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domingo, dezembro 28, 2014

No Japão, uma em cada 6 pessoas vive abaixo da linha da pobreza



Pobreza no Japão
Seria o Japão, uma ex-nação classe média?

 
Morador de rua no Japão

Aposentados no Japão



Embora o Japão seja considerado pela maioria das pessoas como uma nação rica e aparentemente sem grandes desigualdades sociais, pesquisas revelam uma outra realidade: Uma em cada seis pessoas está vivendo abaixo da linha da pobreza no Japão

No total soma-se 21 milhões de pessoas em um país de 128 milhões.

Em julho de 2014, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar anunciou os resultados do levantamento das condições de vida da população correspondente ao ano anterior (2013). 

Segundo o relatório divulgado, o número de pessoas que vivem com uma renda salarial abaixo da média nacional é de cerca de 16,1%.

Os mais afetados por essa realidade são as mulheres solteiras, desempregados e idosos (aposentados). 

Aliás, segundo estatísticas recentes, o número de crimes praticados por aposentados aumentou consideravelmente nos últimos anos, possivelmente por acreditarem que na prisão serão amparados pelo sistema.

Aproveite para ver também:

Muitos idosos no Japão sobrevivem com uma aposentadoria, muitas vezes insuficiente para suas necessidades básicas. 

Sem contar que por falta de vínculos familiares, muitos acabam isolando-se e entrando em um quadro de depressão, que por sua vez tem elevado o número de suicídios e Kodokushi.

Segundo Aya Abe, um pesquisador do Instituto Nacional de População e Seguridade Social, as mudanças sociais tão visíveis nas últimas décadas tem abalado as estruturas familiares. 

Cada ano que passa, aumenta o número de jovens que decidem viver sozinhos, ao contrário de antigamente, onde era comum uma família dividir a mesma casa por várias gerações.

Mães solteiras no Japão

O número de mães solteiras também tem aumentado nos últimos tempos. 

Segundo estimativas, existem cerca de 1,23 milhões de mulheres que criam seus filhos sozinhas, ganhando em média 40% da média salarial e mesmo recebendo ajuda do governo, enfrentam muitas dificuldades financeiras.

Quem também sofre com essa situação de baixa renda são as crianças

A taxa de pobreza infantil para crianças e jovens com idade inferior a 18 anos residentes nesses domicílios, foi de 16,3%, o maior já registrado até então.


Sem tetos no Japão
Sem tetos no Japão
Fonte da Imagem: CNN
Outros dados interessantes são em relação aos sem tetos no Japão. 

Existem cerca de 7.508 pessoas vivendo literalmente em “baixo da ponte”, assim como em ruas, parques e locais públicos. 

Somente em Tóquio, são cerca de 1.697 moradores de rua, segundo dados divulgados no site Metro Tokyo JP.

Apesar de ser um número expressivo em se tratando da capital da terceira maior economia do mundo, onde vivem em média 13,4 milhões de pessoas, vale ressaltar que em 2002, esse número chegou a 6.731 pessoas. 

Com os projetos sociais do governo, muitos tem conseguido moradia provisória e emprego.

Mas nem todos os moradores de rua no Japão estão nessa situação por falta de alternativas ou oportunidades. 

Há aqueles que optam em viver dessa maneira por que querem se sentir livres e sem as pressões impostas pela sociedade.

Um exemplo é Hisao Kawabata, um sem teto japonês que vive no Parque Yoyogi em Tóquio. 

Na série “A Day With…” do canal Vice Japan, a equipe passa um dia com Kawabata-san, que fala um pouco sobre seu estilo de vida e como ganha a vida, vendendo porcelanas e roupas em mercados de pulga no Yoyogi Koen.


chioku-sohchu-ryu – Um ex-país de Classe Média

Existe um ditado japonês que diz: “ichioku-sohchu-ryu”, que pode ser traduzido como “uma nação de classe média”. 

O crescente desenvolvimento industrial após a Segunda Grande Guerra de fato propiciou que a população em sua maioria gozasse de um padrão de vida satisfatório. 

Porém, a partir da bolha econômica da década de 80, o cenário social e econômico tem sofrido muita instabilidade, trazendo à tona o fantasma do desemprego e da insegurança.

Viver no Japão é uma experiência maravilhosa e muito enriquecedora, mas é necessário estar atento para não ser pego de calças curtas em uma eventual crise e recessão. 

