Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quarta-feira, julho 11, 2012

Assassino de Décio Sá diz que não é um 'monstro'; veja entrevista

Jhonatan de Souza Silva, 24 anos, falou ao repórter Alex Barbosa.
Conheça perfil do jovem que, segundo a polícia, já matou mais de 40 pessoas

O paraense Jhonatan de Souza Silva, 24 anos, assassino confesso do jornalista Décio Sá, diz que já perdeu a conta de quantas pessoas matou e que costuma deixar uma marca em seus crimes: "Sempre três tiros na cabeça. É garantia de morte". Mas afirma que não sente prazer em matar e não se considera um monstro.

Preso em São Luís, Jhonatan deu uma entrevista exclusiva ao repórter Alex Barbosa, exibida no JMTV 1ª edição desta terça-feira (11); assista no vídeo acima.
Segundo a polícia, ele já assassinou mais de 40 pessoas e é um dos maiores matadores do Norte e Nordeste do país. Jhonatan foi preso quase dois meses depois do seu crime mais recente: o assassinato do jornalista Décio Sá, no dia 23 de abril, em um bar na Avenida Litorânea. Ao ser detido pelos policiais, o matador disse ter sido contratado por uma quadrilha de agiotas para matar Décio e revelou ser um pistoleiro de aluguel.

Na entrevista, Jhonatan respondeu com aparente tranquilidade a todas as perguntas. Ele chegou com a barba bem feita e, preocupado com a aparência, pediu que a produção arrumasse a gola da camisa, pois ele queria causar uma boa impressão.

Vida

Jhonatan teve uma infância comum. Foi criado na pequena Xinguara, cidade com 50 mil habitantes no sudeste do Pará, quase na divisa com o Tocantins. Sonhava ser jogador de futebol mas preferiu o caminho do crime. Jhonatan contou que cometeu o primeiro assassinato aos 14 anos e que esse não foi por encomenda.

A polícia diz que, a cada depoimento, Jhonatan deixa escapar mais um de seus assassinatos. Nas contas dos investigadores já são quase 50 vítimas, embora, até o momento, ele responda por 5 homicídios. Jhonatan contou à polícia que foi contratado pela mesma quadrilha que encomendou a morte de Fábio Brasil para matar Décio Sá, por causa das denúncias contra os agiotas que o jornalista vinha fazendo em seu blog na internet. O assassino diz que não sabia que se tratava de um jornalista.

Assassino frio

O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, falou que o perfil do assassino impressiona. “De todos os homicidas que se dedicam à morte por encomenda, o que mais nos surpreendeu foi o Jhonatan pela forma como ele narra os crimes e pela total falta de arrependimento”.
O psiquiatra Ruy Palhano analisou a entrevista e afirmou que Jhonatan não sente remorso do que fez. “Desde o começo da entrevista, ele não mudou a expressão. Você não vê qualquer mudança no olhar. E essa coisa de não mudar a fisionomia, não demonstra qualquer remorso, arrependimento por mais horrendo, mais bárbaro, mais agressivo que tenha sido o crime”.

Confira a entrevista que Jhonatan de Souza Silva, assassino confesso do jornalista Décio Sá, deu ao repórter Alex Barbosa:

Na sua definição, quem é o Jhonatan de Souza Silva?

Eu me descreveria assim: uma pessoa não normal pro olho da sociedade, entendeu? Até porque eles me têm assim, como um monstro, eu não me descreveria assim, um monstro porque eu não sou uma pessoa assim, violenta, entendeu? Eu não demonstrava pra ninguém o que eu faço. Pra mim eu sempre vivi assim o mais simples possível, acima de qualquer suspeita. Eu acho que era o meu trabalho,entendeu? O que eu fazia, e eu entendo assim como uma forma natural no mundo onde eu vivia.

Como foi a sua infância?

