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sábado, junho 25, 2016

Artesão Valter Desidério é homenageado com comenda ‘Cidadão Honorário’





Revestimento de móveis e paredes, peças de decoração, vasos, tapetes e porta joia são alguns dos diversos tipos de objetos fabricados com caroços de açaí pelo artesão Valter Desidério Barreto. 

A técnica inovadora rendeu a ele uma homenagem da Câmara Municipal de Parauapebas, com a concessão da comenda “Cidadão Honorário”, na sessão da última terça-feira (14).

Proposta pelo vereador Bruno Soares (PSD), por meio do Projeto de Decreto Legislativo nº 001/2016, a homenagem foi aprovada por todos os parlamentares.


Antes de entregar a comenda, Bruno falou da trajetória de Valter, um dos pioneiros de Parauapebas, e elogiou a iniciativa do artesão que, além de bonita e útil, é sustentável. 


“É uma satisfação entregar esta comenda, pela história que o senhor Valter tem em nossa cidade e pelo belo trabalho que ele tem desenvolvido a partir do reaproveitamento dos caroços de açaí. 

Trabalho inclusive que já foi reconhecido com prêmios nacionais e nós não poderíamos deixar de também fazer esse justo reconhecimento”.

Valter Desidério agradeceu a homenagem e destacou que, apesar da grandiosidade dos prêmios que já ganhou, a comenda de Cidadão Honorário de Parauapebas foi o reconhecimento mais importante que recebeu.


“O reconhecimento por este trabalho que estamos realizando para melhorar o meio ambiente e contribuir com a natureza, com o próprio cidadão, é o melhor, porque estou recebendo de pessoas que me conhecem na cidade, apesar de eu não ter intimidade com nenhum dos vereadores. 


Quero dedicar essa comenda à minha esposa, à população de Parauapebas, aos colegas da imprensa e aos vereadores”.

Técnica inovadora


Valter Desidério produz peças usando apenas cola e caroços de açaí que iriam para o lixo. 


Depois de lavados e secos, os caroços são colocados em uma forma e a cola é despejada por cima. 

Em seguida, o material é exposto ao sol para secagem.

Após a secagem, a peça fica pronta para ser utilizada na confecção dos artesanatos. 


A esposa de Valter Desidério, Gina Miuki Mikawa Barreto, é a responsável pelo acabamento e pintura das produções. O material é resistente a fungos e cupins.

Trajetória


Além de artesão, Valter Desiderio Barreto atua ainda como jornalista e escritor. 


Natural de Salvador (BA), é casado com a pedagoga Gina Miuki Mikawa Barreto e mora em Parauapebas desde março de 1984.

Bacharel em Teologia, ex-professor de psicologia, filosofia e sociologia, possui três obras publicadas.
Texto: Nayara Cristina / Revisão: Waldyr Silva / Fotos: Josean Chocolate / Ascomleg



COMENTÁRIO:

Só agora pela manhã depois da minha chegada aqui em Barretos, vindo de São Paulo, é que vi essa belíssima matéria produzida pela competentíssima jornalista Nayara Cristina, revisada pelo meu amigo e colega Jornalista Waldir Silva, postada pela Câmara Municipal de Parauapebas, falando da honrosa e cobiçada comenda "Cidadão Honorário", outorgada a mim por esse Poder Legislativo Municipal de Parauapebas, que teve a indicação do nobre Edil Bruno Leonardo Soares, aprovado por unanimidade pelos seus pares vereadores parauapebenses.
Não tenho palavras para agradecer tal honraria.

Essa comenda só veio me dá a certeza que tudo o que eu fiz em Parauapebas e por Parauapebas ao longo dos meus 32 anos vivendo nesta cidade como um dos seus pioneiros, valeu à pena, não me ARREPENDO de nada que fiz nesta cidade que me acolheu quando ainda era corruptela de Marabá, "Quintal de Marabá" como dizia a então vice-prefeita Adelina e que hoje é uma das cidades promissoras do Estado do Pará. 

Se fosse preciso, faria tudo de novo igualzinho o que eu fiz durante mais de três décadas que convivo neste pujante município. 

Mais uma vez agradeço ao vereador Bruno Leonardo Soares pela nobre iniciativa de propor aos seus colegas vereadores, esta honrosa homenagem a minha pessoa, e que pelos mesmos fôra aprovada por unanimidade. 

