"Portanto deixará o
homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne". GÊNESIS 2
24.
Se Deus fosse a favor do
homossexualismo, o versículo de Gênesis transcrito acima, seria escrito assim:
PORTANTO DEIXARÁ A PESSOA SEU PAI E SUA MÃE, E APEGAR-SE-Á A OUTRA PESSOA, E
SERÃO AMBOS UMA CARNE.
O único relacionamento no
mundo entre duas que os transformam em uma só carne, é o relacionamento entre o
homem e uma mulher através do matrimônio.
Deus deu a liberdade aos seres humanos para dominarem seus desejos.
"Se bem fizeres, não é certo que serás aceito?
E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar". GÊNESIS 4: 7.
Valter Desiderio
Barreto.
O homossexualismo é um
assunto polêmico em muitas sociedades.
Para alguns, é uma questão de direitos
iguais para que o casamento entre pessoas do mesmo sexo seja legalizado. Para
muitos é também uma questão moral e religiosa, pois é tratada na Bíblia.
Debates, discussões, altercações e, infelizmente, até violência tem ocorrido
por causa desse assunto.
Para algumas pessoas, a
perspectiva bíblica sobre a questão da homossexualidade é apenas de interesse
acadêmico.
Estas pessoas talvez não sejam nem cristãs, nem homossexuais.
O
problema pode não afetá-las pessoalmente, mas já que está na moda, deve ser
interessante.
Para outras, a questão é
muito pessoal.
Talvez estas se identifiquem como cristãs, heterossexuais ou
cristãs homossexuais.
Seja como for, este estudo
tem a intenção de ser um recurso gracioso, terno e confiável para todos.
Sendo assim, o artigo vai
expor em detalhes a visão bíblico-cristã sobre o homossexualismo.
O leitor logo irá perceber
que o rumo tomado pelo estudo o levará à conclusão de que homossexualismo é
pecado.
Por isso, duas coisas
precisam ficar claras, a fim de se evitar qualquer mal-entendido:
1. Este autor, todos os
cristãos e todos os não cristãos pecaram e são pecadores.
Infelizmente, esta é uma
situação na qual todos estão igualmente envolvidos.
Não é um caso particular.
2. O artigo apresenta
conclusões lógicas sobre como os cristãos devem reagir ao ensino bíblico a
respeito da homossexualidade. Embora não trate de todos os casos, o estudo
mostra a atitude e o sentimento dos quais devem emergir todas as respostas:
graça e amor.
Não há espaço para qualquer
tipo de violência, insulto ou agressão por parte de cristãos a outras
pessoas.
A matéria foi escrita com
verdadeiro amor e carinho por todos os seres humanos.
Desta forma, vamos examinar
a questão do homossexualismo no Antigo e no Novo Testamento, e o ensino de
Jesus sobre sexualidade, antes de concluir com algumas observações
pessoais.
Cada tópico terá sua
própria conclusão.
Uma seção adicional de
perguntas e respostas pode ser encontrada no final do texto principal.
Além disso, na parte final
também são fornecidas outras fontes para pesquisa.
Use o índice abaixo para ir
rapidamente a uma seção específica.
II. O Homossexualismo no
Antigo Testamento
Há quatro passagens do
Antigo Testamento onde o homossexualismo é discutido mais explicitamente.
Duas delas são proibições
da lei contra a prática homossexual. As outras duas são registros históricos:
Sodoma e Gomorra e Gibeá.
Não vamos tentar responder
a todas as perguntas que possam surgir sobre cada texto.
Isso já foi feito em várias
das fontes que iremos citar.
No entanto, vamos gastar
algum tempo estabelecendo claramente o ponto de vista bíblico e, assim, a
opinião que deve ser defendida pelos cristãos.
Em nossa
argumentação, começaremos examinando o tratamento dispensado pela lei à prática
homossexual.
Em seguida, veremos as duas
narrativas.
A. Levítico 18:22, A
Proibição da Lei
Lv. 18:22 – Com homem não
te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.
Esta lei proíbe diretamente
o ato homossexual.
Ela não faz distinção se o
ato é, ou não, consensual.
A ordenança vem no meio de
uma seção de leis relativas a relações sexuais.
Em cada verso, nenhuma lei
tem consequência individual, mas todas elas se referem a coisas que não
deveriam ser feitas.
Todos os itens da lista são
apresentados como “contaminação” (Lv. 18:24) e são chamados de “abominação”
(Lv. 18: 27, 30).
Todos eles têm o mesmo peso
e o homossexualismo não é destacado dos demais pecados sexuais (os quais por si
só se distinguem), mas está entre eles.
E, da mesma forma, quem
quebrasse qualquer uma dessas leis deveria ser “eliminado do seu povo”
(Lv. 18:29).
Estas atividades sexuais
são as mesmas que trouxeram o julgamento de Deus sobre os antigos habitantes da
terra (Lv. 18:24).
Portanto, na lei, o
homossexualismo era uma ofensa contra Deus.
Esse pecado, junto com os
outros pecados sexuais, não deveria, de forma alguma, existir em Israel.
B. Levítico 20:13, A Pena
da Lei
Lv. 20:13 – Se também um
homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa
abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.
Esta lei mostra claramente
as consequências para os atos homossexuais praticados sob o governo teocrático
de Israel. Ela vem no meio de uma lista detalhada de crimes e castigos.
A seção em particular trata
das ofensas sexuais e suas punições.
A pena para o ato
homossexual deveria ser a morte de ambos os participantes.
Parece que isso esclarece o
significado de ser “eliminado do seu povo” no tópico anterior sobre os pecados
sexuais de Levítico 18.
Portanto, na lei, o
homossexualismo era um pecado contra Deus que devia ser punido com a pena
capital.
C. Gênesis 19:1-11, Sodoma
e Gomorra
Em Gênesis 18:20-21, Deus
disse que iria destruir Sodoma e Gomorra, porque o “clamor ... e o seu pecado
se tem agravado muito”.
Quando dois anjos foram ver
“se eles eram tão perversos quanto o clamor sugeria”, ambos foram tratados com
total falta de hospitalidade pelos habitantes do lugar, à exceção de Ló.
Na
realidade, todos os homens da cidade tentaram desesperadamente abusar
deles.
Muitos esforços têm sido
feitos no sentido de ver o pecado daqueles homens apenas como uma questão de
falta de hospitalidade ou de relação antinatural com anjos.
No entanto, o texto não
mostra em lugar algum que alguém na cidade soubesse que se tratava de anjos –
muito pelo contrário, ambos são chamados de “homens” tanto pelo povo quanto por
Ló (Gn. 19:5 e 19:8, respectivamente).
Da mesma forma, a leitura
ao pé da letra de que o pecado de Sodoma e Gomorra inclui não só a falta de
hospitalidade como também a atividade homossexual é a melhor interpretação da
passagem.
Isso é corroborado pelo
texto de Judas 1:7:
Judas 1:7 – como Sodoma, e
Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição
como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo
eterno, sofrendo punição.
Embora alguns aspectos
deste versículo (desejos antinaturais semelhantes aos dos anjos) possam
levantar algumas questões, o texto definitivamente vai da conduta pecaminosa da
falta de hospitalidade à imoralidade sexual.