A dica é economizar o máximo que puder para que esses fantasmas não destruam os sonhos de quem busca uma vida melhor.


Pesquisa mostra que 40% dos sem-teto em Tóquio já sofreram algum tipo de violência

Por Uehara Yuu Fonte:NHK World Press All Rights Reserved Uma pesquisa realizada por uma organização sem fins lucrativos, com a participação de mais de 300 sem-teto, mostra que cerca de 40 por cento dessas pessoas já sofreram algum tipo de violência em Tóquio. 
 
Em um grande número de casos, alguém teria jogado latas, pedras ou direcionado rojões contra eles. 
 
Perguntados sobre quem cometeu esse tipo de ato, 38 por cento dos respondentes citaram...
Sem tetos no Japão



Sem teto no Japão.


O RITUAL DA RENOVAÇÃO DA ÁGUIA É VERDADE ?

QUERO DESEJAR A TODOS OS MEUS AMIGOS, INCLUSIVE A MIM, E A TODOS MEUS ENTES QUERIDOS, UM 2015 DE COMPLETA RENOVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE VIDA NA PESSOA DO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO, COM MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO, AÇÕES, E ATITUDES PARA COM NOSSO SEMELHANTE, CULTIVANDO MAIS AMOR NO CORAÇÃO, E BUSCANDO MAIS A PRESENÇA DE DEUS EM NOSSAS VIDAS, COMO A ÚNICA FORMA DE FUGIRMOS DA CORRUPÇÃO DESTE MUNDO, CUJO DESTINO DO MESMO JÁ ESTÁ DETERMINADO PELO NOSSO CRIADOR SUPREMO, E ETERNO SENHOR DO CÉU E DA TERRA. 

DISSE JESUS: "EU sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
 

Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.


Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.


Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer". JOÃO 15: 1 a 5. 





Quem não conhece a história “ritual de renascimento” , leia abaixo:

“A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie, chegando a viver setenta anos.

Mas para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.
Nesta idade ela está com: As unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as suas presas.

O bico alongado e pontiagudo se curva, dificultando a caça.

Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar se torna difícil.

Então a águia só tem duas alternativas: Morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar aproximadamente 150 dias.

Este processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.

Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico contra a pedra até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas.

Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.

Só então, após cinco meses, sai para o famoso voo de renovação, para viver por mais 30 anos.”

O “ritual de renascimento da águia” é uma linda história de motivação e perseverança, mas não é verdade!

As águias não são as aves que tem maior longevidade e não podem viver por 70 anos.

Não existe nenhum registro científico de águias que pudessem chegar a essa idade.

O quanto uma águia vai viver depende muito da sua espécie e das condições do ambiente, mas uma águia selvagem geralmente vive entre 20 e 30 anos.

As águias também não podem tomar decisões, elas vivem por instinto jamais poderiam decidir entre morrer ou fazer um ritual de renovação das estruturas do corpo.

As águias não podem perder o bico e as garras a menos que sofram um processo traumático.

Quando elas são vistas “bicando” pedras estão fazendo isso para manter estas estruturas afiadas e no tamanho certo.

O bico e garras se tornam cada vez mais fortes com o passar do tempo, pois são compostos por camadas de queratina que são sobrepostas constantemente para suprir o desgaste natural.

Além disso, ela não suportaria ficar sem comer por vários dias até que um bico novo cresça, ficaria desnutrida e morreria.

Assim como todas as aves, trocam suas penas ao longo da vida.

Arrancar todas as penas do corpo propositalmente resultaria em um sangramento doloroso, pois a base das penas é irrigada com sangue e isso poderia inclusive danificar o folículo e prejudicar o surgimento de outra pena.

Uma pena perdida fora do tempo demora pelo menos 1 ano para nascer.

Embora o ritual do "renascimento da águia" não seja verdadeiro, mas nós podemos nos inspirar nessa história, e buscar o renascimento sugerido por Jesus Cristo a Nicodemos: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". JOÃO 3: 3.

Que 2015, todos nós sintamos o desejo de passar pela experiência do "Novo Nascimento" em Cristo Jesus, deixando para trás, com o ano velho prestes a ser sepultado, tudo aquilo que nos causaram tristezas, angústias, mal estar, dor, sofrimento, decepção e desilusões, e com a força e o poder de Deus em nossas vidas, nos tornemos uma "NOVA CRIATURA" conforme orientação do grande Apóstolo Paulo em 2º Coríntios 5: 17: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo".