Tenha certeza vereador Bruno e seus pares, que saberei honrar tal comenda até a minha partida para a eternidade. 

Barretos, São Paulo, 21 de junho de 2016.


Valter Desiderio Barreto.


quinta-feira, junho 16, 2016

'Grupo evangélico "Grão de Mostarda" promove Encontro de Casais


O Encontro de Casais é um resgate de princípios no casamento. 

Com o passar do tempo, muitos casais permitem que situações simples atrapalhem o relacionamento, acabam se perdendo no dia-a-dia com os problemas que surgem na relação conjugal e, por não conseguirem tratar, deixam de viver com tanta intensidade.


O Encontro tem o objetivo de fazer com que cada casal busque o que foi deixado para trás. 

Por isso, as ministrações são de libertação e cura no relacionamento, bem como transformação na relação sexual, caso esteja desgastada, obediência, resgate no romantismo... 

Tudo para que haja restauração dos princípios que foram esquecidos ou que para alguns nunca foram ensinados.


Apegar-se aos princípios contidos na Palavra de Deus para um casamento feliz e próspero, fará com que o casal desfrute uma vida de bênção em todas as áreas do relacionamento. 

Alguns pensam que o Encontro de Casais nasceu para tratar casais problemáticos. 

Apesar de não ser uma verdade absoluta, estes também encontram cura para as crises. 

Portanto, fazer o Encontro de Casais é de extrema importância para os cônjuges, independente da forma como vivem ou credos religiosos que estão seguindo.


A maioria dos casais que vivem mal, vivem dessa forma por não aplicarem os princípios da Palavra de Deus na vida a dois. 

Muitas vezes, estão mais impregnados de conceitos mundanos do que nos princípios da Palavra de Deus. 

Sugerimos que todos os casais participem desses Encontros, porque sabemos que se os princípios das Sagradas Escrituras  forem aplicados antes que surjam os problemas, o casal conseguirá êxito familiar.

Para meditação na Palavra de Deus  a dois, sugerimos a leitura das referências bíblicas a seguir: 

Efésios 5: 22 a 33.

I CORÍNTIOS 7: 2 a 5

Texto: 
Jornalista Valter Desiderio Barreto.












quarta-feira, junho 15, 2016

MP-PR denuncia ex-BBB por estupro de vulnerável e tráfico de drogas

Laércio de Moura foi preso, em Curitiba, no dia 16 de maio.
Crime ocorreu em 2012 e vítima era garota de 13 anos, segundo a polícia.

 

Thais Kaniak Do G1 PR
Laercio deve ficar na Casa de Custódia de Curitiba (Foto: Adriana Justi e Divulgação)Laércio foi preso, em Curitiba, em maio (Foto: Adriana Justi e Divulgação)


O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou o ex-BBB Laércio de Moura por estupro de vulnerável, tráfico de drogas e por fornecer bebida alcoólica ou produtos que causem dependência física ou psíquica a criança ou adolescente.  

Ele foi preso no dia 16 de maio por suspeita de estupro de vulnerável, em Curitiba.

A denúncia foi oferecida à Justiça no dia 7 de junho. 

O MP-PR informou que aguarda decisão quanto ao recebimento ou rejeição. 

Caso a Justiça aceite a denúncia, o ex-BBB passa a ser réu. 

No fim de maio, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a prisão dele.

Saiba mais:

Procurado pelo G1, o advogado Ronaldo Manoel Santiago, defensor de Laércio de Moura, afirmou que ainda não teve acesso à denúncia e, por essa razão, não comentaria o assunto.

Investigações.

De acordo com as investigações, o crime ocorreu em 2012. 


A vítima é uma adolescente que, na época, tinha 13 anos. 

Atualmente, com 17, ela confirmou o envolvimento com Laércio. 

Ele está preso preventivamente na Casa de Custódia de Curitiba e divide a cela com cinco detento, segundo o Departamento de Execução Penal (Depen).

Conforme a delegada Daniela de Andrade, as investigações apontaram que Laércio manteve uma espécie de "relacionamento" com a adolescente por três anos.

Laércio também é suspeito de ter fornecido bebida alcoólica a menores de idade

Em depoimento, o ex-BBB negou as acusações.

A adolescente e o ex-BBB se conheceram em um evento público em Curitiba e, conforme a investigação, ele começou a mandar mensagens para a garota. 