E a única imoralidade
sexual conhecida de Sodoma e Gomorra é a tentativa de abuso homossexual contra
os anjos (na realidade, os homens daquela cidade escarneceram da tentativa de
Ló, de acalmá-los com a oferta de imoralidade heterossexual – Gn. 19:9).
Portanto, antes da promulgação
da lei, Deus considerou esta tentativa de abuso homossexual – que continuou
mesmo depois dos homens terem ficado cegos – como parte da grande perversidade
que resultou na destruição total das duas cidades.
D. Juízes 19:22 e ss, Gibeá
Em Juízes 19 temos outro
exemplo de falta de hospitalidade e tentativa de abuso homossexual.
Neste caso, não foram todos
os homens da cidade que estiveram envolvidos, só “os filhos de Belial” (filhos de Satanás).
Aqui, no entanto, eles
foram apaziguados com a concubina do viajante que foi enviada em seu
lugar.
Ela morreu, depois do que
eles lhe fizeram.
Estes acontecimentos
levaram à primeira guerra civil da história de Israel, e quase à extinção da
tribo de Benjamim.
A guerra foi sancionada
pela aprovação de Deus, após Gibeá ter recusado entregar os ofensores para
julgamento (Juízes 20:18; 20:23; 20:28; 20:35).
Como muitos problemas reais
da vida atual, o pecado que resultou nessa confusão toda parece ter sido uma
série de ações.
Primeiramente, aqueles
homens tentaram fazer “mal” ao viajante e “conhecê-lo” sexualmente (19:22-23a).
Segundo, somado a isso,
houve a tentativa contra uma pessoa que estava sob o teto de outra – uma
“loucura” (Juízes 19:23b).
Terceiro, eles estupraram e
abusaram da concubina do homem a noite toda e causaram sua morte (Juízes
19:25-30).
Quarto, o restante da tribo
de Benjamim se recusou a entregar aqueles homens para serem punidos (Juízes
20:13).
A breve recapitulação da
história para as tribos (Juízes 20:5) não menciona o lado sexual do atentado
contra o viajante, como faz o relato original (Juízes 19:22-24).
A segunda narrativa parece
se concentrar mais nas verdadeiras ofensas do que nas intenções. No entanto, o
atentado é incluído no registro mais longo dos acontecimentos e é claramente
indicado como algo errado.
Logo, é bastante apropriado
ver o atentado homossexual como parte dos acontecimentos que estão sendo
julgados.
Para uma análise mais
aprofundada do assunto, ver o estudo de Bob Deffinbaugh sobre esta passagem.
Portanto, depois da
promulgação da lei, a tentativa de abuso homossexual foi parte do pecado que
resultou na guerra civil sancionada por Deus.
O Homossexualismo no Antigo
Testamento ― Conclusão.
Tanto antes como depois da
promulgação da lei, o homossexualismo era considerado como pecado por
israelitas e não israelitas.
O mesmo valia para casos
consensuais e não consensuais.
A homossexualidade
resultava no julgamento de Deus e na morte.
No entanto, antes da lei,
este não foi o único caso de conduta pecaminosa julgado diretamente por Deus em
grande escala (um caso muito maior foi o do dilúvio de Gênesis 6 – o qual, por
acaso, não menciona a prática homossexual).
Do mesmo modo, depois da
lei, os julgamentos de Deus ocorreram devido a outros pecados (como, por
exemplo, pecados relacionados à idolatria de Israel em 2 Reis 17, dos assírios
em 2 Reis 19, e de Judá em 2 Reis 24 e 25).
Longe de minimizar (ou
maximizar) qualquer pecado em particular, isso mostra que Deus não só declara
muitas coisas como pecado, mas também pune a todas elas.
Não há injustiça da parte
de Deus.
Seu juízo não se restringe a determinado pecado, e muitos outros
exemplos do Antigo Testamento podem ser citados para mostrar como Deus trata
dessa questão.
A ênfase no julgamento da idolatria, da homossexualidade e de
outros pecados não deveria nos surpreender, já que o propósito da lei era
revelar o pecado como pecado e o padrão de justiça de Deus como fator
determinante (Rm. 7:7-14).
É possível, no entanto, que
os diversos tipos de pecados sexuais, e sua subsequente ligação com
idolatria, possam ter sido punidos com maior rigor e houvesse mais
advertências contra eles (cf. Lv. 18:24-30 e os julgamentos acima
relacionados).
Entretanto, a história no
Antigo Testamento não termina aqui.
Muitos exemplos podem ser
igualmente citados sobre a graça de Deus: Noé e sua família, Ló e sua família,
Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés e Arão, Davi (um excelente exemplo da graça
derramada sobre alguém cujos pecados, de acordo com a lei, mereciam a morte),
os remanescentes de Israel e Judá, a instituição do sistema
sacrificial, Jonas e Nínive, etc.
Embora o padrão de justiça
de Deus seja rigoroso, Sua graciosa providência é contínua.
III. O Homossexualismo no
Novo Testamento
No Novo Testamento, muitos
textos, de modo geral, proíbem a “imoralidade sexual” (cf. Atos 15:20; 15:29; 1
Ts. 4:3; Hb. 13:4; Ap. 21:8; 22:15).
Esses mandamentos incluem o
homossexualismo.
No entanto, a questão é discutida com mais clareza em três
passagens. Na primeira delas, é discutida em detalhes; nas outras duas, numa
lista de pecados.
Assim como nas passagens do
Antigo Testamento, esta seção também não tentará analisar cada
problema que possa emergir dos textos.
O objetivo será expressar a
visão bíblico-cristã sobre o assunto ensinada nesses versículos.
Como anteriormente, outras
fontes serão citadas para quem desejar se aprofundar na matéria.
A. Romanos 1:20-32
Rm. 1:20-25 – Porque os
atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua
própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo
percebidos por meio das coisas que foram criadas.
Tais homens são, por isso,
indesculpáveis; 1.21 porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram
como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios
raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.
1.22 Inculcando-se por
sábios, tornaram-se loucos 1.23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em
semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e
répteis. 1.24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas
concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;
1.25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a
criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente.
Amém!
1.26 Por causa disso, os
entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural
de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; 1.27 semelhantemente,
os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram
mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e
recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. 1.28
E, por haverem
desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição
mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, 1.29 cheios de toda
injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio,
contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, 1.30 caluniadores, aborrecidos
de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes
aos pais, 1.31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.
1.32 Ora, conhecendo eles a
sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam,
não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.
Este texto, mais do que
qualquer outro do Novo Testamento, fala extensivamente sobre a
homossexualidade.
No entanto, não é este o
tema principal da passagem.
O que Paulo deseja, é explicar claramente o
evangelho.
Mas, para isso, é preciso mostrar que todas as pessoas estão debaixo
do juízo e da condenação de Deus – e, portanto, carecem do evangelho.
Ele
começa dizendo que, sendo o testemunho de Deus visível na própria natureza,
todas as pessoas são indesculpáveis por se rebelarem contra Ele.
A justa ira de Deus está
sobre toda a impiedade (Rm. 1).
A seguir, ele mostra que,
quando julgamos o pecado dos outros, na verdade, estamos condenando a nós
mesmos (Rm. 2). Desta forma, até mesmo o povo judeu, com a lei, ainda estava
inteiramente debaixo da condenação de Deus devido aos seus pecados.
