Texto ainda precisa passar por comissão especial e pelo plenário da Casa. Se virar lei, deputados e ministros de governo, por exemplo, perderiam prerrogativa de só serem julgados em instâncias superiores.
Por G1, Brasília
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou em sessão
nesta quarta-feira (22) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que
que prevê o fim do chamado foro privilegiado em casos de crimes comuns.
Na prática, a PEC acaba com o direito de autoridades, como ministros,
deputados e senadores responderem a ações penais em instâncias
superiores.
A proposta mantém o foro privilegiado apenas para os cargos de presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta mantém o foro privilegiado apenas para os cargos de presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A emenda constitucional já foi aprovada em dois turnos pelo Senado.
O texto ainda terá que ser analisado por uma comissão especial, a ser criada exclusivamente para apreciar a PEC, e submetido a mais dois turnos de votação no plenário da Câmara com os votos de pelo menos 308 dos 513 deputados.
Com a leitura do parecer na manhã desta quarta, os integrantes da
comissão não tiveram direito ao prazo regimental de duas semanas para
analisar a proposta.
Isso porque, segundo o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), o prazo de análise já havia sido concedido.
Isso porque, segundo o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), o prazo de análise já havia sido concedido.
Sessão
A sessão da CCJ começou com a leitura do relatório do deputado Efraim Filho (DEM-PB), favorável ao fim do foro privilegiado.
Ao ler seu parecer, o deputado afirmou que o fim do “foro privilegiado”
afastará não apenas a ideia de blindagem de certas autoridades,
especialmente em casos de corrupção, mas resgatará o princípio
republicano de que todos são iguais perante a lei".
Em seguida, já na etapa da discussão do relatório, o deputado Chico
Alencar (PSOL-RJ) alertou que o fim do foro pode beneficiar alguns
investigados ao remeter os casos para a primeira instância.
Ele citou os exemplos do casal Anthony e Rosinha Garotinho e de Sérgio Cabral, todos ex-governadores do Rio de Janeiro.
Para Alencar, eles têm “influência imensa”junto às esferas jurídicas do estado.
Ele citou os exemplos do casal Anthony e Rosinha Garotinho e de Sérgio Cabral, todos ex-governadores do Rio de Janeiro.
Para Alencar, eles têm “influência imensa”junto às esferas jurídicas do estado.