Minha infância, até os 12 anos de idade, eu morei no interior, na roça mesmo, o meu pai tinha terra. Eu era o mais velho e ficava cuidando dos meu irmãos. Mexia com gado, serviço de roça. Com 12 anos de idade nos mudamos todo mundo pra rua e eu fui estudar. Era uma infância normal mesmo de criança. Eu estudava, brincava com os colegas, jogava bola no colégio, era essa minha infância.
Você era uma criança tranquila?
Tranquila, nunca fui assim estourado, uma criança brigona, não. Já tive uma consfusões de colégio mas nunca fui muito agressivo.
Qual era o seu sonho?
Quando criança todo mundo quer ser jogador de futebol, né? isso é mais ou menos o sonho de todo mundo. Mas, não foi por ai. O caminho foi outro.
A sua relação com seus pais era tranquila?
Era sempre tranquila minha convivência com meus pais. Eu nunca fui agressivo com a minha mãe, nem com meu pai. Sempre respeitei todos os dois. Eu brigava com meu irmão, com a minha irmã, briga de menino, mas o meu pai e minha mãe eu sempre respeitei. Nós somos três irmãos, eu e mais um casal.
Como foi a sua adolescência? foi diferente da adolescência dos outros meninos da sua idade?
Foi diferente assim... eu nunca fui assim de ter muitos amigos, entendeu? Eu tinha poucos amigos e  minha adolescência não foi assim mais no meio dos meninos. Eu já ficava mais num mundo já...com um pessoal já do crime.
Como você entrou para o mundo do crime?
Foi conhecimento de pessoas em ruas, o meu pai já tinha separado da minha mãe, eu morava com meu pai, e a gente morando com pai tem mais liberdade do que junto com a mãe, né? O meu pai não era sempre presente, ele trabalhava e eu sempre saia com meus amigos e eu já tinha amigos que se meteram com pistoleiro e morreram em 2005.
Você já tinha referências de gente que já trabalhava com pistolagem?
Eu já tinha conhecimento. Já conhecia.
Isso te influenciou de alguma forma?
Eles assim não, entendeu? Mas eu tinha vontade, entendeu? Dentro de mim eu tinha vontade de ser aquilo porque quem fazia aquilo na época tinha a roupa que queria, tinha uma moto, um carro, as coisas que todo mundo quer ter. Aquilo desperta na gente a vontade de ter também, de estar no meio.
Você tinha medo, preocupação de como iria ser?
Medo assim... eu não tinha medo. Na época eu era muito novo, a pessoa quando é muito novo, geralmente, não tem muito de quase nada, sempre quer estar em aventura.
Como foi a primeira vez que você puxou o gatilho?
A primeira vez foi uma discussão que teve e na mesma da hora eu acabei cometendo o homicídio. Foi lá em Xinguara também, lá onde eu morava.
Quem era? era alguém mais jovem ?
Foi confusão, na época. Ele não era novo, não. Eu era novo na época.
Foram tiros?
Foi tiro de 38.
Quantos?
Cinco tiros.
O que você sentia na hora?
Na hora eu sento aquela ansiedade, aquela agonia. Você não fica a mesma coisa, entendeu? é agoniante. A gente só quer sair, se esconder e esperar a poeira baixar.
E tinha gente em volta? Foi premeditado?
Foi premeditado porque não tinha gente não. Tava um dia de domingo e não tinha ninguém na rua, praticamente.
Tinha havido algum desentendimento?
Já tinha havido. Foi programado porque ele tava bebendo, bebeu a noite toda num bar lá, e de manhã  cedo foi feito.
O que você sentiu nessa noite?
Nessa noite eu fui pra outra cidade, fiquei lá até a noite, até escurecer. Não deu nada, não saiu conversa, não saiu nada e eu voltei. Fui embora não, fiquei por lá mesmo.
E ficaram sabendo que foi você?
Ninguém ficou sabendo. Só que quem sabia nós éramos amigos, convivência. Em casa meus pais não sabia, meu pai, nem minha mãe.
Em algum momento você se arrependeu?
Não. Na época não.
Quando você matou pela primeira vez, você sentiu que poderia matar outras vezes?
Senti. Já senti a partir do primeiro. O difícil é o primeiro, depois do primeiro já se torna vontade.
Você sentia vontade de fazer isso?
Vontade assim, de estar no meio, de fazer aquilo por dinheiro, pra obter dinheiro.
Você dormiu bem naquela noite?
Assim, foi de manhã né? eu tinha passado quase a noite acordado, dai passei o dia acordado e fui dormir a noite que quando eu voltei eu tava cansado. Ai eu dormi tranquilo.
Você chegou em algum momento a pensar que ele tinha família? Isso passa pela cabeça de alguém que mata?
Eu fiquei sabendo assim, que ele tava lá pra matar um amigo meu, entendeu? Ele era matador também. Além da confusão ele tava lá pra matar um amigo meu.
Nesse caso você fez sem peso na consciência?
Sem peso na consciência.
Você tem ideia de quantas pessoas já matou?
Eu já perdi a conta, eu tenho uma base, mas eu não quero falar quantos são.
Mais de quarenta?
Eu não quero falar.
Quando você decidiu virar um assassino de aluguel?
Depois que aconteceu isso, eu fiz isso junto com um pistoleiro e depois disso apareceu uns convites. Ele que fazia a negociação. Eu pilotava a moto pra ele matar. Pilotei várias vezes. Ai depois ele morreu, em 2005. Ele e um parceiro dele. Ai de 2005 pra frente eu já comecei a matar.
Como é a contratação do serviço?
É sempre alguém que vai e entrega a foto e me dá, mais ou menos, o paradeiro da pessoa, o lugar aonde acha mais fácil. E ai a gente investiga e sempre encontra.
Essa investigação demora muito?
Depende muito. Se a pessoa se encontrar na cidade fica mais fácil. Mas já teve muita gente de ir atrás e não achar, largar de mão.
O que você sente quando você aperta o gatilho?
O que eu sinto?
Isso.
Não dá pra descrever o que se sente. No passar do tempo se torna uma coisa comum, não afeta, não abala assim tanto mais como da primeira vez que se faz.
Teve alguém que ja pediu para você não fazer?
Não porque sempre é localizado. Chega, mata e vai embora. Não tem isso de pegar, sequestrar e a pessoa chegar e implorar pela vida, não. É sempre muito rápido.
Você tem uma marca sua, uma assintura?
É...tem assim..na cabeça, né?, o lugar de matar é na cabeça. Na cabeça é garantia da morte.
Sempre mais de um?
Sempre três.