Eu particularmente tomarei a decisão em 2015, de buscar em Deus, uma verdadeira transformação na minha vida, deixando para trás, tudo que foi de ruim, que não contribuiu em nada para o meu desenvolvimento espiritual, e procurarei tornar-me mais útil e fiel a Deus, como um soldado pronto para atender a voz do seu Comandante, confiante na vitória contra o inimigo de nossas almas, que vive ao redor de nós, procurando a quem tragar.

Se Deus assim nos permitir, em 2015 estarei retornando as fileiras do exército de Deus como o seu fiel escudeiro, semeando a semente da sua Palavra por onde quer que Ele me enviar.


Valter Desiderio Barreto.

Governo do Japão aprova pacote de estímulo de US$29 bilhões

Primeiro-ministro, Shinzo Abe


TÓQUIO (Reuters) - 

O governo do Japão aprovou neste sábado um pacote de estímulo nos gastos no valor de 29 bilhões de dólares, destinados a ajudar as regiões menos desenvolvidas e as famílias do país com subsídios, mercadorias e outras atividades, mas analistas estão céticos sobre o quanto isso pode estimular o crescimento.


O pacote de 3,5 trilhões de ienes (29,12 bilhões de dólares) foi revelado duas semanas após uma vitória eleitoral maciça da coalizão governista do primeiro-ministro, Shinzo Abe, que lhe rendeu um novo mandato.

O governo disse que espera que o plano de estímulo impulsione o PIB do Japão em 0,7 por cento.

Considerando as finanças públicas ruins do Japão, o governo vai evitar a emissão de dívida e financiará o pacote com o dinheiro não gasto de orçamentos anteriores e as receitas fiscais que excederam as previsões orçamentais devido à recuperação econômica.

Com as eleições locais em todo o país previstas para abril, nas quais o bloco de Abe deve vencer para consolidar seu controle do poder, os pacotes de subsídios aos governos regionais buscam estimular o consumo privado e apoiar as pequenas empresas.

Do total, 1,8 bilhão de ienes serão gastos em medidas como a distribuição de cupons para comprar mercadorias, subsídios para a compra de combustível às famílias de baixa renda e financiamento a pequenas empresas.

Os 1,7 bilhão restantes serão usados para a prevenção de desastres e reconstrução das áreas afetadas, incluindo as atingidas pelo tsunami de março de 2011.

Tóquio também buscará reforçar o mercado imobiliário, diminuindo as taxas de hipoteca oferecidas por uma agência de crédito à habitação governamental.

"É melhor do que não fazer nada, mas não acredito que este estímulo terá um grande impacto no impulso da economia", disse Masaki Kuwahara, economista da Nomura Securities.

(Por Takaya Yamaguchi e Tetsushi Kajimoto)

Pais de quadrigêmeas lutam para construir casa para família em MG


Moradores de Santo Antônio do Monte colaboram e rifa é vendida.
Prefeitura do município ajudou com doação de um lote.

 

Anna Lúcia Silva Do G1 Centro-Oeste de Minas
Quadrigêmeas completaram dois anos em Santo Antônio do Monte (Foto: Glaydston de Jesus/Arquivo Pessoal) 
Quadrigêmeas completaram dois anos (Foto: Glaydston de Jesus/Arquivo Pessoal)
 
 
Há pouco mais de um ano a vida de um jovem casal de Santo Antônio do Monte foi transformada com o nascimento de quadrigêmeas. 

Desde que as filhas nasceram, a dona de casa Rosane Ribeiro de Jesus, de 22 anos, e o operário Gleydston Luiz de Jesus, de 27 anos, têm batalhado para conseguir criar as meninas e agora eles estão em busca da realização de um sonho em 2015: construir a própria casa. 

Para isso, eles têm contado com a ajuda dos moradores e da Prefeitura do município que já doou o lote.

A solidariedade dos vizinhos, pessoas mais próximas e até mesmo de desconhecidos têm tornado gratificante a luta do casal. 

Eles sempre receberam doação de leite, fraldas, cestas básicas e agora, várias pessoas já doaram materiais para que as obras de construção da casa tenham início em 2015.

Ainda como forma de acelerar o processo, o casal tem vendido bilhetes para rifar um celular.

“Estamos recebendo muita ajuda das pessoas e isso tem sido maravilhoso, pois o salário do meu marido não é suficiente para todos nós. 