Além do mais, eles não
podiam remediar a própria situação (Rm. 2 e 3). Portanto, não importa se alguém
está sem lei ou sob a lei. Todos, sem distinção, estão condenados.
Isso abre o caminho para
explicar a graça de Deus em Jesus – que é a boa nova do evangelho.
Há, de fato, um jeito de
resolver o problema.
Assim sendo, este trecho
sobre homossexualismo faz parte da passagem que mostra a razão da ira de Deus
estar sobre os homens, e como todos os seres humanos são indesculpáveis diante
dEle.
Antes de passar para o lado
negativo do assunto, Paulo começa pelo lado positivo, ou seja, as boas novas
que pretende compartilhar. A justiça de Deus é revelada no evangelho que é
recebido pela fé (Rm. 1:17). Em contrapartida, a ira de Deus se revela do céu
contra toda a impiedade e perversidade dos homens (Rm. 1:18). Onde a impiedade
e a perversidade podem ser vistas? Onde a supressão da verdade pode ser vista?
Na indesculpável idolatria do ser humano. Os atributos invisíveis de Deus,
assim como Seu eterno poder e Sua natureza divina, claramente podem ser vistos
por todas as pessoas na Sua Criação (Rm. 1:19-20).
No entanto, ao invés de
adorar o verdadeiro Criador, a humanidade se voltou para a idolatria e passou a
adorar as coisas criadas (Rm. 1:23-25).
A própria existência da natureza requer
um Arquiteto. Esta verdade é suprimida e transformada em adoração de si mesmo
ou de alguma outra coisa criada.
Um dos julgamentos de Deus
para esse tipo de coisa é entregar a humanidade aos seus próprios desejos pecaminosos
(Rm. 1:24).
Isso inclui especialmente o homossexualismo (Rm. 1:26-28).
Inclui também toda uma
lista de outros pecados, os quais são mencionados brevemente (Rm. 1:29-32).
Algumas pessoas levantam
objeções contra a discussão deste texto, dizendo que ele se refere somente a
heterossexuais que cometem atos homossexuais (ou “abuso” da homossexualidade) e
não se aplica se for um desejo “natural” por uma pessoa do mesmo sexo e feito
dentro de uma relação monogâmica (ou algum tipo de “casamento”).
Não há sustentação para
esse tipo de argumento quando examinamos o texto.
Paulo não está falando sobre
o que é ou se tornou um desejo “natural”.
Ele está falando sobre
função.
Deus fez o homem
e a mulher com funções distintas.
De acordo com a passagem,
essas funções se rebelam por meio de atos homossexuais.
Pelo texto, então, vemos
que o homossexualismo é um exemplo de como Deus entrega as pessoas às
consequências da sua rebelião contra Ele.
Este não é o único pecado
listado, mas é o mais enfatizado.
Parece que o exemplo é dado
porque a homossexualidade é diametralmente oposta ao claro desígnio de
Deus.
Deus nos fez à Sua imagem
(Gn. 1:27), com uma constituição que se completa na união do homem com a mulher
(Gn. 2:22-25).
Agir em clara oposição ao
plano de Deus no nível natural declara, de forma inconfundível, a realidade da
rebelião.
Declara ainda que o próprio
plano e propósito de Deus estão errados e são inadequados.
Conforme o texto, o
homossexualismo e os demais pecados relacionados são parte do julgamento
imediato (mas não final) de Deus.
O próprio pecado em si
mesmo já é um julgamento – no sentido de se colher o que se planta.
Ademais, a deliberada
mudança da verdade de Deus em mentira tem como consequência Deus entregar as
pessoas a uma mente depravada.
A capacidade de raciocínio
ou de ver as coisas pela perspectiva moral correta pode ser gravemente
prejudicada (Rm. 1:28).
No entanto, para que
ninguém se vanglorie em si mesmo, Paulo imediatamente prossegue, mostrando que
todos estão condenados sob o pecado.
De fato, quando alguém
julga o pecado do outro, a si mesmo se condena (Rm. 2:1-5).
A única razão pela qual
Paulo pode compartilhar estas coisas de forma digna é porque ele não confia na
sua própria justiça.
Ele confia na justiça de
Deus. Esta justiça lhe foi imputada em Cristo Jesus, pela graça de Deus.
O próprio Paulo foi
perdoado.
A questão não era condenar
os outros para justificar a si mesmo.
A questão era deixar clara
a existência do pecado de cada um, a fim de que a graça de Deus que o havia
resgatado fosse compartilhada com os outros seres humanos carentes de
libertação, assim como ele fora um dia.
A mesma ênfase e o mesmo
objetivo de Paulo na carta aos Romanos devem ser compartilhados pelos crentes atuais.
Todos nós somos
pecadores.
Todos estamos debaixo da
imensurável ira de Deus.
Eu também sou um pecador
condenado por estas verdades. Pela graça
de Deus, podemos ser perdoados.
No entanto, mesmo debaixo
dessa graça, em nós mesmos, não somos melhores do que os outros.
Não temos nada do que nos
vangloriar.
Isso demonstra o quão
maravilhosa é a graça de Deus.
O fato de Ele nos ter amado
enquanto ainda éramos Seus inimigos, em profunda rebelião contra Ele, é quase
incompreensível.
Essa mesma graça que mudou,
e ainda muda a nossa vida, e que nos dará a vida eterna com Deus numa
existência perfeita, está disponível a todo mundo.
Ninguém está excluído desta
oferta, seja qual for seu sexo, raça, nacionalidade, etnia, classe
ou qualquer outra classificação.
Esta é graça que os
cristãos devem oferecer, pois é a verdadeira graça de Deus.
B. 1 Coríntios 6:9-11,
Herdando o Reino de Deus
1 Co. 6:9-11 – Ou não
sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus?
Não vos enganeis: nem
impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o
reino de Deus.
Tais fostes alguns de vós;
mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o
nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.
Algumas pessoas levantam
dúvidas quanto às duas palavras gregas usadas para a atividade homossexual
neste texto.
Elas as interpretam como se
referindo apenas a fraqueza moral (μαλακος) e prostituição masculina
(αρσενοκοιτης).
No entanto, esse tipo de tradução está em desacordo com o
principal Léxico de Grego Bíblico (BDAG).
Além do mais, está em
desacordo, principalmente, com a maioria dos outros dicionários de inglês
padrão (se não com todos) e não é uma boa tradução para as palavras deste texto.
Portanto, dentro do
contexto, essas palavras se referem a dois papéis diferentes na relação
homossexual.
Assim, sem qualquer
equívoco, a afirmação de Paulo é muito forte e definitiva a respeito do pecado
e suas consequências, bem como sobre a única forma de ser resgatado
disso.
Nesse contexto, ele
relembra com grande ênfase à igreja de Corinto que tais práticas não são
compatíveis com o reino de Deus.
Nesta parte da carta, ele está tratando de uma
série de problemas éticos e comportamentais que assolavam aquela igreja.
As práticas antigas estavam
influenciando a nova vida daquelas pessoas de maneira totalmente errada.
Aparentemente, as coisas
estavam tão ruins que Paulo até os desafia, na carta seguinte, a examinarem a
si mesmos para ver se realmente tinham se tornado crentes (2 Co. 13:5).
Os pecados mencionados por
Paulo, em si mesmos, não eram algo que pudesse afastar os coríntios de
realmente aceitar a graça de Deus e se tornar Seus filhos.