Teve alguma vez que você não queria fazer, depois de ter pesquisado sobre a pessoa?
Humm... (pausa) não que eu tenha lembrança.
Jhonatan, você tem medo de alguma coisa?
Tenho, de morrer, né? Todo mundo tem medo de morrer, quem não tem?
Por quê?
Assim, pela vida que eu vivo, ninguém nunca tem a certeza da vida. Eu vivo uma vida que você sabe que qualquer hora pode morrer. Por isso que eu não tenho muitos amigos, até. Eu não ando em qualquer lugar.
Você já pensou em parar?
Já tinha pensado em parar. Inclusive quando eu saí em outubro, eu tinha saído decidido a não matar mais ninguém. De viver minha vida diferente, de ter outra vida. Mas, devido a alguma influências, eu não vou citar nome de ninguém e eu jamais citaria. A gente acostumado a viver bem, com dinheiro, acabei me envolvendo de novo e foi onde eu acabei com a minha vida de vez.
Você gosta de matar?
Se eu gosto? Era o meu trabalho.
Você gostava do seu trabalho?
Era uma profissão. Era o meu trabalho, foi o que eu me acostumei a fazer. Então, era o que eu fazia.
Você acha que você fazia bem?
Acho que sim.
Você sentia prazer?Prazer, não. Ninguém sente prazer em matar. Mas era o que eu fazia.
Você tem quantos homicídios que a polícia sabe que foi você, que estão confirmados?
Cinco. Dois em Santa Inês, um em São Luís, um em Xinguara e um em Teresina. Esse de Xinguara eu sou suspeito, estou sendo investigado pela polícia. Esse em Santa Inês foram duas pessoas,confusão de bar. Duas pessoas foram presas comigo, que não tinham envolvimento, mas que responderam processo, mas fui eu que cometi o homicídio. A gente tava jogando sinuca e era apostado. Vinte reais. Ai ele tava perdendo, ele e uma outra pessoa, e na última rodada ele derrubou a bola e disse que o jogo tinha acabado. Ai eu pedi pra ele devolver o meu dinheiro que ele não tinha ganho. Ele disse que não ia devolver. Eu perguntei se ele não ia devolver o dinheiro e ele disse que não ia devolver, não. Ai minha namorada me puxou. Eu fui no banheiro e fiquei lá uns dez minutos. Peguei minha moto, fui em casa, busquei minha pistola e matei os dois.
Quantos tiros?
Foram seis tiros. Três em cada um.

Nesse caso você foi preso?

