Segundo TJMG, decisão foi tomada por unanimidade.
Pedido havia sido feito pela defesa de Bola.
Marcos Aparecidos dos Santos, Bola
(Foto: Reprodução)
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Após abandonar a sessão do júri do caso Eliza, a equipe de advogados do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, de apelido Bola, entrou com um habeas corpus na Justiça em 23 de novembro pedindo o cancelamento de todos os atos praticados na ausência deles. A defesa alega que não teve autorização para continuar no júri após ocorrer o desmembramento do julgamento para Bola, ficando impedida de fazer perguntas para as testemunhas e para os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, que foram condenados. O pedido foi assinado pelos defensores Ércio Quaresma, Fernando Magalhães e Zanone de Oliveira Júnior.
O desembargador Doorgal Andrada, afirmou que os advogados não foram impedidos
de atuar, mas abandonaram o plenário por livre e espontânea vontade, deixando o réu indefeso.
Segundo o magistrado, ao abandonar o julgamento, os advogados renunciaram a qualquer dos atos ocorridos na sessão.
O ex-policial vai ser julgado em 4 de março com Bruno e Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador. Na sexta-feira (11), a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues aceitou o retorno dos advogados Quaresma e Magalhães. A juíza manteve multa no valor de 30 salários mínimos para cada pelo fato de terem abandonado o julgamento em novembro do ano passado, de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A multa também deve ser paga pelo advogado Zanone de Oliveira Júnior, que, segundo a Justiça mineira, não manifestou interesse em retornar ao caso.
Eliza Samudio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Certidão de óbitoA juíza do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, determinou a expedição da certidão de óbito da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samudio. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a decisão, da qual não cabe recurso, foi publicada nesta terça-feira (15) no Diário do Judiciário Eletrônico.
A certidão de óbito é um documento expedido por um cartório civil, que declara a morte de um indíviduo e os detalhes, como data e local. O atestado de óbito é emitido por um médico que declara a morte de uma pessoa e aponta a causa médica do falecimento. Ele é necessário para a emissão da certidão. No caso de Eliza Samudio, não houve emissão de atestado de óbito. O conselho de sentença do júri entendeu que a morte da jovem foi confirmada em depoimentos durante o julgamento que culminou na condenação de Luiz Henrique Ferreira Romão - o Macarrão -, e Fernanda Gomes de Castro. Eliza foi morta em julho de 2010, e seu corpo nunca foi encontrado.
O pedido da certidão foi feito pelo promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro e pela mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura. Na decisão, a juíza afirmou que, embora não haja previsão legal que contemple a pretensão do Ministério Público Estadual (MPE) e da família da vítima, a sentença criminal pode ser executada no âmbito cível, para efeito da reparação de danos.
Conforme a Justiça, já foi expedido mandado para registro de óbito na comarca de Vespasiano, reconhecida pelos jurados como o local onde o crime ocorreu.
Júri
Em 23 de novembro, o júri popular do caso Eliza Samudio condenou os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo envolvimento na morte ex-amante do jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere privado.
O júri popular, que teve início com cinco réus, acabou com apenas dois acusados: Macarrão e Fernanda. O jogador Bruno Fernandes de Souza, que era titular do Flamengo, é acusado de ter arquitetado a morte da ex-amante, em 2010, para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia. Bruno, a sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram o júri desmembrado pela juíza Marixa.
O crime
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).
Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o processo arquivado.
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