Reportagem percorreu algumas delegacias na noite da última quinta, 14.
Apenas centrais de flagrantes e seccionais fazem o atendimento à noite.
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Na última quinta-feira (14), o delegado geral de polícia Rilmar Firmino foi entrevistado ao vivo no programa Bom Dia Pará e na ocasião afirmou que as delegacias dos bairros de Belém funcionavam em tempo integral. Durante a noite desta quinta, a reportagem da TV Liberal percorreu algumas delegacias, que não estavam atendendo a população e fez ainda um flagrante inusitado.
Uma equipe do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil visitou delegacias e seccionais da capital. Na delegacia do bairro o Jurunas, a garçonete Tânia Souza tentava registrar a ocorrência do assalto que tinha acabado de sofrer, mas quando chegou ao local não conseguiu ser atendida. “A gente chegou aqui e simplesmente o rapaz falou que não tem escrivão e a gente não podia fazer nenhum tipo de ocorrência. E ele não podia fazer nada pela gente”, conta Tânia.
Na sala de ocorrências da seccional do Comércio, havia apenas um gato dormindo na cadeira atrás da mesa dos policiais. “O atendimento é até as 20h, que os delegados ficam, depois fica só o plantonista para vigiar o prédio aqui”, afirma o investigador Edson Sebastião Valois. “Só tô eu aqui no prédio, não posso atender as pessoas. Até porque é arriscado eu abrir, não sei quais pessoas estão chegando aqui, eu atendo pela grade”, conta ainda o investigador.
Com a deficiência no atendimento, muitas pessoas procuram as centrais de flagrantes, como a de São Brás. O problema é que essas unidades acabam ficando sobrecarregadas e o tempo de espera aumenta.
De acordo com a diretora de polícia metropolitana, Ione Coelho, a baixa procura da população nas unidades durante a noite, justificaria a ausência de uma equipe completa nos locais. “Nós fizemos um levantamento e nós temos 32 unidades dentro da metropolitana. Então como você justificar 32 delegados nas unidades policiais, quando muitas vezes você só tinha 5 flagrantes? Então o que nós fizemos, tiramos alguns delegados e colocamos eles nos expedientes para melhorar a qualidade das investigações.
Mas ficaram as centrais de flagrante, que são a Cidade Nova e São Brás. Também tem plantão na Marambaia, em Icoaraci, em Marituba, na Terra Firme, além das unidades da Deam, da Data, e também as divisões de homicídio, que funcionam também em regime de plantão. Então não podemos dizer que a população fica desassistida e também não podemos dizer que as unidades fdicam fechadas durante a noite”, afirma a diretora.
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