Fui preso no mesmo dia. Eu sai de habeas corpus.
Ai você pensou em parar?
Pensei. Porque eu já tinha sido preso duas vezez e tinha gastado muito dinheiro. Tudo com advogado.
Você ganhou muito dinheiro?
Nunca ganhei, não.

Mas os valores não são altos?

Alto assim nunca teve, não. Alto mesmo foram só esses dois aí e não foram pagos. Por isso que deu no que deu.
Tem alguma tabela? qual é o preço médio de um crime desses?
Depende da pessoa, do que ela é.
Uma pessoa comum seria quanto?
Comum eu não digo assim. Ninguém morre de graça. Eu não vou matar uma pessoa só por matar. Tem que ser uma pessoa que já deve ter feito alguma coisa. Então ela tem que ta morrendo, pagando pelo que ela fez.
Tem motivo que você recusa?
Tem. Um pai de família, por exemplo, eu já recusei. No mundo que a gente vive, no mundo do crime, tem suas leis.

Caso Décio Sá


Como foi a contratação?

Diz que tinha ele pra matar. Que ele era um fuxiqueiro, que metia o nariz em todo lugar e que tava prejudicando muita gente, e ele teria que morrer. Ele disse que ele era um blogueiro, não disse que ele era um jornalista. Falou o lugar onde eu poderia encontrar ele. O lugar era o João Paulo, era uma rádio comunitária que ele frequentava. Só que não era ele. Já no terceiro dia, ele disse que eu poderia achar ele na Mirante, só que ele não disse que ele era jornalista, ele disse que ele frequentava a Mirante. Eu fiquei num quiosque na praia esperando dar nove horas, quando deu o horário não demorou nada ele saiu. Aí eu segui ele.
Como foi a execução?
Eu entrei, ele tava sentado falando no telefone, aí eu arranquei a pistola e ele tentou correr. Aí eu atirei nele. Foram cinco tiros, três na cabeça.
Por que você não escondeu o rosto?
Eu não escondi meu rosto porque eu achava que não ia dar em nada. Eu não sabia que ele era um jornalista, eu achava que ia ser igual ao do Fábio Brasil. Aí eu fugi, subi na garupa da moto, vi uma viatura e pedi pra ele encostar. Subi o morro, troquei de camisa, enterrei a pistola.
Por que você havia dito que jogou a pistola no mar?
Eu disse porque ela veio de um capitão da polícia, que foi envolvido no crime. Ela foi dada pro Bolinha e eu comprei ela dele. Eu tinha esperança que através dessa pistola eles poderiam pagar o meu dinheiro. Se não me dessem meu dinheiro eu ia entregar a pistola. Ai depois eu perdi as esperanças.

O nome de alguma pessoas acabaram sendo envolvidos nesse caso, como o de um deputado, como você ficou sabendo da existência dessas pessoas?
Foi o Bolinha que comentou. No dia da contratação do Fábio Brasil ele já tinha mencionado o nome do Gláucio, do Miranda, e do capitão. Depois, quando eu fui pra fazer o Décio ele chegou a citar o nome do deputado, Raimundo Cutrim. Eu não tenho a certeza, entendeu? Eu ouvi ele dizer.
Em que contexto o nome do deputado foi citado?
A gente tava bebendo e ele é daqueles assim, de querer se "amostrar". Ele dizia "ah, o nosso grupo é forte", que ele podia fazer e acontecer que ficava por isso mesmo. Devido disso, ele chegou a citar o nome dele, dizendo que ele era o principal mandante.
Após cometer o crime, como você foi pra casa?
Eu andei uma longa distância e no meio do caminho eu fui pra casa. Ai eu cheguei e fiquei tranquilo em casa. Quando eu cheguei em casa eu tomei banho e fui dormir. Ai já tinha notícia. Aí que eu vi o tamanho da encrenca. Fiquei ainda uns três dias aqui e depois eu fui embora.
Por que você voltou?
Por causa do dinheiro. Eu vim cobrar. Se tivesse sido pago o dinheiro talvez nada disso tivesse acontecido.
E se ele não te pagasse?
Se ele não me pagasse em dinheiro, ele ia pagar com a vida. Essa vida é um compromisso, ele tinha que honrar o compromisso.
Você se arrependeu?
Eu me arrependi pelo preço que foi. Foi combinado um preço e pelos cem mil ele foi barato. Pelos cem mil ninguém matava ele e por não ter recebido. Se eles tivessem dito, realmente, quem ele era o preço seria outro e o dinheiro tinha que sair.
Você tem filhos?
Tenho um casal de filhos. Uma menina de dois anos e um menino mais novo. Eu não quero que o meu filho siga essa minha vida. Nenhum pai quer isso pra um filho. Eu quero que o meu filho estude.