No entanto, continuar
vivendo daquele modo seria uma indicação de que eles
não eram verdadeiros crentes e não herdariam o reino de Deus (cf. 1 João
3).
Essa afirmação explícita de
que alguns coríntios tinham se tornado crentes sem mudar seu comportamento é
muito útil para nós.
Isso nos leva a pelo menos
duas conclusões:
1. Como outros pecados, a
prática homossexual pode ser perdoada.
A graça de Deus não se
restringe a este ou àquele pecado.
Como está escrito em
Romanos 5:20-21:
Sobreveio a lei para que
avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de
que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela
justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.
2. Uma vez livres do
pecado, os cristãos devem ser os mais desejosos de compartilhar o amor de Deus
com outras pessoas.
Como está em 2 Coríntios
5:17-21:
E, assim, se alguém está em
Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram
novas. 5.18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 5.19 a saber, que Deus
estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as
suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.
5.20 De sorte que somos
embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse
por nosso intermédio.
Em nome de Cristo, pois,
rogamos que vos reconcilieis com Deus. 5.21 Aquele que não conheceu pecado, ele
o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
C. 1 Timóteo 1:8-15, O
Principal Pecador — Paulo
1 Tim. 1:8-15 – Sabemos, porém, que a
lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo, 1.9 tendo em vista que
não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes,
irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas,
homicidas, 1.10 impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e
para tudo quanto se opõe à sã doutrina,
1.11 segundo o evangelho da
glória do Deus bendito, do qual fui encarregado. 1.12 Sou grato para com aquele
que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel,
designando-me para o ministério, 1.13 a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e
perseguidor, e insolente.
Mas obtive misericórdia,
pois o fiz na ignorância, na incredulidade.
1.14 Transbordou, porém, a
graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. 1.15 Fiel é a
palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar
os pecadores, dos quais eu sou o principal.
Nesta lista, Paulo mostra a
finalidade da lei em comparação com a visão daqueles que faziam mau uso dela (1
Tm. 1:6-7).
A lei revela o pecado e a
necessidade de “salvação”.
Assim, nos exemplos
fornecidos por ele, a homossexualidade está nitidamente incluída como injustiça.
Quanto ao suposto “justo”
do verso 9, é preciso observar que Jesus foi o único verdadeiramente justo (Hb.
4:15; Rm. 3:10-24).
Algumas pessoas tentam
parecer justas.
No entanto, isso não pode
ser confundido com ser verdadeiramente justo.
Tais pessoas receberão o
julgamento divino, pois o cordel de medir é o padrão de santidade de
Deus.
A única coisa que elas
conseguirão com seus esforços será afastar mentalmente a Sua oferta de
graça.
Como a graça pode ser
aplicada a alguém que não reconhece a própria necessidade?
Esta lista de práticas
pecaminosas inclui o homossexualismo e muitos pecados que as pessoas podem
considerar os “piores” de todos: parricídio, imoralidade sexual, rapto,
blasfêmia e oposição à lei.
O mais interesse é Paulo
dizer, no final da lista, que a coisa mais importante é Jesus ter vindo ao
mundo para salvar pecadores, dos quais ele (Paulo) é o principal.
Pelo que sabemos por outras
passagens das Escrituras, Paulo era irrepreensível quanto à justiça que havia
na lei (Fp. 3:6).
Talvez ele não tenha
cometido certos pecados, os quais, para outras pessoas e para a dureza da lei,
seriam abomináveis.
No entanto, ele sabia que,
diante de Deus, seus pecados eram ainda mais odiosos. Sem dúvida, também sou o
pior dos pecadores.
Mas graças a Deus que, por
meio do Senhor Jesus, nEle não tenho mais nenhuma condenação. Nem você precisa
ter.
O Homossexualismo no Novo
Testamento — Conclusão
O homossexualismo é
realmente pecado. Ele não é bom. Não é moral. E, junto com todos os outros
pecados, colhe o juízo de Deus. As Escrituras confirmam isso.
Contudo, não pára por
aí.
Não devemos discutir a
visão bíblica sobre a homossexualidade.
A Bíblia diz que o
homossexualismo é errado, mas a graça de Deus — assim como fez conosco —
oferece a liberdade do pecado a todas as pessoas.
A graça de Deus pode dar
uma nova vida e ajudar em cada passo do caminho.
Como Jesus disse quando
veio à terra:
João 3:16-21 – Porque Deus
amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 3.17 Porquanto Deus enviou o seu
Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo
por ele. 3.18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
3.19 O julgamento é este:
que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque
as suas obras eram más. 3.20 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz
e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras.
3.21
Quem pratica a verdade
aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas
em Deus.
Tão logo compreendi o poder
do pecado na minha vida, quando vejo as Escrituras dizendo que alguma coisa é
pecado ou abominação, ou que as pessoas que fazem certas coisas não herdarão o
reino de Deus, imediatamente faço a relação.
Meu pecado também é uma
abominação para Deus:
Provérbios 6:16-19 – Seis
coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: 6.17 olhos altivos,
língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, 6.18 coração que trama
projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, 6.19 testemunha
falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.
Lembro-me da dor, da
angústia, do vazio e do desespero que eu sentia.
Não posso deixar de desejar
que todas as pessoas nas mesmas circunstâncias conheçam a graça e o amor de
Deus que mudaram tanto a minha vida.
Desejo essa liberdade a
você também.
Jesus passou pelas lutas
desta vida.
Ele pode realmente Se
compadecer das nossas fraquezas — em tudo Ele foi tentado, à nossa semelhança,
mas sem pecado (Hb. 4:15).
Só Ele tem o poder de
vencer o pecado e andar junto conosco.
Embora, é claro, eu não
tenha passado por todo tipo de situação, tenho visto o suficiente do pecado em
minha própria vida para desejar três coisas:
Que ninguém mais sinta a
dor e as consequências do pecado que já senti.
Que todas as pessoas
experimentem a graça, o amor e o perdão de Jesus, pelos quais recebemos uma
nova vida, e eterna.
Que eu continue a crescer
na semelhança com Jesus pela Sua capacitação. Só isso me fará expressar a Sua
verdade em amor — tanto em palavras como em ações.
Quer me acompanhar nesta
caminhada?
E, se você já recebeu essa
graça, vai falar dela com amor e vivê-la?
IV. Jesus e a Sexualidade
Quando discussões sobre
Jesus e o homossexualismo ou LGBT vêm à tona, muitas
pessoas tentam afirmar que Ele nunca tratou deste assunto.
No entanto, não é
exatamente assim. Jesus, como Deus, foi um professor único.
Ele sempre tratava com
autoridade dos princípios que estavam por trás não só de uma única ação, mas de
uma série de possibilidades.
Ele julgava o coração e a
intenção das pessoas, e expunha tanto o coração pecaminoso
quanto o Seu padrão de santidade.
Os dois exemplos a seguir
mostram claramente como todos nós estamos destituídos da graça de Deus e
carecemos dela.
A. Mateus 5:27-28, A
Definição Máxima de Pecado
Mat. 5:27-28 – Ouvistes que foi dito: Não
adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com
intenção impura, no coração, já adulterou com ela.