A família dela não tinha conhecimento do que ocorria até o momento em que a polícia procurou a vítima. 

A garota entregou aos investigadores prints de conversas que teve com Laércio em redes sociais.

A investigação teve diligências no interior do estado. 

Segundo a delegada, a partir do momento em que Laércio apareceu no reality show, surgiram diversas denúncias contra ele.

Inicialmente, o advogado Ronaldo Manoel Santiago disse que a acusação é infundada e que a menina mentiu que era maior de idade. 

Santiago afirma que a garota e Laércio só se encontraram uma vez, quando se conheceram, e depois se adicionaram em uma rede social mantendo uma relação de amizade.

Polêmica.

Durante o programa, na edição de 2016, o ex-BBB afirmou que gostava de se relacionar com meninas mais novas. 


"Só aparecem novinhas mesmo, tipo 17, 18, 20", disse Moura em 21 de janeiro durante conversa com a ex-BBB Ana Paula. 

A fala, de acordo com a polícia, deu início à investigação, que foi solicitada pelo MP-PR.

Poder Legislativo Municipal de Parauapebas entrega título honorífico ao ...

terça-feira, junho 14, 2016

Teori nega pedido de prisão feito pela PGR contra Renan, Sarney e Jucá

Ministro do STF considerou imunidade parlamentar e ausência de flagrante.
No mesmo despacho, magistrado deu 5 dias para Cunha apresentar defesa.

Renan RamalhoDo G1, em Brasília
:
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira (14) os pedidos de prisão apresentados pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da República José Sarney.

Em relação ao pedido da PGR para prender o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Teori ainda não tomou uma decisão definitiva. Em razão do vazamento do pedido de prisão do deputado do PMDB, o magistrado mandou intimar Cunha a se manifestar em até cinco dias para se defender.


A informação sobre os pedidos de prisão de Renan, Jucá e Sarney foi publicada na edição da última terça (7) do jornal "O Globo" e confirmada pela TV Globo. 

Já a solicitação para prender Cunha foi divulgada pelo Bom Dia Brasil.

Segundo o jornal, Janot solicitou a prisão de Renan, Sarney e Jucá em razão de suspeitas de que eles estavam tentando obstruir as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
No caso de Cunha, segundo a TV Globo, o Ministério Público alegou que a decisão do Supremo de afastá-lo da presidência da Câmara e do mandato de deputado federal não surtiu efeito e o parlamentar teria continuado interferindo no comando da Casa.

Os pedidos da Procuradoria foram baseados nos depoimentos do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado aos investigadores da Lava Jato e em gravações que ele fez de conversas com Renan, Sarney e Jucá.

Nesta terça, Teori retirou o sigilo dos pedidos de prisão. 

Com isso, o teor da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado deverá ser divulgada nesta quarta-feira (15).

Nos áudios, os políticos do PMDB discutiam com Machado estratégias para tentar barrar a Operação Lava Jato. Jucá chegou a afirmar que era preciso fazer um "pacto" para frear as investigações. 

Nomeado como ministro do Planejamento do presidente em exercício Michel Temer, Jucá foi exonerado após a divulgação da fala.

A PGR viu indícios nas gravações de que os peemedebistas estavam conspirando para limitar as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

Incomodado com o vazamento dos pedidos de prisão, o procurador-geral da República determinou que o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, instaure inquérito para apurar o caso.


'Inexistência de flagrante'

Relator dos processos da Lava Jato no STF, Teori Zavascki rejeitou os pedidos de prisão considerando a imunidade parlamentar e a inexistência de crime em flagrante, condição necessária para prender parlamentares com foro privilegiado.

Ele também avaliou que o Ministério Público não demonstrou fundamentos suficientes para a prisão dos peemedebistas.

“O Ministério Público não apontou a realização de diligências complementares, tendentes a demonstrar elementos mínimos de autoria e materialidade, a fim de justificar a medida de cunho restritivo, fundamentando o seu pedido exclusivamente no conteúdo das conversas gravadas pelo colaborador e em seu próprio depoimento”, escreveu o ministro no despacho divulgado nesta terça-feira.

Em relação a Sarney, o ministro do STF considerou que não havia motivos para uma prisão preventiva, mesmo que em regime domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica, como propôs a PGR.

