver que o pavãozinho conseguiu sobreviver. O que foi conquistado aqui no Mangal foi quase inédito. Não teríamos conseguido esse feito sem a ajuda de todos – desde a pessoa que projetou o Borboletário até os tratadores, que colocam a comida para os animais”, enfatiza Stefânia Miranda.
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