Jesus deixou claro que o
padrão de Deus para certo e errado não é só deixar de fazer alguma coisa, mas
inclui também pensar e sentir. Até mesmo ter fantasias imorais é errado.
Este texto trata mais
diretamente das pessoas casadas e do pecado de adultério, tanto físico como
mental.
No entanto, as coisas vão
mais além quando se compreende o princípio ensinado por Jesus.
Ele estava mostrando aos
líderes religiosos e à sociedade que o pecado era bem maior do que apenas fazer
aquilo que eles se permitam pensar e imaginar.
Na passagem imediatamente
anterior a esta (Mt. 5:21-26),
quando fala sobre assassinato, Jesus mostra que ficar irado com um irmão ou
insultá-lo também traz o juízo de Deus — não só o ato de matar.
O padrão estabelecido por
Deus é muito mais abrangente do que simples ações, e claramente (ao contrário
da visão hipócrita daqueles líderes religiosos) impossível de ser
mantido.
Este é um dos objetivos
principais da lei: revelar o nosso pecado — para, então, nos levar à fé em Deus
e à providência da Sua graça.
Os pecados sexuais
extrapolam o adultério ou ato físico.
A ira e os relacionamentos
rompidos são muito maiores que uma simples ofensa entre irmãos. Estes são
exemplos e casos específicos em que o pecado vai além da mera “letra da
lei.”
As pessoas podem tentar
restringir a aplicabilidade da lei para se passar por santas e justas.
Não obstante, Deus não Se
deixa enganar.
Seja a minimização da
mentira, do engano, do roubo, da inveja, da cobiça, do adultério, da
feitiçaria, da pornografia, da fraude, da embriaguez, do homossexualismo ou de
qualquer outra injustiça, Jesus mostra propositalmente que
Ele não concorda com esse tipo de manipulação da Palavra de Deus.
Na verdade, Sua definição
desses pecados é muito mais abrangente do que gostamos de pensar.
Portanto, a ética de Jesus
também se aplicava claramente ao homossexualismo como parte da lei (Lv. 18:22,
20:13), a qual não podia ser anulada (Lucas 16:17).
B. Mateus 19:3-9, A Definição
Específica de Casamento
Mat. 19.3 – Vieram a ele alguns
fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua
mulher por qualquer motivo? 19.4 Então, respondeu ele: Não tendes lido que o
Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher 19.5 e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua
mulher, tornando-se os dois uma só carne?
19.6 De modo que já não são mais dois, porém uma só carne.
Portanto, o que Deus
ajuntou não o separe o homem. 19.7 Replicaram-lhe: Por que mandou, então,
Moisés dar carta de divórcio e repudiar? 19.8 Respondeu-lhes Jesus: Por
causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa
mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. 19.9 Eu, porém, vos digo:
quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e
casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete
adultério].
Neste ponto, Jesus é
bastante específico quanto ao propósito de Deus para homens e mulheres e o
casamento.
O fundamento da Sua
resposta sobre a questão dos relacionamentos volta ao plano original de Deus.
Esse plano foi desvirtuado e distorcido de todas as formas possíveis pelo nosso
pecado e pela dureza do nosso coração.
Neste caso específico, a
questão é o divórcio, a imoralidade e o adultério.
No entanto, todos os outros
desvios do intento original de Deus são igualmente contra o Seu plano — o qual
é reiterado por Jesus nesta passagem.
Ratificando o propósito
original de Deus, Jesus está destruindo, invalidando e rejeitando qualquer ato
contrário a ele.
A exceção feita ao divórcio
parece estar à luz da suspensão da punição teocrática de morte para os
adúlteros (o que deixaria livre a parte inocente).
A imoralidade, como o
divórcio, declara que a providência e o desígnio de Deus são insuficientes. O
mesmo ocorre com o homossexualismo.
Na maioria das sociedades,
o padrão de certo e errado tem mais a ver (em números absolutos) com pessoas
envolvidas com imoralidade em geral, concubinato, sexo casual, adultério,
divórcio, abuso de menores, pornografia, etc, do que com pessoas da comunidade
LGBT.
Contudo, os padrões de Deus
e Sua Palavra para nós não podem ser comparados com o comportamento de outras
pessoas.
Todas essas coisas são erradas diante de Deus. Na verdade, todos esses
casos precisam ser tratados com cuidado e amor. Todos são contrários ao plano
original designado por Deus. Todos merecem o Seu julgamento. Todos nós deixamos
de manter o padrão de Deus.
Todos falhamos, seja em
pensamento, seja em ação.
O bom dessa declaração de
Jesus é que posso reconhecer, como já fiz (e continuo fazendo), que sou vil,
estou desesperado, sou incapaz de resolver minha situação e estou perdido.
Portanto, devemos deixar
que a nossa incapacidade nos leve à maravilhosa graça de Deus, ao amor, perdão
e poder transformador de Jesus Cristo.
Só pela fé na Sua obra, que
carregou na cruz a nossa culpa, pode haver nova vida (João 10:9-11).
Jesus e a Sexualidade —
Conclusão
Pelas palavras de Jesus,
vemos que nenhum de nós escapa ao Seu ensino sobre os padrões de Deus de
sexualidade e casamento.
O próprio Jesus ensinou uma
ética sexual e conjugal que ressalta e enfatiza o plano original de Deus para
uma relação heterossexual pura e monogâmica.
Nada mais tem valor — nem
mesmo pensamentos lascivos em qualquer direção.
Para quem tem qualquer tipo
de relacionamento hetero ou homossexual fora do casamento homem/mulher, estas
verdades têm implicações muito abrangentes.
A declaração de Jesus é que
tais relações não têm valor e são pecado.
Mesmo para quem não está
mais envolvido em tais práticas, essas verdades ainda têm muitas
implicações.
O fato é que você e eu, de
uma forma ou de outra, ainda lutamos contra elas dentro de nós e,
provavelmente, lutaremos até a nossa morte.
Tenho tido conversas
bastante reveladoras com pessoas de diversas idades para saber que algumas
coisas não mudam enquanto ainda estamos nestes corpos corrompidos pelo
pecado.
Se nós, como servos de
Deus, crentes em Jesus Cristo, Igrejas vivas do Senhor, dependemos da graça de
Deus todos os dias, então vamos tentar falar dela para outras pessoas.
Se não dependemos da graça
de Deus, logo, estamos vivendo uma mentira, e estamos fingindo ser mais santos
do que realmente somos.
A única santidade que
possuímos é aquela recebida de Jesus Cristo, a qual Ele opera dentro de
nós.
Não dá para ter orgulho ou
se gabar disso.
Não importa se o nosso
pecado é externo ou interno, se é hetero ou homossexual por natureza, se pode
ou não ser visto.
Se persistirmos na sua
prática, o resultado é que, lenta, mas seguramente, ele destruirá a nossa vida,
e a nossa alma.
Não podemos viver à altura
do padrão e do plano de Deus com tais hábitos.
A graça de Deus em Jesus
Cristo é a única solução (Atos 4:12, Tito 3:3-7).
V. Conclusão: Amar de
Verdade — Meu Passado
A Bíblia é realista quanto
à natureza humana.
Ela nos diz que não podemos
atingir o padrão de justiça estabelecido por Deus e, por isso, ninguém é justo
diante dEle (Romanos 3:10-23).