O relator da Lava Jato rejeitou, em outra decisão, pedidos de busca e apreensão em locais ligados a Renan, Jucá e Sarney. 

A PGR queria autorização para buscar provas do envolvimento dos três peemedebistas em crimes de organização criminosa e embaraço às investigações.

Montagem Eduardo Cunha, José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá (Foto: José Cruz, Fabio Rodrigues Pozzebom, Antonio Cruz e Marcelo Camargo/Agência Brasil)Eduardo Cunha, José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá (Foto: José Cruz, Fabio Rodrigues Pozzebom, Antonio Cruz e Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O que dizem os políticos.

As assessorias de Romero Jucá e José Sarney informaram ao G1 que eles não vão se pronunciar sobre a decisão do ministro do STF. 

O G1 procurou Cunha, mas até a última atualização desta reportagem não obteve retorno.

No dia do pedido de prisão, Renan Calheiros classificou, por meio de nota, de "desarrazoada, desproporcional e abusiva" a solicitação do Ministério Público. 

Nesta terça, a assessoria do presidente do Senado informaram que mantinha as mesmas declarações apresentadas no comunicado da semana passada.

Na nota, ele ainda tinha reafirmado que "não praticou nenhum ato concreto que pudesse ser interpretado como suposta tentativa de obstrução à Justiça".

José Sarney também afirmou, na ocasião do pedido de prisão, que estava "perplexo, indignado e revoltado".

O ex-presidente da República destacou, em uma nota, que, após ter dedicado 60 anos à vida pública, julgou que "tivesse o respeito de autoridades do porte do procurador-geral da República.

"Jamais agi para obstruir a Justiça. 

Sempre a prestigiei e fortaleci. 

 Prestei serviços ao país, o maior deles, conduzir a transição para a democracia e a elaboração da Constituição da República", diz trecho do comunicado.

Já Romero Jucá havia dito na semana passada que considerava "absurdo" o pedido de prisão e falou que não temia nada. 

Afirmou ainda que apoia qualquer tipo de investigação. 

Jucá ressaltou que lamenta "este tipo de vazamento seletivo", que, segundo ele, "expõe as pessoas sem nenhum tipo de contraditório".

Eduardo Cunha disse, no dia do pedido, que via com "estranheza" o pedido de prisão feito por Rodrigo Janot.

Juiz federal decreta indisponibilidade de bens de Eduardo Cunha

Decisão desta terça também quebrou sigilo fiscal do deputado afastado.
MPF no Paraná apresentou ação de improbidade contra Cunha.

Fernando CastroDo G1 PR
[CUNHA HOME] Eduardo Cunha durante encontro com líderes de partidos na Câmara dos Deputados, em Brasília, em fevereiro de 2016 (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo) 
Juiz decretou indisponibilidade de bens de Eduardo Cunha  (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo)
O juiz Augusto Cesar Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Cível da Justiça Federal do Paraná, decretou nesta terça-feira (14) a indisponibilidade de recursos financeiros e bens do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

A decisão ocorre após pedido de liminar do Ministério Público Federal (MPF) feito na segunda (13), em uma ação de improbidade administrativa contra ele e mais quatro pessoas.

Além de Cunha, são citados na ação de improbidade administrativa a mulher dele, Cláudia Cruz, o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada, o suposto operador João Henriques e o empresário Idalécio de Oliveira. 

Eles também tiveram seus bens indisponibilizados.

Dentre os bens listados pelo juiz estão imóveis, ativos financeiros, veículos, valores mobiliários, ações, cotas e participações societárias.

"Defiro o pedido de liminar (nos termos formulados pelo MPF) e decreto a indisponibilidade de recursos financeiros e bens dos réus, inclusive das empresas C3 PRODUÇÕES ARTÍSTICAS E JORNALÍSTICA LTDA. (...) e C3 ATIVIDADES DE INTERNET LTDA", diz trecho da decisão.

Cunha e sua mulher são sócios nas duas empresas. 

O juiz ainda decretou a quebra do sigilo fiscal do deputado afastado desde o ano de 2007.

Os cinco citados na ação devem ser notificados para oferecer manifestações por escrito em até 15 dias. 

Após esse prazo, o juiz decidirá se recebe a ação e dá início ao processo.

Cassação

A decisão foi assinada instantes depois de o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovar em Brasília o relatório que pede a cassação do parlamentar.
Mais cedo, Cunha havia pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão desta ação de improbidade administrativa.