Entenda o caso

Jhonatan Sousa Silva, de 24 anos, confessou ter assassinado o jornalista Décio Sá, com cinco tiros, em um bar da Avenida Litorânea, orla de São Luís, no dia 23 de abril. O pistoleiro confessou à polícia que matou o jornalista à mando de um consórcio de agiotagem, formado por seis pessoas, presas no dia 13 de junho.

Os empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho (34), seu pai, José de Alencar Miranda Carvalho (72), José Raimundo Sales Charles Jr. (38), Fábio Aurélio do Lago e Silva (32), Airton Martins Monroe (24) e o subcomandante da Polícia Militar do Maranhão, Fábio Aurélio Saraiva (conhecido como Fábio Capita), foram apontados por Jonathan, como envolvidos na morte do jornalista Décio Sá.

Jhonatan realtou, inclusive, que teriam encomendado o crime por R$ 100 mil, mas o valor não foi integralmente, o que motivou seu retorno para São Luís, no intuito de cobrar a dívida. Todos os suspeitos continuam presos e o homem, identificado como Diego, que pilotou a moto para Jhonatan no dia do crime, continua foragido.

Senador Demóstenes Torres é cassado e fica inelegível até 2027

Foram 56 votos pela cassação, 19 contra e 5 abstenções. Voto foi secreto.
Ele foi acusado de usar mandato para favorecer bicheiro Carlos Cachoeira.

Demóstenes Torres no Senado (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)Demóstenes Torres, durante a sessão que cassou seu mandato (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
O senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO) foi cassado nesta quarta-feira (11) por quebra de decoro parlamentar e ficará inelegível até 2027. Ele é acusado de usar o mandato para favorecer o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em votação secreta, 56 dos 80 senadores presentes votaram pela cassação, 19 foram contra e houve 5 abstenções. Com o resultado, Demóstenes se tornou o segundo senador cassado no Brasil; o outro foi Luiz Estevão, em 2000.
Para se confirmar a perda do cargo, aprovada anteriormente por unimidade no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça, seriam necessários, no mínimo, 41 votos de senadores. O único senador ausente na sessão foi Clovis Fecury (DEM-MA), que está de licença desde o dia 6 de julho.
Com a cassação aprovada, Demóstenes Torres tem seus direitos políticos suspensos por oito anos a contar do fim do mandato parlamentar, que se encerraria em 2019. Com isso, Demóstenes só poderá voltar a disputar eleições a partir de 2027, quando tiver 66 anos.
Em tese, ele poderia questionar a cassação no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda nesta terça (10), antes da decisão, o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, descartou uma apelação na Justiça. "Não vamos recorrer. A decisão do plenário é soberana. Não há como fazer qualquer tipo de recursos. Só nos cabe aceitar a decisão", disse o advogado.
Com a perda do mandato, Demóstenes também perde o foro privilegiado e deixa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, onde é alvo de inquérito. Como é procurador de Justiça do Ministério Público de Goiás licenciado, Demóstenes passa a ter como foro o Tribunal de Justiça de Goiás.
O senador cassado foi acusado de quebra de decoro parlamentar por suspeita de ter utilizado o mandato para auxiliar nos negócios do contraventor, preso pela Polícia Federal no fim de fevereiro durante a Operação Monte Carlo sob acusação de explorar jogos ilegais e corrupção. Poucos dias após a prisão, surgiram notícias do envolvimento de Carlinhos Cachoeira com Demóstenes Torres.
No lugar de Demóstenes deve assumir o primeiro-suplente, Wilder Morais - veja perfil. Segundo reportagem do jornal "O Globo" publicada nesta quarta, Wilder omitiu boa parte de seus bens na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Eu quero pedir aos senhores. Por favor, me deem a oportunidade de provar que sou inocente. Não acabem com a minha vida. Não me deixem disputar uma eleição só em 2030."
Demóstenes Torres, durante discurso no plenário do Senado
 
'Bode expiatório' e 'cão sarnento'
 
Demóstenes chegou ao plenário nesta quarta para sessão que votaria sua cassação antes dos colegas e permaneceu sentado durante os discursos. Antes da votação, voltou a negar ter favorecido o bicheiro e disse que foi um "bode expiatório" e "perseguido como um cão sarnento".

