Caso polícia invada o local, grupo promete atacar com arco e flecha.
Ainda não há data prevista para a demolição do museu.
Policiais do Batalhão de Choque cercam o antigo Museu do
Índio, no Maracanã (Foto: Renata Soares/G1)
O defensor público federal Daniel Macedo, que está no local, afirmou que se não for expedido um mandado judicial para a PM entrar no museu, eles não podem invadir. “Sem esse ofício a Polícia Militar está determinantemente proibida de invadir a aldeia. Esse documento pode chegar a qualquer momento, mas, até isso acontecer, as coisas têm que permanecer do jeito que estão”, afirmou Macedo.
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O defensor também questiona o argumento do governo sobre o imóvel
atrapalhar a mobilidade urbana para a Copa. "Isso não é verdade. Este
imóvel nunca atrapalhou a cidade do Rio de Janeiro. A situação atual é
que a PM não pode adentrar o prédio. Temos que entender que, para o
índio, ter um pedaço de terra é essencial. Na ótica deles, este prédio
está em bom estado”.
Índios estão na parte interna do museu
(Foto: Renata Soares/G1)
(Foto: Renata Soares/G1)
O deputado estadual Marcelo Freixo também chegou ao museu por volta das 13h. "Este prédio tem um valor histórico para o Rio de Janeiro. Se a decisão judicial chegar, vamos ter que ter muito diálogo para que não saiam famílias feridas do local", disse Freixo.
Deputado estadual Marcelo Freixo pula muro do museu
para conversar com índios (Foto: Renata Soares/G1)
Para Mônica Belo, outra líder do grupo, o objetivo deles é mostrar a cultura indígena para outros povos. “Esse aqui é o primeiro museu indígena da América Latina. Gostaríamos de construir um restaurante aqui no último andar para mostrar a nossa arte, a nossa cultura e também a nossa comida para todos os tipos de povos, mas isso vai depender se a polícia deixar”, destacou Mônica.
Operário das obras do Maracanã teve que entregar
crachá depois de tentar ajudar os índios
(Foto: Renata Soares/G1)
crachá depois de tentar ajudar os índios
(Foto: Renata Soares/G1)
Mais cedo, o encarregado de obras José Antônio César, que trabalha nas obras do Maracanã, pulou o muro que divide o canteiro de obras do estádio e o museu, para ajudar os índios caso a polícia invadisse o museu. Cerca de uma hora depois, quando pulou o muro para voltar ao canteiro de obras, o chefe do funcionário pediu que ele entregasse o crachá e o mandou voltar para casa.
Segundo o Governo do Estado do Rio, ainda não há data prevista para a demolição do museu.
Índios se posicionam na parte mais alta do antigo museu
(Foto: Renata Soares/G1)
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