O peemedebista solicitou que a Suprema Corte conceda uma liminar (decisão provisória) para suspender a ação até que os ministros do tribunal decidam, definitivamente, se um juiz de primeira instância pode determinar a perda dos direitos políticos de parlamentares com foro privilegiado.

Na mesma decisão, o juiz Augusto Cesar Pansini Gonçalves rejeitou a alegação de que a ação deveria ser remetida ao STF. 

"O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que a ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada nas instâncias ordinárias, ainda que proposta contra agente político que tenha foro privilegiado no âmbito penal e nos crimes de responsabilidade", citou.

Gastos no exterior

Ao decretar a indisponibilidade dos bens, o juiz afirmou que "há indícios de que os réus agiram de forma ímproba". 

Ele cita a existência de várias contas abertas e movimentadas por Eduardo Cunha e Cláudia Cruz no exterior, com base em documentação repassada por autoridades suíças.

"Em especial, foram juntadas provas de que em uma dessas contas - titularizada pelo trust ORION SP - a offshore ACONA INTERNATIONAL INVESTMENTS LTD, controlada por João Henriques, depositou vultosas quantias em cinco ocasiões distintas, logo após a ACONA ter recebido da LUSITÂNIA PRETROLEUM (BC) LTD., empresa pertencente a Idalécio Oliveira, a multimilionária quantia de US$ 10.000.000,00", diz parte do despacho.

O trust e a offshore foram o centro das discussões dos deputados no processo contra Cunha no Conselho de Ética. 

A defesa argumentou que as contas não estão em seu nome - entretanto, o Banco Central o multou em R$ 1 milhão por não ter declarado recursos no exterior.

Conforme o juiz, menos de um mês após a deflagração da primeira fase da Operação Lava Jato, Eduardo Cunha fez duas transferências do trust ORION SP para uma offshore na Suíça que tinha ele mesmo como beneficiário. 

Em seguida, essa offshore repassou recursos para a conta chamada Köpek, cuja titular é Cláudia Cruz.

"O montante foi utilizado para custear despesas em cartão de crédito do casal e de sua filha entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015", afirmou Augusto Cesar Pansini Gonçalves.

Para o juiz, há indícios, portanto, de que a conta Köpek foi aberta com recursos de Cunha para pagar despesas dele e de familiares decorrentes do uso de cartão de crédito. 

A conta recebeu, entre 2008 e 2014, cerca de US$ 1.110.000,00 provenientes de outras contas ligadas ao deputado.

"É também válido lembrar que os valores custodiados na conta Köpek foram utilizados para quitar expressivas despesas de cartão de crédito do próprio deputado federal Eduardo Cunha, de sua companheira Cláudia Cruz e da sua filha Danielle Dytz da Cunha Doctorovich em estabelecimentos de alto luxo, bem como para o pagamento de outras despesas", assinalou.

De acordo com o juiz, é presumível que os valores mencionados tenham vindo do pagamento de uma "taxa de performance" paga à offshore Acona Internacional, em virtude da intermediação na compra pela Petrobras de 50% dos direitos de exploração em um campo de petróleo em Benin da Compagnie Béninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH), de propriedade de Idalécio Oliveira.

"Em relação à essa compra, o MPF juntou documentos sugerindo, com verossimilhança que Jorge Zelada, na qualidade de Diretor Internacional da Petrobras, estimulou, com a participação dos réus João Augusto Henriques e de Idalécio Oliveira, a Diretoria Executiva da Petrobras a adquirir tal bloco de poços petrolíferos, omitindo, no entanto, informações a respeito da higidez financeira da empresa CBH, tudo com o objetivo de granjear vantagens ilícitas em prol do PMDB e de seus parlamentares", consignou o magistrado.

O despacho observa ainda que Cunha, em tese, recebeu os valores por sustentar politicamente a nomeação e permanência de Zelada no cargo de Diretor Internacional da Petrobras. 

"O deputado federal Eduardo Cunha exercia (e ainda exerce), há muito tempo, uma significativa liderança entre os parlamentares federais do PMDB e de outras agremiações políticas menores", disse Augusto Cesar Pansini Gonçalves.

Ação de improbidade

Esta ação de improbidade foi proposta pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná na segunda (13). 