A rifa foi uma ideia para conseguirmos o dinheiro para pagar a mão de obra. 

Até o início do ano pretendemos começar a parte do alicerce da casa”, contou.

O cunhado de Rosane, o vendedor Rafael Fernandes Pinto, sempre ajuda com o que pode. 

Ele trabalha em um depósito de matérias de construção e quando tem oportunidade pede aos amigos mais íntimos colaboração. 

“Sempre peço para as pessoas que conheço poderem ajudar, pois só a gente que está perto sabe a dificuldade que essa família enfrenta. 

Eles são carentes e com quatro filhas não é fácil mesmo”, disse.

As lutas não deixam desaparecer o orgulho do pai, Gleydston, que sempre comemora a chegada das filhas. "Nossas quatro filhas são um verdadeiro milagre de Deus. 

Hoje sou a pessoa mais feliz do mundo com essas bênçãos em minha vida, que me dão força para seguir em frente", ressaltou.
Casal na maternidade (Foto: Gleydston Jesus /Arquivo Pessoal) 
Casal na maternidade após o parto (Foto: Gleydston Jesus /Arquivo Pessoal)
 
 
Gleydston contou que uma lista de materiais de construção tem circulado na cidade e que tem contado com o apoio de quem puder ajudar. 

"A gente sabe que construir uma casa hoje em dia não é fácil, está tudo muito caro e por isso estamos indo devagar, mas com a ajuda que estamos recebendo e ainda vamos receber, vai dar tudo certo", afirmou.

A intenção da família é sair do aluguel até o meio do ano que vem. 

Atualmente eles pagam por onde moram mais de um salário mínimo. 

" Queremos sair do aluguel logo e poder destinar esse dinheiro a criação das minhas filhas. 

Nosso sonho vai se realizar em 2015, se Deus quiser", enfatizou.

Parto antecipado.

As crianças que por diversas vezes, segundo a mãe, corriam risco e poderiam não nascer, hoje esbanjam saúde e enchem os pais de felicidade. 


Gleydston lembra que, quando descobriram a gravidez, o casal foi informado da gravidade e do risco da gestação. 

Todo o processo, segundo ele, foi de muita apreensão e surpresas. 

"Já tínhamos preparado a gravidez, mas não esperávamos quatro, ficamos apreensivos algumas vezes", disse.

Rosane engordou 25 quilos quando ficou grávida, o que dificultava no dia a dia, e por isso levou a gestação até onde suportou. 

"O espaço estava apertado e, para não comprometer a saúde da minha mulher ou das crianças, resolvemos fazer o parto, aos sete meses, de acordo com orientações do médico", disse.

 
Rotina

A rotina do casal nunca mais foi a mesma depois do nascimento das filhas. 


Eles fizeram as contas e afirmam que durante alguns meses chegaram a fazer cerca de 32 trocas de fraldas por dia, além de 32 mamadeiras para as meninas, que se alimentam até hoje, de um leite especial, que proporciona ganho de peso.

O dia é sempre corrido e cheio de tarefas, mas para Rosane a manhã é a parte do dia mais trabalhosa. 

A mãe acorda às 6h e, segundo ela, todas as meninas já estão em alerta esperando a mamadeira neste horário. 

"Eu logo preparo as quatro mamadeiras, retiro as crianças do berço, coloco elas em um colchão na sala, onde ficam todas juntas e em seguida dou a mamadeira para cada uma. 

E elas seguram as mamadeiras e vou trocando as fraldas delas", relatou.

Durante a troca de fraldas, as quatro, que já se relacionam muito bem, brincam e assistem desenhos. "Coloco desenhos para ver se chama a atenção, e aí eu tento dar uma organizada na casa, pego os brinquedos do chão, coloco roupas para lavar", contou.

Como acordam muito cedo, as quadrigêmeas voltam a dormir por volta das 8h e esse "soninho" dura geralmente três horas. 

É quando Rosane começa a preparar o almoço para as meninas e para o marido, que precisa ficar pronto até as 11h. "Elas começam a acordar e eu já vou posicionando todas na cozinha, sentadas no bebê conforto. 

