Cerimônia coletiva foi em cartório de Campinas nesta quinta-feira (21).
'Satisfação', diz enfermeira ao usar sobrenome de companheira pela 1ª vez.
O casal Nareman e Delisie após caasamento em
Campinas (Foto: Fernando Pacífico / G1 Campinas)
Enquanto muitos optaram por ternos e vestidos de noivas sofisticados -
alguns até extravagantes -, a recepcionista Nareman e a enfermeira
Delisie Martins de Souza preferiram simplificar no traje usado durante a
cerimônia do 1º casamento gay coletivo
de Campinas (SP), na tarde desta quinta-feira (21). A escolha pela cor
branca e poucos adereços, explicaram, foi para pedir paz e valorizar a
real simbologia da união.
"O mais interessante é o significado do casamento. Frequentamos a
umbanda e o branco é tradicional e representa a luta contra o
preconceito", reiterou Nareman, de 55 anos. A cerimônia presidida pela
juíza de paz Aline Priego, no 3º Cartório de Registro Civil, reuniu 16
casais - sendo 12 constituídos pela união entre mulheres. Veja fotos da cerimônia.
Sobre o fato da união entre mulheres ter representado 75% do casamento
coletivo, Nareman considera que o público masculino é alvo de mais mais
preconceito. "Acredito que seja mais agressivo contra eles, há muitas
pessoas escondidas", ponderou.
Festa
Antes de iniciar a confraternização promovida pelos recém-casados para
convidados na Estação Cultura, a enfermeira mostrou entusiasmo ao
mencionar o mesmo sobrenome da companheira, após 13 anos de
relacionamento.
"Satisfação. Esta é a melhor palavra", resumiu Delisie, de 36 anos. O
casal possui união estável há cinco anos e passará a lua de mel na Praia
do Itararé, São Vicente, litoral de São Paulo. "Lá existe um espaço
para o público LGBT. Viajamos amanhã", disse Nareman.
Casamento gay emociona noivos, em Campinas, SP (Foto: Fernando Pacífico / G1 Campinas)
Medo da exposição
Embora acreditem que o casamento coletivo tenha sido passo importante
na luta contra o preconceito, o casal preferiu que as três filhas - dos
casamentos anteriores - não acompanhassem a cerimônia. "Ficamos com medo
da exposição. Por causa da escola, elas poderiam vir a sofrer algum
tipo de brincadeira constrangedora", ponderou Delisie.
Cerimônia
Foi em um sala completamente lotada por padrinhos, convidados e
imprensa que os 32 noivos trocaram alianças no primeiro casamento gay
coletivo de Campinas. O primeiro casal a
formalizar a união foi a enfermeira Kátia Marins e o transexual Márcio
Régis Vascon. Eles se conheceram quando o então guarda municipal fazia
patrulhamento no local de trabalho dela.
Casamento gay coletivo reuniu 32 noivos, em
Campinas (Foto: Fernando Pacífico / G1)
Na sequência, foi a vez do jornalista Deco Ribeiro e da drag queen
Lohren, que, após trocarem o tradicional beijo e alianças, festejaram
com seis padrinhos e uma chuva de arroz entre os convidados.
“Agora posso dizer que eu tenho uma família. E ninguém mais pode negar
esse direito que sempre tive, mas antes era negado”, reiterou Lohren.
Durante confraternização na Estação Cultura, os noivos foram recebidos
por pelo menos 150 convidados, ao som da marcha nupcial, seguida da
música "Eu sei que vou te amar" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
Procura
A Prefeitura informou que houve 27 inscrições
para a união coletiva no Centro de Referência LGBT, mas 11 casais
desistiram de participar ao não quitar a taxa do cartório de R$ 340.
Cada casal poderia levar dez convidados para a cerimônia e a organização
da festa foi feita pelos noivos, com auxílio do centro de referência e
espaço cedido pelo município.
Legislação
A norma que regulamenta o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo
foi publicada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) em
dezembro do ano passado. Desde 1º de março, casais gays que quiserem
oficializar a união não precisarão recorrer à Justiça.
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o casamento gay em maio de 2011.
Carlos Alberto e Ivair Barbosa exibem alianças após casamento, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico/ G1)
COMENTÁRIO:
Não sou nenhum Silas Malafáia e nem tão pouco represento nenhuma denominação evangélica ou outra, mas tenho a autoridade de Deus para apresentar para os adeptos do relacionamento homossexual o que a Bíblia diz sobre o assunto em Romanos capítulo 1.
"23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si;
25 pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.
26 Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza;
27 semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.
28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm;
29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade;
30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais;
31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia;
32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam".
Agora é só colocarem Deus no banco dos reus.
Valter Desiderio Barreto.