Segundo o MPF, ele foi beneficiário direto do esquema de corrupção instalado na Diretoria Internacional da Petrobras. 

Os procuradores pedem que ele pague R$ 270,507 milhões em multas. 

A força-tarefa pede a suspensão dos direitos políticos de Cunha por dez anos.

Esfera criminal

Os cinco já foram acusados na esfera criminal pelo mesmo caso.

Neste caso, o processo contra Eduardo Cunha tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O STF ainda não aceitou esta denúncia contra Cunha, portanto, ele não é réu neste processo.

Já Cláudia Cruz, Jorge Luiz Zelada, João Henriques e Idalécio Oliveira viraram réus na sexta-feira na primeira instância, em processo conduzido pelo juiz Sérgio Moro.

O que dizem os acusados
Em nota, Eduardo Cunha contesta as ações. 

"Com relação à absurda ação de improbidade administrativa proposta pela Justiça Federal, já ingressei hoje no STF com Reclamação, de número 24.370, e aguardo decisão da liminar solicitada. 

Quanto à ação de hoje do Juízo da Vara Cível de Curitiba, de bloqueio dos meus bens, entrarei imediatamente com recurso em instância superior para reverter a decisão".

Pierpaolo Bottini, que defende Cláudia Cruz, disse que ela "responderá às imputações como fez até o momento, colaborando com a Justiça e entregando os documentos necessários à demonstração da licitude de seu patrimônio".

O advogado de Jorge Zelada, Renato de Moraes, afirma que desconhece o teor das acusações e, uma vez oportunizado o direito de defesa no caso legal, apresentará seus argumentos para refutá-las.

José Claudio Barbosa, advogado que representa João Henriques, afirmou que só vai se manifestar nos autos do processo e em juízo.

A defesa de Idalécio Oliveira não foi localizada. 

Até a noite desta terça-feira, ele ainda não tinha advogado o representando no processo.

Sérgio Moro marca acareação entre Delúbio Soares e José Carlos Bumlai

Acareação será no dia 27 de junho em Curitiba após audiência de processo.
Ex-tesoureiro do PT nega que tenha participado de reunião por empréstimo.

Fernando CastroDo G1 PR

 
 Delúbio Soares (Foto: Reprodução/TV Globo)
Delúbio Soares quer acareação com o pecuarista José Carlos Bumlai (Foto: Reprodução/TV Globo)

O juiz Sérgio Moro deferiu nesta terça-feira (14) o pedido da defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para que seja feita uma acareação entre ele e o pecuarista José Carlos Bumlai. 

A acareação foi marcada para o dia 27 de junho, após audiência em que Bumlai será ouvido por Moro como testemunha de acusação em um processo que tem Delúbio como um dos réus.

O pedido havia sido feito na apresentação de defesa prévia de Delúbio Soares no começo do mês de junho. 

Delúbio nega ter participado de reunião em que foi negociado empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin para Bumlai – o pecuarista afirma que o destinatário final era o PT, e que Delúbio participou do encontro.

“O ora defendente não participou de qualquer reunião em que tenha solicitado empréstimo em benefício próprio ou de terceiros, ou mesmo a valizado, afiançado, concordado que algum empréstimo fosse realizado. 

 Provar-se-á que o Defendente não solicitou qualquer vantagem junto à referida Instituição financeira, ou a qualquer dos integrantes das famílias Schahin ou Bumlai”, diz trecho da petição.

Soares diz ainda que se reunia com vários representantes de empresas públicas e privadas, dentre elas o próprio Banco Schahin, para tratar de assuntos relacionados à política e a conjuntura econômica do país. 

“Mas nunca solicitou ao referido Banco Schahin que realizasse qualquer empréstimo a qualquer pessoa”, garante.


Delúbio é acusado de lavagem de dinheiro em processo que envolve mais oito pessoas.

A acusação sustenta que ele intermediou o empréstimo que Bumlai diz ter recebido do Banco Schahin e repassado ao PT. 

Dos R$ 12 milhões, segundo o MPF, o empresário Ronan Maria Pinto recebeu R$ 6 milhões – ele também é réu no processo.

De acordo com o MPF, o empréstimo foi pago por meio da contratação do Grupo Schahin como operador do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão.

Ainda conforme as investigações, em depoimento ao Ministério Público Federal, Marcos Valério, operador do mensalão, afirmou que parte do empréstimo obtido por Bumlai era destinado Ronan Maria Pinto, que extorquia dirigentes do PT. 