Como elas não esperam e ficam disputando a papinha, faço apenas um prato com uma colher e vou alimentando todas", disse.
Este será o primeiro dia das mães de Rosane com as quadrigêmeas em Santo Antônio do Monte (Foto: Ademar de Oliveira/Gazeta Montense)Rosane com as quadrigêmeas em Santo Antônio do Monte (Foto: Ademar de Oliveira/Gazeta Montense)

A crise moral em termos

Zuenir Ventura

Saber que as empreiteiras serão julgadas com mais rigor e que há poderosos empresários vendo o sol nascer quadrado em celas de presos comuns pode não ser tudo, mas faz de 2014 um ano não de todo ruim 

 

Na enquete que a coluna de Ancelmo Gois fez junto a “15 coleguinhas da casa” para saber o que pediriam a Papai Noel, dez respostas tinham a ver com corrupção, o tema que de fato predominou no noticiário e no vocabulário político de 2014. 

Houve quem pedisse como antídoto “vergonha na cara dos homens públicos”, houve quem quisesse o fim do petróleo, a estatização da Petrobras, uma faxina geral, um Poder Judiciário fazendo sua parte. Esse talvez tenha sido mesmo o maior vexame nacional. 

Pode-se alegar que a derrota de 7 x 1 para a Alemanha feriu a autoestima da população mais do que o Petrolão. 

Sim, mas no caso há sempre a desculpa de que foi um acidente, um acaso infeliz que dificilmente se repetiria, enquanto o que ocorreu com a nossa estatal, orgulho nacional, não foi um surto passageiro, mas a manifestação de um mal endêmico, enraizado. 

Não se pode esquecer também o baixo nível da campanha eleitoral, com os xingamentos e as “desconstruções”, um eufemismo para o processo de desmoralização do adversário. 

Duas outras expressões frequentaram o repertório político do ano: “Lava-Jato” e “Delação premiada”. 

A primeira deu nome à operação de limpeza cujo único erro está no título, pois a inspiração não é “lava jato”, e sim “lava a jato”. 

A outra traz consigo uma inversão semântica, já que delator sempre foi uma figura desprezível na História, desde Calabar, e no mundo do crime sob a forma de “X-9” e alcaguete. 

Entre os traficantes, o “X-9”, quando descoberto, é “julgado”, torturado e sumariamente executado.

A Operação Lava-Jato redimiu a figura do delator, que com suas traições destampou os dutos da petroleira por onde corriam em vez de óleo, lama. 

Paulo Roberto Costa possibilitou a descoberta de tantos escândalos que corre o risco de sair como mocinho dessa história em que só parece haver vilões. 

Mesmo Venina, que surgiu como heroína sem mácula num primeiro momento, hoje não é fácil encontrar quem bote a mão no fogo por ela, lançando a suposição de que sua motivação se deve a interesses contrariados ou não atendidos. 

O perigo da delação premiada é estimular ladrões em potencial a achar que podem roubar bastante, guardar uma boa parte e, quando apanhados, entregar toda a quadrilha e diminuir sua pena. 

É claro que não é bem assim, mas alguns podem fazer essa leitura.

Os mais pessimistas apostam que em breve os colarinhos brancos estarão soltos ou em prisão domiciliar. 

Mas só saber que as empreiteiras serão julgadas com mais rigor e que há poderosos empresários vendo o sol nascer quadrado em celas de presos comuns pode não ser tudo, mas faz de 2014 um ano não de todo ruim.

Zuenir Ventura é jornalista

sábado, dezembro 27, 2014

Lista global põe Petrobras entre as 20 empresas que mais poluíram em 2013

Relatório elaborado pela Thomson Reuters foi divulgado nesta semana.
Estatal diz que uso de termelétricas provocou alta nas emissões de gases.

 

Eduardo Carvalho Do G1, em São Paulo
Usina termelétrica da Petrobras em Duque de Caxias (RJ). Lista colocou a estatal brasileira entre as 20 empresas que mais emitiram gases-estufa em 2013 (Foto: Divulgação/Agência Petrobras)Usina termelétrica da Petrobras em Duque de Caxias (RJ). Lista colocou a estatal brasileira entre as 20 empresas que mais emitiram gases-estufa em 2013 (Foto: Divulgação/Agência Petrobras)
 
 
Infográfico empresas poluidoras (Foto: G1)

A Petrobras foi apontada como uma das 20 empresas do mundo que mais lançaram gases-estufa à atmosfera em 2013, de acordo com relatório que analisou as emissões das 500 maiores companhias do planeta, feito pelo grupo de comunicação e informação financeira Thomson Reuters.


O estudo divulgado nesta semana informa que, sozinha, a estatal brasileira emitiu 73,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente (medida que soma a concentração de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e outros gases), ficando na 20ª posição do ranking.

