Tribunal em Minas informou decisão nesta terça-feira (15).
Período em que dados serão analisados não foi informado.
Promotor Henry Castro se dirige à juíza Marixa
Rodrigues durante o júri popular do caso Eliza
(Foto: Vagner Antônio/TJMG)
Rodrigues durante o júri popular do caso Eliza
(Foto: Vagner Antônio/TJMG)
Em novembro do ano passado, o promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcelos de Castro adiantou que pediria a quebra de sigilo bancário de Bruno. Em entrevista ao G1, disse que o objetivo é tentar comprovar o saque de dinheiro para pagar a execução de Eliza. À epoca, Castro declarou que pretendia denunciar mais uma pessoa pelo crime, um ex-policial chamado José Lauriano de Assis Filho, de apelido Zezé. Para o promotor, Zezé tem envolvimento na morte da ex-namorada do goleiro.
O advogado Lúcio Adolfo Silva, que defende o goleiro, disse que não foi informado pela Justiça sobre a quebra do sigilo. Segundo ele, a fase atual do processo não permite a inclusão de provas. "Do ponto de vista do processo, não é momento para isso. Não se pode juntar uma prova sem conhecimento da defesa e da acusação", afirmou.
A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues e o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro não foram encontrados para comentar a decisão nesta terça-feira (15).
Outra decisão relativa ao processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samúdio pode ser dada nesta quarta-feira (16), quando será julgado o recurso que pede a anulação do júri realizado em novembro. Este será o julgamento colegiado e definitivo na segunda instância. Depois de abandonarem a sessão do júri do caso Eliza Samudio, advogados de Bola entraram com um habeas corpus na Justiça em 23 de novembro pedindo o cancelamento de todos os atos praticados na ausência deles.
Advogados multados
Nesta sexta-feira (11), a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues aceitou o retorno de dois advogados de Marcos Aparecidos dos Santos, o Bola, ao júri do caso Eliza Samudio. O réu é acusado do homicídio da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes e de ocultação de cadáver. Os defensores Ércio Quaresma e Fernando Magalhães protocolaram petição com o pedido no dia 3 de dezembro. A juíza manteve multa no valor de 30 salários mínimos para cada pelo fato de terem abandonado o julgamento em novembro do ano passado, de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A multa também deve ser paga pelo advogado Zanone de Oliveira Júnior, que, segundo a Justiça mineira, não manifestou interesse em retornar ao caso.
Júri
Em 23 de novembro, o júri popular do caso Eliza Samudio condenou os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo envolvimento na morte ex-amante do jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere privado.
Julgamento
de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e de
Fernanda Gomes de Castro, no
Tribunal do
Júri de Contagem (Foto: Vagner Antônio/TJMG)
O crime
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).
Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o processo arquivado.
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