Todas as outras religiões,
de alguma forma, dão esperança de que o céu pode ser alcançado por esforço
sacrifícios.
A Bíblia, não. Pelo
contrário, a Bíblia nos dá um padrão humanamente impossível de ser alcançado.
“Desde os dias
de João Batista até agora o reino dos Céus é tomado por esforço,
e os que se esforçam se apoderam dele”.
MATEUS 11: 12.
Eu,
pessoalmente, acho esses padrões impossíveis de serem seguidos, por isso,
acabei tendo o pior período da minha vida.
Eu estava no início da
adolescência e tinha crescido ouvindo os ensinamentos bíblicos.
Já tinha pedido a Jesus
para me livrar dos meus pecados por Sua obra substitutiva na cruz.
Contudo, à medida que
ficava mais velho, deixei o orgulho e a autossuficiência tomarem conta de
mim.
Comecei a lutar
intensamente contra um determinado pecado.
Eu sabia que era errado. Eu
conhecia o que a Bíblia diz. Meu trabalho na escola começou a ser
afetado.
Eu sabia não haver nada
mais importante do que meu relacionamento com meu Criador.
No entanto, meu coração
estava frio demais para qualquer coisa além de orações vazias.
Conforme o tempo passava, a
única razão para eu não ter me suicidado foi por saber que isso também era
pecado.
O vazio e o desespero dessa
época foram a pior experiência da minha vida. O pecado tomou controle de mim.
Eu sabia que estava vazio e destrutivo. Sabia que havia algo melhor.
Mas não conseguia dar um
jeito nos meus pensamentos. Não conseguia parar de pecar. Durante algum tempo,
tentei ignorar o problema, mas os pensamentos e a realidade viviam me
perseguindo.
A verdade era que eu não
mantinha os padrões de Deus. Eu não era santo. Eu não merecia nada, só o juízo
de Deus.
Mas, então, Deus interveio.
Embora fosse impossível para mim eu resolver o problema, não era impossível
para Deus.
Ele usou a combinação da
Sua Palavra e as mensagens que eu ouvia pelo rádio para abrir os meus olhos a
toda verdade.
Os registros do meu diário
oculto na minha mente nessa época, vão dos contínuos fracassos diários, do meu
coração tão endurecido contra Deus, da luta angustiante, da realidade do meu
pecado, do conhecimento da necessidade de arrependimento apesar da frieza do
meu coração — ao repentino e entusiástico agradecimento a Deus por Seu amor
maravilhoso.
O que aconteceu? Com o
tempo, percebi a terrível realidade autodestrutiva do meu pecado. Compreendi
minha total incapacidade.
Eu não podia me endireitar
sozinho. Não podia alcançar o amor, a aprovação e o perdão de Deus.
Em meu orgulho e
autossuficiência, precisei ver a realidade da minha situação antes de poder me
humilhar o suficiente para me lançar inteiramente sobre a graça de Deus.
No entanto, quando
compreendi essa realidade e me rendi a Ele, Ele abriu os meus olhos para
realmente conhecer o Seu amor e a Sua graça.
A graça, a misericórdia e o
auxílio de Deus se estenderam para além da simples experiência infantil à
realidade diária na vida de um jovem.
Somente pela capacitação e
pela graça de Deus eu pude ser salvo do meu pecado de uma vez para
sempre.
Da mesma forma, só pelo
contínuo andar nessa graça eu pude viver dia após dia da maneira desejada por
Deus.
Essa é a natureza radical
do poder transformador da obra de Deus.
Só ela pôde transformar o
mal, o orgulho, a vida de pecado que havia em mim em algo que pudesse refletir
cada vez mais o modo de vida “impossível” de Jesus.
Desde aquela época tenho
sentido um forte desejo de compartilhar minha história com outras
pessoas.
Não quero que ninguém mais
passe pelo que passei naqueles dias tortuosos de angústia e desespero, quando
andava na escravidão do pecado.
Não “fiz” nada para merecer
ou receber o amor de Deus.
Não tenho nenhuma fórmula
mágica.
De alguma forma, Ele me
ajudou a ver o meu pecado como ele realmente era; de alguma forma, eu realmente
admiti isso diante dEle; e, de alguma forma, recebi o Seu amor, a Sua graça e o
Seu perdão irresistíveis, e o Seu auxílio para vencer o pecado.
Eu já conhecia o
problema.
Mas, nessa época, Deus o
trouxe à realidade no meu coração e na minha vida.
Eu abandonei o pecado e,
pela fé sincera, confiei minha vida ao Senhor.
Assim como Jesus venceu o
pecado na Sua morte e ressurreição, Ele venceu o meu pecado.
Daquele momento em diante
eu soube que havia vitória para mim. Eu ficaria bem. Ele seria comigo e me
ajudaria nas minhas lutas diárias.
Enquanto eu continuasse a
depender dEle, Ele seria fiel.
E foi.
E o que isso tem a ver com
a visão bíblica ou cristã sobre homossexualismo?
Assim como meu pecado inicialmente
me afastou do reino de Deus, e assim como meu pecado e orgulho me escravizaram
e quase destruíram minha vida quando continuamente eu voltava a ele, todo
e qualquer pecado fará o mesmo com você.
Desde o início da minha
luta, pelas Escrituras, eu conhecia o meu pecado.
Talvez este não seja o seu
caso.
Talvez ainda haja dúvidas
na sua mente.
As fontes mencionadas nas
notas de rodapé e no final deste artigo podem ser muito úteis para sua
reflexão.
Para quem conhece as
verdades do ensino bíblico sobre este e outros pecados, talvez a melhor coisa a
fazer seja ler os evangelhos (a carta aos Romanos também pode ser útil para uma
orientação mais detalhada).
Lá você verá o que Cristo
fez para nos libertar do pecado.
Que o amor de Deus, que mudou
a minha vida, mude a sua também.
Para quem acha que a
homossexualidade é apenas uma discussão acadêmica sobre o que diz a Bíblia,
lembre-se: o pecado escraviza e o torna digno da justa condenação de Deus,
assim como fez comigo.
Não há pecado socialmente
aceitável diante de Deus.
Há, no entanto, perdão,
redenção e libertação em Jesus Cristo.
Seja qual for a sua
situação, gostaria de lhe dizer: Jesus Cristo lhe oferece a mesma liberdade que
não pude conquistar e que fui orgulhoso demais para, durante muito tempo,
aceitar.
Por favor, não se torture
como eu me torturei.
Por favor, não espere até
ser tarde demais.
Se Deus pôde ressuscitar
Jesus de entre os mortos, perdoar o meu pecado, vencer a minha luta, e se Ele
me ajuda todos os dias, Ele também pode libertá-lo.
Nele, a nossa condenação
por causa do pecado foi removida (Romanos 8).
Finalmente, para quem é
crente em Jesus Cristo, gostaria de lhe dizer para pensar neste assunto com os
olhos da Palavra de Deus.
Então, siga o Mestre todos
os dias, deixando que Ele trate do seu pecado e transforme a sua vida.
Fazendo isso, estaremos
preparados para andar com nosso Senhor e alcançar outras pessoas que estão
sofrendo com a mesma situação de pecado.
VI. Perguntas e Respostas
P1. O que é
homossexualismo?
Homossexualismo é a
expressão da sexualidade dirigida a uma pessoa do mesmo sexo.