O MPF afirma não ter provas, até o momento, que expliquem os motivos da extorsão.

O dinheiro, segundo a acusação, tinha como fim a compra de ações do jornal "Diário do Grande ABC". 

O MPF diz que o objetivo de comprar ações era, segundo Marcos Valério, porque o jornal estava ligando Ronan Maria Pinto a denúncias da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

STF abre inquérito para investigar Renan, Jucá, Raupp e Jader Barbalho

Procurador quer apurar suposto recebimento de propina em Belo Monte.
Caso foi retirado da Lava Jato e repassado ao ministro Edson Fachin.

Renan RamalhoDo G1, em Brasília
 
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PODER EM RUINAS

14/06/2016 - 17:12:46
G1

STF abre inquérito para investigar Renan, Jucá, Raupp e Jader Barbalho


Caso foi retirado da Lava Jato e repassado ao ministro Edson Fachin


O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta terça-feira (14) a abertura de um novo inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA).
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O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta terça-feira (14) a abertura de um novo inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA).

Os quatro serão investigados por suspeita de desvios na construção da hidrelétrica de Belo Monte. 


Pelo mesmo motivo, já havia sido aberto no fim de maio um inquérito sobre o senador Edison Lobão (PMDB-MA).


Todos são suspeitos pela prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por suposto recebimento de propina em contratos da obra. 

O caso de Belo Monte está sob relatoria do ministro Luiz Edson Fachin e tramita fora dos processos relativos à Operação Lava Jato.

A investigação das suspeitas de pagamento de propina na construção da hidrelétrica de Belo Monte foi autorizada por Fachin com base na delação premiada de Luiz Carlos Martins, funcionário da empreiteira Camargo Corrêa, dentro da Operação Lava Jato.

Embora o relator dos processos da Lava Jato no STF seja o ministro Teori Zavascki, o tribunal sorteou um novo ministro porque a denúncia de Martins não se trata de um desdobramento do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

As suspeitas sobre Calheiros, Jucá, Raupp e Barbalho surgiram nos relatos feitos pelo senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) no acordo de delação premiada assinado por ele.

O procurador-geral ressaltou ao Supremo que Luiz Carlos Martins apontou somente Edison Lobão como beneficiário de vantagens indevidas, mas que Delcídio mencionou outros supostos destinatários da propina.

Além de falar nos nomes de Romero Jucá, Renan Calheiros, Valdir Raupp e Jader Barbalho, Delcídio apontou ainda como supostos operadores do esquema os ex-ministros do governo Lula Erenice Guerra (Casa Civil) e Silas Rondeau (Minas e Energia).


Segundo o senador, Erenice, Silas e o ex-ministro Antonio Palocci atuaram para permitir os desvios e "fizeram aproximação com os grandes empresários".

Segundo o senador, o pagamento à época foi de R$ 30 milhões em propina para PT e PMDB. 

Parte do suborno, destacou Delcídio, teria sido pago para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2010 e parte para o "grupo de José Sarney" no PMDB.

O dinheiro teria origem em consórcio da construção da usina, capitaneado pela empreiteira Andrade Gutierrez.

"Os políticos não apenas tinham consciência de que os valores eram provenientes das vantagens indevidas destinadas aos diretores e altos funcionários de empresas públicas e sociedades de economia mista federais, mas também atuavam, direta ou indiretamente, para a continuidade do esquema de pagamento de vantagens indevidas, seja pela manutenção dos diretores em seus cargos, seja pela manutenção do cartel de empresas ou, ao menos, pela não interferência em seu funcionamento", diz Janot no pedido de investigação.

Saiba mais:

O que disseram os suspeitos
Renan Calheiros afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, "que não recebeu vantagens de quem quer que seja e reitera que as ilações do ex-senador Delcídio do Amaral não passam de delírios". 


"O senador permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos", diz a nota.

Na época do pedido de abertura do inquérito, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que defende Romero Jucá e Edison Lobão, disse que o delator não apontou um único fato que incrimine seus clientes.


O senador Valdir Raupp disse que jamais fez indicações políticas para o setor elétrico e que as acusações de Delcidio são inverídicas.

Jader Barbalho negou as acusações e desafiou qualquer pessoa a provar que ele tenha recebido propina em Belo Monte.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...