Falso médico que receitava remédios controlados é preso em Mato Grosso

Suspeito afirmou à polícia ter atendido mais de 100 pessoas no interior.

Ele confessou ter adulterado diploma de graduação em Biomedicina.

Um homem foi preso suspeito de se passar por médico no município de Luciara, a 1.180 quilômetros de Cuiabá. A prisão ocorreu nesta quinta-feira (24) após denúncia anônima à Delegacia de São Félix do Araguaia, distante 1.159 quilômetros da capital. 

Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, o suspeito afirmou em depoimento ter atendido mais de 100 pessoas, além de ter receitado medicamentos controlados, exames e demais procedimentos.

Segundo informações do assessor de gabinete de Luciara, João José da Silva Santos, o falso médico trabalhou uma semana no posto de saúde da cidade. “A prefeitura realmente não sabia que ele não era médico. Um dia antes da prisão dele, o prefeito fez uma pesquisa e viu que ele não era. Então chamamos ele, fizemos o acerto e o mandamos embora. Não tivemos problema nenhum”, relatou ao G1.

João José da Silva Santos

 

 

O biomédico que se passava

por médico depois de falsificar

o diploma de biomedicina

De acordo com Santos, o contrato do suspeito nem havia sido feito. A prefeitura garantiu que a atuação dele não lesou nenhum paciente. O falso médico havia sido contratado por R$ 14 mil, descontando os impostos. “Nós o descobrimos, ele morava em Belém (PA). Foi através de uma indicação de um amigo do secretário de saúde. Conseguimos o telefone dele, ligamos para ele e ele aceitou”, explicou.

Após verificar a presença do suspeito em São Félix do Araguaia, a polícia confirmou que o suspeito se apresentava como médico e havia sido contratado como clínico geral em Luciara. 

Ao ser interrogado, ele alegou que é formado em biomedicina e que falsificou o diploma universitário, colocando sua formação para medicina. Ele disse ainda que falsificou todos os documentos usados para se apresentar como médico.

A Polícia Civil informou também que o falso médico conseguiu, através da internet, criar um registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), assim como a carteira de identidade e o próprio diploma, expedido por uma universidade do interior de São Paulo. 

Na delegacia, ele confirmou que falsificou todos os documentos para conseguir emprego e garantiu que a prefeitura não tinha conhecimento da farsa.

Após ser interrogado pelo delegado, o suspeito foi encaminhado para a Cadeia Pública de São Félix do Araguaia, onde permanecerá à disposição da Justiça.