P2. Como se determina se a
prática homossexual é certa ou errada?
Para se determinar se uma
coisa é certa ou errada é preciso ter um padrão pelo qual o ato controverso
seja avaliado.
A única pessoa com plena
autoridade para estabelecer tal padrão é o soberano criador de todas as
coisas.
Uma vez que Deus deu à
humanidade a Sua Palavra por meio da Bíblia, esta é a fonte para
se determinar se alguma coisa, inclusive a homossexualidade, é moralmente certa
ou errada.
As preferências pessoais e
culturais variam, mas o padrão do Criador de todas as coisas, não.
P3. O que, explicitamente,
a Bíblia ensina sobre a homossexualidade?
A Bíblia ensina de modo
explícito que o homossexualismo é pecado, tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento. Ela também ensina claramente que Deus oferece a Sua graça para
redimir e reconciliar qualquer pecador Consigo mesmo, às Suas próprias custas,
por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo. A
conclusão da seção sobre o ensino do Novo Testamento afirma, de forma sucinta:
“A visão bíblica e cristã sobre a homossexualidade é que essa prática é errada,
mas que a graça de Deus, assim como fez conosco, oferece a todas as pessoas a
libertação do pecado” (ver a seção em questão para mais detalhes).
P4. É verdade que todas as
vezes que o homossexualismo é citado na Bíblia, ele está ligado a falsa
adoração, estupro, prostituição ou abuso? E essa combinação é que era o
problema/pecado diante de Deus?
É verdade que as principais
referências ao homossexualismo na Bíblia realmente fazem menção a outros
pecados em seu contexto imediato (ler as passagens já discutidas tornará isso
facilmente perceptível).
No entanto, quanto ao
restante da afirmação de que a prática homossexual misturada com outras
atividades pecaminosas é que a torna um pecado, isso não tem qualquer
fundamento. Pela simples leitura das passagens que falam a respeito do
homossexualismo, pode-se perceber claramente que essa prática específica é
descrita como sendo errada. Por exemplo, em Romanos 1, as “relações naturais”
são mudadas e abandonadas (Rm 1:26-27). “Atos vergonhosos” são cometidos (Rm
1:27).
O homossexualismo é contrário à concepção criadora de Deus. Uma vez que
todo pecado é idolatria e rebelião contra Deus, não deve ser nenhuma surpresa
que tais elementos sejam vistos nesse contexto.
Veja as fontes citadas nas
notas de rodapé da seção sobre Romanos 1 deste artigo para uma discussão mais
aprofundada do assunto.
P5. Praticar o ato
homossexual, automaticamente, manda alguém para o inferno?
Não. Jesus suportou sobre
Si o castigo pelos nossos pecados e oferece perdão a todo aquele que crê na Sua
obra salvífica.
Quem realmente crê em Jesus
Cristo não vai para o inferno.
Desta forma, o
homossexualismo é um pecado como outro qualquer: pode ser perdoado.
Por outro lado, como
qualquer outro pecado, ele precisa ser perdoado e precisa também
ser vencido pela graça de Deus.
Veja a discussão bíblica
acima para maiores detalhes.
P6. Na Bíblia, os atos
homossexuais são piores que os outros pecados?
As Escrituras não fazem uma
“classificação” clara de pecados.
Por isso, a questão não é
fácil de ser respondida.
Por um lado, Jesus disse
que se os milagres feitos em Cafarnaum tivessem sido feitos em Sodoma, esta
teria permanecido até hoje (a cidade não teria sido julgada porque teria se
arrependido).
Além disso, Ele disse que,
no dia do juízo, haveria menos rigor para Sodoma do que para Cafarnaum (Mateus
11:23-24).
Isso parece indicar que a severidade
do julgamento de Deus vai variar dependendo do conhecimento e do testemunho a
Seu respeito: quem O conhece “melhor” será julgado com maior rigor.
Por outro lado, Romanos 1
aponta especificamente para a homossexualidade como exemplo de rebelião
contumaz contra Deus e exemplo do Seu julgamento.
O mais interessante nessa
passagem é que parece haver um conhecimento muito forte dessas pessoas sobre a
pecaminosidade dos seus atos.
A despeito do seu
conhecimento e do juízo de Deus, elas continuam fazendo a mesma coisa e ainda
incentivam os outros a fazer o mesmo.
Por esses exemplos, podemos
perceber que as Escrituras não respondem diretamente à questão.
No entanto, isso parece
indicar que, quanto mais deliberado é o pecado, pior será o julgamento de
Deus — sem levar em consideração qual é esse pecado.
Ainda mais claro que isso,
porém, e mais importante, é que as Escrituras respondem uma outra pergunta
sobre o homossexualismo.
A pergunta é se a graça de
Deus é, ou não, suficiente para resgatar e livrar alguém desse pecado.
A resposta é sim, ela é
suficiente.
P7. Como explicar as
cerimônias de casamento onde duas pessoas do mesmo sexo são unidas por um
religioso ou por um juiz de paz?
Governantes de uma porção
de lugares já legalizaram essa prática e oficialmente reconhecem tais uniões
como casamento.
Isso dá a elas autoridade
legal e, para muitos, dá também aparência de sanção moral.
No entanto, só Deus pode
dar a verdadeira aprovação moral.
Ele já declarou o
homossexualismo como pecado.
Os crentes em Jesus Cristo,
a Igreja viva de Deus, devem reagir a isso como devem reagir a todos os outros
pecados: com verdade e amor.
Alguns religiosos e algumas
denominações que se dizem evangélicas permitem o casamento entre pessoas do
mesmo sexo.
Seus atos não têm sanção da
Bíblia ou de Deus.
Isso pode ser facilmente
percebido pelas contradições entre o que fazem e a verdade das Escrituras
vistas neste artigo.
P8. Por que duas pessoas
que se amam sinceramente não podem se casar só porque são do mesmo sexo?
Em muitos círculos atuais,
tanto políticos quanto religiosos, a resposta a esta pergunta é polêmica.
A resposta sucinta parece
se resumir à própria definição de amor, casamento e visão moral de uma
pessoa.
O verdadeiro amor faz
aquilo que é melhor para o outro, sem levar em consideração o custo para si
mesmo.
De acordo com o propósito
de Deus para a humanidade, o casamento deve ser entre um homem e uma mulher
(Gn. 1:26-28; 2:18-25).
A mulher foi a companheira
dada por Deus que era adequada ao homem.
Os padrões morais são
determinados por Deus e aquilo que Ele estabelece como certo e errado.
Por tais definições, então,
não seria a coisa mais amorosa se casar com alguém quando isso viola os padrões
morais de Deus, quando o casamento não é o que deveria ser e quando a pessoa
não é o tipo mais apropriado de parceiro.
Como a maioria dos não
crentes não reconhece os padrões morais de Deus ou Seus desígnios, este ponto
de vista para eles é totalmente irrelevante.
Para os crentes, no
entanto, questões de “dever” e de moral são prescritas por Aquele que determina
o certo e o errado.
Na verdade, não só pelos
crentes, mas por todos aqueles que falam sobre “direitos”, isso deve ser
levado em conta.
“Direitos” só existem se os
padrões morais atribuídos pelo Criador na criação são reconhecidos.
Um sistema naturalista não
tem lugar para direitos.