Somados os poluentes da Petrobras e de outras 19 corporações de países como China, Índia, Alemanha e Estados Unidos, o total emitido salta para 2,76 gigatoneladas de CO2 equivalente.
Já as 500 empresas juntas lançaram 4,96 gigatoneladas de poluentes, 13,8% do total das emissões globais de 2013, que vêm da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e outras atividades humanas.

O documento não apresenta o quanto de gases foi produzido pela companhia brasileira em 2010, ano-base considerado pelo relatório. 

Mas a Petrobras admite o acréscimo nas emissões, alegando que é resultado do uso acentuado de termelétricas, acionadas “em níveis acima da média usual” em função dos baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas (leia mais abaixo).

O montante de gases-estufa produzido pelo “grupo dos 500” é 3,1% maior em relação a 2010. 

A alta é preocupante já que, segundo o relatório, é preciso diminuir a quantidade de gases-estufa, não aumentá-la. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o ideal era que, por ano, as emissões do setor privado caíssem em média 1,4%. 

O que se viu, no entanto, foi uma alta anual média de 1%.
De acordo com um painel internacional de cientistas ligado à ONU, o IPCC, uma maior quantidade de gases-estufa na atmosfera pode aumentar a temperatura do planeta e causar distúrbios no clima, como secas, enchentes, degelo dos polos e aumento do nível do mar.

Os especialistas afirmam que é preciso diminuir entre 40% e 70% do total de gases lançados até 2050 e zerar essa taxa até 2100 para conter a elevação da temperatura global em 2ºC. 

A temperatura média da Terra já subiu 0,85ºC com relação à era pré-industrial.
222 tiveram redução nas emissões
De acordo com Tim Nixon, diretor de sustentabilidade da Thomson Reuters e coautor do relatório, 222 empresas da lista apresentaram queda das emissões. 


Algumas por investir mais na inovação tecnológica e eficiência energética. Outras, por desinvestimentos ou problemas econômicos.

A Vale S/A, mineradora do Brasil, é apresentada no documento como exemplo de redução de emissões após alterações na estrutura da companhia. 

A diminuição de investimentos na área de alumínio e ferro-gusa ajudaram a cortar em 23% o montante de gases-estufa produzido.

Segundo ele, as empresas em questão estão dispostas a “descarbonizar” a economia, ou seja, contribuir para diminuir os impactos ambientais e frear o aquecimento global. 

No entanto, é preciso traçar uma trajetória melhor para ter mais êxito nesta luta.

O país utiliza menos de 30% do seu potencial de eficiência energética ficando na 15ª posição entre 16 economias analisadas".
 
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), disse que o setor privado reconhece seu papel na luta contra a mudança climática, primeiro, para reduzir a sua exposição aos riscos e, segundo, para aproveitar as oportunidades existentes.

No entanto, barreiras como o alto custo para investir na eficiência energética ainda precisam ser vencidas no Brasil. 

"Sua viabilização ainda é difícil por uma série de questões das empresas, instituições financeiras, regulatórias e do governo. 

Há disponibilidade de crédito para essa área, mas, mesmo assim, os índices de eficiência em comparação com as principais economias do mundo são baixos. 

O país utiliza menos de 30% do seu potencial de eficiência energética, ficando na 15ª posição entre 16 economias analisadas", disse ela.

De acordo com a porta-voz do CEBDS, a sensibilização sobre a questão ambiental e climática ainda está, em grande medida, presente apenas nas grandes empresas. 

Mas que já existe articulação para que as "maiores" influenciem as pequenas e médias, que compõem a cadeia de fornecedores.

Seca tem culpa no aumento de emissões


Em nota, a Petrobras informou que, "diferentemente das demais empresas de petróleo, a empresa considera as emissões geradas pelas atividades das termelétricas em seu inventário, o que, comparativamente, gera um resultado mais alto no total de emissões".


De acordo com a estatal, em função do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o uso de termelétricas tem sido feito "em níveis acima da média usual". 

A Petrobras possui 21 usinas térmicas, parte movida a diesel, combustível poluente, parte movida a gás natural.

Sobre investimentos para diminuir as emissões de gases-estufa, a empresa afirma que tem investido "em projetos de eficiência energética, melhorias operacionais, maior aproveitamento do gás natural na atividade de exploração e produção de petróleo, além de investimentos em pesquisa e tecnologia".

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

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