Para todos, principalmente para os profissionais da área da saúde: Juliana Garcia, Weslaine Botelho Ferreira, Aline Helena DE Oliveira Cabral, Silvia Paghi, Yasmin Dorigo Carminatti, Fabiano Vitoriano Silva, Marta Aparecida, Fernanda Lobo, Caio Mariano, Fatima Cipriano, entre outros...
 
 Morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e 
irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, 
como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o 
sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.
 
 Obs.: a morte encefálica é permanente e irreversível. 
 
 Como fica decidido que o paciente está com morte encefálica ? 
 
 Um médico conduz os exames médicos que dão o diagnóstico de morte 
encefálica. Esses exames são baseados em sólidas e reconhecidas normas 
médicas. Entre outras coisas, os testes incluem um exame clínico para 
mostrar que seu ente querido não tem mais reflexos cerebrais e não pode 
mais respirar por si próprio. Em muitos casos, os testes são duas vezes 
realizados, com intervalo de diversas horas, para assegurar um resultado
 exato.
 Adicionalmente, outro teste pode incluir o exame do fluxo 
sanguíneo (angiograma cerebral) ou um eletroencefalograma. Estes testes 
são feitos para confirmar a ausência do fluxo sanguíneo ou da atividade 
cerebral. 
 
Possivelmente, o paciente pode apresentar atividades ou 
reflexos espinhais, como um movimento ou uma contração muscular. 
Reflexos espinhais são causados por impulsos elétricos que permanecem na
 coluna vertebral. Estes reflexos são possíveis, mesmo que o cérebro 
esteja morto. 
 
 Se o paciente está realmente morto, por que seu coração ainda bate? 
 
 Enquanto o coração tem oxigênio, ele pode continuar a bater O 
ventilador providencia oxigênio para manter o coração batendo por várias
 horas. Sem este socorro artificial, o coração deixaria de bater. 
 
 O que acontece quando sua morte encefálica é declarada? 
 
 Uma vez dado o diagnóstico de morte encefálica, o paciente é declarado 
legalmente morto. Esta é a hora que deve constar no atestado de óbito. A
 hora da morte não é a hora da retirada do ventilador. 
 
 Coma X Morte cerebral
 
 Pacientes que sofrem morte cerebral não estão em coma. Os pacientes em coma podem ou não progredir para uma morte cerebral.
 O cérebro é um órgão muito complexo. É o cérebro que controla não 
apenas o processo de pensamento de um indivíduo e movimentos 
voluntários, mas controla movimentos involuntários e outras funções 
vitais do corpo. 
 
Estas funções incluem audição, olfato, sensos visuais e
 táteis, regulamento de temperatura corporal, pressão sanguínea, 
respiração e o coração. O cérebro também produz hormonas para controlar 
funções de órgãos individuais. Um bom exemplo é a produção do cérebro da
 hormona antidiurética (ADH). Esta hormona é produzida para concentrar a
 urina nos rins.
 Os pacientes em coma podem estar em coma profundo 
ou podem sobreviver em o que chamamos "estado vegetativo". A diferença 
entre estes dois grupos é que um paciente de coma profundo normalmente 
requer cuidado hospitalar, enquanto um paciente em estado vegetativo 
pode ser liberado à família para cuidado de casa. Já os com morte 
cerebral, não poderão emitir nenhum impulso elétrico, o que o paciente 
em coma pode vir a fazer.
 
 Conduta da enfermagem
 
 Uma 
das condutas do enfermeiro é a notificação do diagnóstico à central de 
transplante, obrigatória por lei, e nesse momento devem se iniciar 
também os exames de classificação do potencial doador.
 
 Considerando 
que o processo de doação de órgãos e tecidos para transplante se inicia 
no hospital que notificou a morte encefálica, a Resolução Cofen nº 
292/2004, diz que ao Enfermeiro incumbe planejar, executar, coordenar, 
supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados aos 
doador de órgãos e tecidos, através dos seguintes procedimentos:
 a) Notificar as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos-CNNCDO, a existência de potencial doador;
 b) Entrevistar o responsável legal do doador, solicitando o 
consentimento livre e esclarecido por meio de autorização da doação de 
órgãos e tecidos, por escrito;
 c) Garantir ao responsável legal o direito de discutir com a família sobre a doação, prevalecendo o consenso familiar;
 e) Aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) no processo de doação de órgãos e tecidos;
 f) Documentar, registrar e arquivar o processo de doação/transplante no prontuário do doador, bem como, do receptor.
 Dessa forma, profissional de enfermagem, precisamos conduzir nossas 
ações de acordo com o exposto por Guetti e Marques (2008), de que um 
único potencial doador, em boas condições, pode beneficiar, através de 
transplantes de diversos órgãos e tecidos, mais de 10 pacientes. Além 
disso, para que um potencial doador se torne um doador efetivo, e que o 
maior número de órgãos sejam aproveitados, é necessário uma adequada 
preservação e posterior viabilidade destes órgãos até a extração.
 