Politicamente, nos Estados
Unidos da América, outros sistemas de crenças com um criador podem ter um
código diferente de moralidade que poderia ser seguido como base para redefinir
o conceito de casamento para além da sua definição tradicional.
No entanto, buscar um
sistema religioso incomum ou inovador com base nesse critério parece um exemplo
de inversão de valores e não de verdadeira convicção moral.
Tentar definir casamento
pelo termo vago “amor”, usado frequentemente, não é uma forma segura de ampliar
sua definição.
De fato, as pessoas “amam”
todo tipo de coisa.
Isso não significa que esse
amor seja necessário ou correto para todos os tipos de conduta.
Nem significa que os
governantes devam incentivar todo tipo de comportamento.
Da mesma forma, uma vez que
o casamento entre pessoas do mesmo sexo é realmente diferente do casamento
entre pessoas de sexo oposto, o problema não é uma questão de igualdade.
P9. A homossexualidade é
genética?
Se é genética ou “natural”,
isso não a torna moralmente aceitável?
Esta é uma pergunta
interessante.
Devido a natureza variável
dos estudos científicos e a complexidade do tema, este estudo logo ficaria
desatualizado se a discussão fosse entrar em maiores detalhes.
Para quem estiver
interessado, até 2013, nenhum DNA ou vínculo genético com a homossexualidade
foi encontrado.
No entanto, é preciso
ressaltar que, seja ou não genético, não significa que este é um fator decisivo
para ser ou não moral.
Teoricamente, uma pessoa
pode ter predisposição para o uso de drogas, para o alcoolismo, para a mentira ou para a cleptomania.
Essa predisposição não muda
a moralidade desses problemas.
Dois artigos de Greg Koukl
são muitos úteis na discussão da questão sobre se aquilo que é “natural” é
também, necessariamente, moral.
Se alguma coisa é ou não
genética, não implica que seja natural (indicação de propósito).
Da mesma forma, mesmo se
alguma coisa é natural não implica que seja, necessariamente, moral (A falácia
do é/deve ser de David Hume).
P10. Existem fatores que
contribuem para a homossexualidade, pelos quais um homossexual possa não ser
responsável?
Todos temos fatores que
contribuem para as diferentes atividades em que estamos envolvidos.
Esses fatores, com certeza,
tornam mais fácil perceber como alguém poderá agir de determinada forma.
No entanto, precisamos ser
responsáveis por nossos atos.
Podemos não ser
responsáveis pelas coisas que fazem a nós, mas somos responsáveis pelas nossas
escolhas.
Todos nós temos propensão
ou queda para alguns pecados específicos.
A pergunta para todos é: o
que faremos com eles?
Durante muito tempo também
tive meus problemas quanto a isso. Para ser totalmente honesto, todos os dias
ainda sou tentado a voltar aos velhos hábitos.
Às vezes, novos pecados
afloram.
Isso é, e sempre será, um
aprendizado da nova identidade em Cristo: crescer resistindo às tentações e
andando na verdade.
Não posso vencer meu
pecado. A fé em Jesus é que vence o pecado e o mundo (1 João 3:2-3; 5:4).
Com lutas tão intensas não
dá para menosprezar a luta dos outros.
Com a universalidade do
pecado não dá para olhar o outro com desprezo.
Há uma sensação de urgência
para “acabar logo com isso” em que precisamos reconhecer o pecado como pecado e
começar a fazer o que é certo pela graça e providência de Deus.
No entanto, este é apenas o
começo.
Precisamos manter a nossa
caminhada diária uns com os outros e nos ajudar mutuamente para colocar em
prática a nova identidade em Cristo.
Então, a questão é
“continuar na graça”.
Portanto, vamos “resolver
isso” pela graça de Deus, e então “continuar” na Sua graça!
Sem a graça de Deus, nada
vai acontecer.
P11. Como os cristãos devem
tratar as pessoas que se relacionam com pessoas do mesmo sexo?
Devemos tratá-las com o
mesmo amor e graça demonstrados por Deus a nós.
Todos somos
pecadores.
Nossos pecados podem
variar, mas todos são rebelião contra Deus.
Fomos e somos resgatados do
pecado.
Isso deve permitir que nós,
entre todas as pessoas, sejamos capazes de nos relacionar com compaixão e
cuidado verdadeiro.
O amor de Jesus não
abandonou as pessoas onde elas estavam, mas foi ao encontro delas.
Os cristãos não devem
esperar que quem não crê em Jesus viva como se fosse Seu seguidor (1 Co.
5:9-11).
Embora não possamos fechar
os olhos para o pecado ou nos envolver com ele (seja ou não sexual), devemos
nos relacionar com todas as pessoas como Cristo se relacionou.
Não há lugar para
parcialidade, desdém, desrespeito ou grosseria.
Mas há lugar de sobra para
demonstrar a mesma graça que recebemos de Deus.
Devemos ajudar os crentes a
viver como seguidores de Cristo.
Crescimento é um processo
que dura a vida toda.
Os problemas com os quais
os crentes têm de lidar variam de pessoa para pessoa e surgem em diferentes
épocas da vida.
Além disso, devemos estar
sempre disponíveis para ajudar, discipular, incentivar, aconselhar, desafiar e
repreender quando necessário.
Isso deve acontecer durante
toda a nossa vida e no envolvimento de uns com os outros.
Para quem se diz cristão,
mas ainda persiste em viver em pecado, deve ser aplicado o processo normal de
disciplina eclesiástica (Mateus 18:15-22).
Nesse sentido, o
homossexualismo não é diferente de qualquer outro pecado renitente.
Em tudo, no entanto,
devemos agir com humildade e amor (Gálatas 6:1).
Aqueles que
lutam com o mesmo pecado devem ter cautela em qualquer relacionamento.
A bondade e a graça de Deus
sempre devem ser demonstradas.
No entanto, eles precisam
tomar cuidado para não se envolver, eles próprios, no pecado.
P12. Como podemos ajudar os
cristãos que se envolveram na prática homossexual?
Ou que se tornaram cristãos
e ainda têm esse tipo de experiência?
Ou, ainda, que sentem
atração por pessoas do mesmo sexo?
Os vícios reprogramam o
cérebro, seja pornografia, álcool ou fumo.
As pessoas adquirem padrões
e hábitos difíceis de quebrar, que causam um abalo profundo e permanente.
As atividades sexuais têm
impacto duradouro sobre quem nós somos.
A graça de Deus perdoa e
purifica. No entanto, ser discípulo de Jesus é uma busca contínua.
Todos viemos de mundos
diferentes e temos lutas diferentes.
Sejam quais forem essas
lutas, os cristãos devem se comprometer com um ministério mútuo durante toda a
vida.
Ser fiel mental e
moralmente ao cônjuge é uma batalha deliberada e constante para os
heterossexuais.
As questões sexuais são
profundas, pois vão ao cerne do ser humano.
Por que, então, esperar que
as coisas sejam diferentes para quem tem atração por pessoas do mesmo
sexo?
Algumas pessoas conseguem
vitória imediata sobre o problema.
Mas a maioria,
provavelmente, é como você e eu.
Conseguem vencer as
tentações dia após dia pela graça de Deus.
A vitória vem à medida que
crescemos na compreensão da nossa identidade em Cristo.
Não é só uma questão de
tentar administrar o pecado, mas uma caminhada no conhecimento e na semelhança
de Cristo.