"Eu fui perseguido como um cão sarnento. Tudo o que aconteceu na minha vida e o que não aconteceu veio a público. Mandaram jornalistas para todo lugar de Goiás e do Brasil. Por que não apareceu meu nome em desvios? Eu fui investigado como ninguém no Brasil. E não apareceu nada, nada, nada. Aí começaram a inventar", disse Demóstenes.

"Eu quero pedir aos senhores. Por favor, me deem a oportunidade de provar que sou inocente. Não acabem com a minha vida. Não me deixem disputar uma eleição só em 2030", completou.
Apesar da votação secreta, a sessão, que começou às 10h11, foi aberta e as galerias do plenário já estavam repletas de pessoas convidadas por partidos, que receberam 100 senhas para assistir de perto.
O senador Demóstenes Torres com seu advogado no plenário do Senado (Foto: Agência Senado) 
O senador Demóstenes Torres com seu advogado
no plenário do Senado (Foto: Geraldo Magela/
Agência Senado)
 
Relembre o caso

No começo de março, a primeira denúncia indicava que Demóstenes havia recebido uma cozinha de presente do contraventor. No mesmo mês foram revelados indícios de que o então senador vazava informações do Congresso para Cachoeira. Depois disso, surgiram novas suspeitas de tráfico de influência em diversos órgãos federais. Em abril, Demóstenes deixou seu partido, o DEM, e passou a ser alvo de processo no Conselho de Ética.


Desde o início das denúncias, ele alegou que sua relação com Cachoeira, revelada em gravações da Polícia Federal, se limitaria à amizade e que não sabia de qualquer atividade ilegal. Em discursos e na defesa escrita, Demóstenes alegou que as inteceptações eram ilegais, por não terem sido autorizadas pelo STF, questionou a interpretação dada sobre os diálogos com Cachoeira e se disse vítima de perseguição política e da opinião pública.
Demóstenes adotou comportamento incompatível com o decoro mandato.
 
Discursos na sessão
 
A representação que pediu a cassação de Demóstenes por quebra de decoro parlamentar foi de autoria do PSOL. Em nome do partido, o senador Randofe Rodrigues (AP) usou a tribuna por 30 minutos para afirmar que o senador quebrou o decoro e defender a cassação.


Randolfe afirmou que as gravações feitas pela Polícia Federal entre Demóstenes e Cachoeira deixam claro que as relações entre o senador e o contraventor não eram apenas pessoais. "O que está em jogo é um sinal para milhões de brasileiros sobre a credibuliade de uma instituição", afirmou. "O diálogo mostra claramente o nível de relação entre Cachoeira e o representado [...] Muitas são as provas que mostram a conduta incompatível com o decoro parlamentar."

Antes de Randolfe, o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo no Conselho de Ética, afirmou que Demóstenes mentiu aos parlamentares ao negar sua relação com o contraventor.

"Vossa Excelência disse aqui que não sabia dos afazeres ocultos de Carlos Cachoeira. É muito difícil acreditar. Como poderia não saber das atividades criminosas? [...] Que amigo é este que não procura saber por que o amigo havia sido indiciado por seis crimes. Portanto, me perdoe, mas Vossa Excelência faltou com a verdade", disse o relator.

Quem também defendeu a cassação do mandato durante a sessão foi o senador Pedro Taques (PDT-MT), relator de processo contra Demóstenes na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo ele, Demóstenes "feriu de morte a dignidade do cargo".
"Demóstenes adotou comportamento incompatível com o decoro mandato. Ele feriu de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe aos parlamentares", disse no discurso.
O senador Demóstenes Torres com seu advogado no plenário do Senado (Foto: Honório Jacometto / TV Anhanguera) 
O senador Demóstenes Torres com seu advogado no plenário do Senado (Foto: Honório Jacometto / TV Anhanguera)
 
Histórico de cassações

Antes de Demóstenes, apenas um senador teve o mandato cassado: Luiz Estevão, então no PMDB-DF, perdeu o mandato sob a acusação de ter mentido no Senado ao negar envolvimento no desvio de R$ 169 milhões nas obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.

