Denunciado pela PGR, Renan é nome do PMDB na disputa pelo cargo.
Senador é acusado de uso de notas fiscais frias, mas nega irregularidades.
Após reunião da bancada nesta quarta-feira (30), o PSB anunciou que não apoiará o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na eleição para a presidência do Senado. Denunciado na semana passada pela Procuradoria Geral da República, Renan é o atual nome do PMDB na disputa pelo comando do Senado. A eleição está marcada para a próxima sexta-feira (1º).
“Diante das circunstâncias, o PSB não vota no nome de Renan Calheiros. O Senado é um poder independente e não pode ficar dependendo de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que poderá abrir ação penal contra Renan Calheiros”, afirmou a líder do PSB no Senado, Líndice da Mata (BA).
Renan Calheiros é investigado em inquérito no STF pelo suposto uso de notas fiscais frias para justificar, em 2007, que tinha renda para pagar a pensão de uma filha. Ele apresentou as notas, referentes a suposta venda de bois, para se defender da suspeita de que a pensão era paga por um lobista de uma empreiteira. O escândalo levou à renúncia do peemedebista do comando do Senado em 2007.
Líndice da Mata afirmou que o partido, integrado por quatro senadores, poderia apoiar outro candidato do PMDB. “Se o PMDB decidir lançar outro nome, podemos avaliar. Aí poderemos apoiar o candidato o PMDB”, disse.
Outros dois senadores lançaram candidatura à presidência do Senado: Pedro Taques (PDT-MT) e o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AM). A líder do PSB afirmou que terá uma reunião nesta quinta (31) com Pedro Taques. “Ele nos chamou para uma reunião, mas isso não garante que nós o apoiaremos. Ainda vamos definir”, disse.
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