O PSOL entrou com um pedido para que a corregedoria apure as denúncias contra dois parlamentares goianos.
O presidente da Câmara defendeu o aprofundamento das investigações sobre a relação de deputados com Carlinhos Cachoeira. O PSOL entrou com um pedido para que a corregedoria apure as denúncias contra dois parlamentares goianos.
O pedido foi entregue ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS).
“A ética, a transparência é uma exigência básica para a atuação parlamentar com o mínimo de credibilidade”, disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), líder do partido.
Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal flagraram Carlos Leréia, do PSDB, cobrando dinheiro de um operador de Cachoeira. Sandes Júnior, do PP, aparece nas gravações falando sobre o recebimento de cheques, que ele diz ser o pagamento da rescisão do contrato com uma rádio. Na conversa, Cachoeira cobra a parte dele.
“Ele sabendo do negócio, ligou para mim até em tom de brincadeira, dizendo: olha, como eu desisti da ação com a empresa que você trabalhava, você tem que me dar metade dos cheques”, afirmou o deputado Sandes Júnior (PP-GO).
Rubens Otoni, do PT de Goiás, já responde a processo na corregedoria. Otoni aparece em um vídeo recebendo de Cachoeira uma oferta de R$ 100 mil. O deputado disse que a filmagem é de 2004, e que foi vítima de uma armação.
Outros dois deputados aparecem em conversas telefônicas com Cachoeira. O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), disse que pediu dinheiro para a campanha de prefeito.
“Evidente que você, quando é candidato, tem que procurar quem faz contribuições com campanha”, disse.
Stepan Nercessian, do PPS do Rio, pegou um empréstimo para comprar um imóvel. Disse que já devolveu o dinheiro. Ele se afastou do partido.
Deputados da Frente de Combate à Corrupção pediram que o procurador-geral da República dê acesso ao inquérito sobre o esquema de Cachoeira. E cobraram do presidente da Câmara rapidez nas investigações sobre os deputados. O pedido de abertura de uma CPI está com Marco Maia.
“Isto tudo nos leva a uma compreensão de que é preciso de fato haver uma investigação mais aprofundada sobre todas essas relações, e o impacto que isso tem na vida do país nos últimos anos”, concluiu Marco Maia.
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