Nesse sentido, o apoio da equipe de enfermagem e a execução das 
atividades privativas do enfermeiro conduzirão a adoção de condutas 
clínicas adequadas ao potencial doador, com vistas ao cuidado dos 
receptores, ações estas movidas pela intenção em ajudar as pessoas que 
requerem transplantes de órgãos e tecidos a obterem qualidade de vida.
 
Colaboração de Karine Mikawa - Técnica em Enfermagem pela Escola Técnica de Enfermagem Coronel Rafael Brandão de Barretos - São Paulo. 
Morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.
Obs.: a morte encefálica é permanente e irreversível.
Como fica decidido que o paciente está com morte encefálica ?
Um médico conduz os exames médicos que dão o diagnóstico de morte encefálica. Esses exames são baseados em sólidas e reconhecidas normas médicas. Entre outras coisas, os testes incluem um exame clínico para mostrar que seu ente querido não tem mais reflexos cerebrais e não pode mais respirar por si próprio. Em muitos casos, os testes são duas vezes realizados, com intervalo de diversas horas, para assegurar um resultado exato.
Se o paciente está realmente morto, por que seu coração ainda bate?
Enquanto o coração tem oxigênio, ele pode continuar a bater O ventilador providencia oxigênio para manter o coração batendo por várias horas. Sem este socorro artificial, o coração deixaria de bater.
O que acontece quando sua morte encefálica é declarada?
Uma vez dado o diagnóstico de morte encefálica, o paciente é declarado legalmente morto. Esta é a hora que deve constar no atestado de óbito. A hora da morte não é a hora da retirada do ventilador.
Coma X Morte cerebral
Pacientes que sofrem morte cerebral não estão em coma. Os pacientes em coma podem ou não progredir para uma morte cerebral.
O cérebro é um órgão muito complexo. É o cérebro que controla não apenas o processo de pensamento de um indivíduo e movimentos voluntários, mas controla movimentos involuntários e outras funções vitais do corpo.
Os pacientes em coma podem estar em coma profundo ou podem sobreviver em o que chamamos "estado vegetativo". A diferença entre estes dois grupos é que um paciente de coma profundo normalmente requer cuidado hospitalar, enquanto um paciente em estado vegetativo pode ser liberado à família para cuidado de casa. Já os com morte cerebral, não poderão emitir nenhum impulso elétrico, o que o paciente em coma pode vir a fazer.
Conduta da enfermagem
Uma das condutas do enfermeiro é a notificação do diagnóstico à central de transplante, obrigatória por lei, e nesse momento devem se iniciar também os exames de classificação do potencial doador.
Considerando que o processo de doação de órgãos e tecidos para transplante se inicia no hospital que notificou a morte encefálica, a Resolução Cofen nº 292/2004, diz que ao Enfermeiro incumbe planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados aos doador de órgãos e tecidos, através dos seguintes procedimentos:
a) Notificar as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos-CNNCDO, a existência de potencial doador;
b) Entrevistar o responsável legal do doador, solicitando o consentimento livre e esclarecido por meio de autorização da doação de órgãos e tecidos, por escrito;
c) Garantir ao responsável legal o direito de discutir com a família sobre a doação, prevalecendo o consenso familiar;
e) Aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) no processo de doação de órgãos e tecidos;
f) Documentar, registrar e arquivar o processo de doação/transplante no prontuário do doador, bem como, do receptor.
Dessa forma, profissional de enfermagem, precisamos conduzir nossas ações de acordo com o exposto por Guetti e Marques (2008), de que um único potencial doador, em boas condições, pode beneficiar, através de transplantes de diversos órgãos e tecidos, mais de 10 pacientes. Além disso, para que um potencial doador se torne um doador efetivo, e que o maior número de órgãos sejam aproveitados, é necessário uma adequada preservação e posterior viabilidade destes órgãos até a extração.
Nesse sentido, o apoio da equipe de enfermagem e a execução das atividades privativas do enfermeiro conduzirão a adoção de condutas clínicas adequadas ao potencial doador, com vistas ao cuidado dos receptores, ações estas movidas pela intenção em ajudar as pessoas que requerem transplantes de órgãos e tecidos a obterem qualidade de vida.

 
 
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