A cassação ocorreu no dia 28 de junho de 2000, com 52 votos a favor da cassação, 18 contra e dez abstenções. Além do mandato, Luiz Estevão perdeu os direitos políticos até 2014.

No ano seguinte, Antonio Carlos Magalhães, então no PFL-BA, renunciaria ao mandato antes da votação de um processo de cassação, motivado pela revelação de que obteve a relação dos votos da cassação de Luiz Estevão. O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, então no PSDB-DF e líder do governo, também renunciou, sob suspeita de ter fornecido a lista. Ambos foram eleitos novamente em 2002, ACM para o Senado e Arruda para a Câmara.

Ainda em 2001, Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou, também para evitar a perda de direitos políticos. Na época, ele presidia o Senado e era acusado de desvios no Banco do Estado do Pará, fraudes na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e venda de títulos da dívida agrária.

O processo mais recente de ameaça de cassação ocorreu em 2007, quando o então presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) foi acusado de ter as contas pessoais pagas por um lobista. Na época, ele renunciou à presidência do Senado e escapou da cassação.

Raul Filho autoriza CPI do Cachoeira a quebrar sigilos telefônico, bancário e fiscal

Raul Filho, prefeito de Palmas (Foto: Reprodução/TV Senado)
Raul e Darci: esquema cachoeira
Prefeito de Palmas nega envolvimento com bicheiro, apesar de imagens confirmarem. Pelos menos o prefeito autorizou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico para a CPI. 

Mas em Parauapebas, cujo prefeito DARCI tentou arranjar para a DELTA um dos maiores contratos do país e contratou a JM TERRAPLANAGEM, empresa que a CPI suspeita ser do esquema do bicheiro Cachoeira, não tem ainda qualquer investigação, nem pelo "atuante" Ministério Público. 

A JM TERRAPLANAGEM contratada pelo DARCI é que anda fazendo o asfaltamento de alguns bairros, claro em ano eleitoral.

Mas é de se perguntar de DARCI abriria seu sigilo bancário, fiscal e telefônico e de familiares? Também é de se perguntar se os principais secretários do Darci, apenas os que estão envolvidos na campanha abririam seus sigilos e dos seus familiares para uma CPI, será!?
 
Fonte: Blog Sol do Carajás.

"SHIRLEAN DA LEOLAR É 55.356" BATE RECORD EM RECEBIMENTO DE MENSAGEM DE APOIO A SUA CANDIDATURA.



4 Comentários -
1 – 4 de 4
AnônimoAnônimo disse...
Parabéns Shirlean Rodrigues Costa, pela iniciativa, a cidade precisa de representantes como você, pessoas integras que logra êxitos como gestor, é um empreendedor competente.
Com certeza a população e amigos Parauapebas apoiará nesta luta em concorrer uma vaga representando a comunidade Parauapebense.
Deus abençõe! Sucessos.
Gina - Barretos SP.
10 de julho de 2012 09:20

AnônimoAnônimo disse...
Meus Parabéns Pai! Ao Senhor e a todos seus colaboradores...

Você é uma pessoa maravilhosa e um otimo gestor. Concerteza vai fazer dessa cidade um exemplo para as demais...
Sua familia e amigos estão com você.
10 de julho de 2012 18:47

AnônimoAnônimo disse...
Este candidato será um dos vereadores mais bem votados em Parauapebas, e com certeza contribuirá para o crescimento do municipio e o mesmo irá ajudar o futuro prefeito de Parauapebas Valmir da Integral. Sabemos que essa transformação só acontecerá com o apoio da população local.
Assina: um dos milhares de amigos seu. Manoel Correia.
10 de julho de 2012 18:59

AnônimoAnônimo disse...
Parabéns Shirlean, realmente a população terá uma boa opção de voto, para vereador, e como você é pioneiro de Parauapebas, já pode contar conosco. Estamos muito felizes em saber que pessoas comprometidas com a nossa cidade estão se lançando ao legislativo. Valeuuuuuuuuu!!!!!!!!
Assina; Abenilton Sousa
10 de julho de 2012 19:07

terça-feira, julho 10, 2012

CARRO DE PASTOR DA UNIVERSAL PEGA FOGO COM 100 MIL REAIS ESCONDIDO NO CAPÔ.


Na última semana um carro importado foi encontrado em chamas pela Polícia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro próximo a Barra Mansa (RJ). O veículo, um Mitsubishi Airtrek, foi abandonado com cerca de R$100 mil, quando pegou fogo, no km 276 da Rodovia Presidente Dutra, que liga Rio a São Paulo. Nessa semana, a polícia identificou um pastor evangélico como proprietário do carro.

De acordo com a polícia, cerca de R$ 100 mil foram encontrados escondidos no compartimento do motor do veículo, dentro de um saco de ração animal. Inicialmente a polícia acreditou se tratar de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, por terem sido encontradas cédulas de R$ 2, R$ 5, e R$ 50. 

Porém, agora, a polícia identificou José Rodrigo da Costa, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, como proprietário do veículo.

O carro havia sido comprado no dia anterior, em dinheiro, em uma revendedora de veículos localizada no bairro da Freguesia do Ó, na capital paulista. O pastor foi identificado como o comprador pelo comerciante Emerson Pereira, de 32 anos, dono da revendedora. Como a compra era recente, a transferência de propriedade ainda não tinha sido providenciada.

O carro do pastor foi encontrado pela polícia com R$ 100.000,00 embaixo do capô
Pereira disse ao radialista Tico Balanço, da Rádio Sul Fluminense que havia vendido o carro ao pastor no dia 30, e que ele havia afirmado que viajaria no outro dia para o Rio, onde, com dinheiro do dízimo dos fiéis, ia montar uma igreja.

Testemunhas afirmam ter visto quando um casal tentou conter o fogo e fugiu diante da aproximação dos bombeiros. Eles teriam entrado em um carro que estava parado na outra pista da rodovia, sentido Rio. O veículo foi levado para o pátio da delegacia de Barra Mansa, onde foi periciado junto com as cédulas. A polícia também aguarda o resultado do laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). 


Carro abandonado tinha R$ 100 mil reais escondido no motor

BARRA MANSA — Foi identificado como José Rodrigo da Costa, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, o dono do Mitsubishi Airtreck, placa MQS-6870 (SP), que pegou fogo no dia 1º deste mês, na Via Dutra, em Barra Mansa, no Sul Fluminense. Na ocasião, o veículo foi abandonado quando estava em chamas, e mais de R$ 100 mil que estavam no motor do automóvel foram queimados parcialmente.

O nome do pastor foi revelado pelo comerciante Emerson Pereira, de 32 anos, dono de uma revendedora de veículos Barut, localizada no bairro da Freguesia do Ó, na capital paulista. Ele esteve recentemente na 90ª DP (Barra Mansa), onde prestou depoimento ao delegado adjunto Michel Floroschk, que investiga o caso.

O comerciante comentou com o radialista Tico Balanço, da Rádio Sul Fluminense, após o depoimento, que o pastor comprou o carro na agência dele no dia 30 de junho. Ainda segundo Emerson, o pastor disse que viajaria no outro dia para o Rio, onde, com dinheiro do dízimo dos fiéis, ia montar uma igreja.

A polícia não tem mais dúvida da procedência do dinheiro. Foram encontradas cédulas de R$ 2, R$ 5, e R$ 50 — fato que fez com que o policial rodoviário federal Carlos Fernandes Nogueira suspeitasse na época que o dinheiro fosse de traficante. A polícia chegou ao dono da agência de veículos por meio da placa do veículo. Emerson disse que o pastor adquiriu o carro à vista, em dinheiro.

A transferência de propriedade ainda não tinha sido providenciada. O carro foi encontrado pegando fogo no km 276 da estrada, próximo a Barra Mansa, por bombeiros que foram acionados pela Concessionária Nova Dutra, que administra a rodovia. Testemunhas viram quando duas pessoas tentaram conter o fogo e fugiram diante da aproximação dos bombeiros. Eles entraram num carro que estava parado na outra pista da rodovia, sentido Rio.

A polícia agora tenta localizar o comprador. O delegado disse que pretendem descobrir por que o dinheiro estava escondido dentro do motor do veículo e também por que o suposto pastor fugiu abandonando o carro importado.

O veículo foi levado para o pátio da delegacia de Barra Mansa, onde foi periciado junto com as cédulas. A polícia também aguarda o resultado do laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Informações O Globo.

Colaboração enviada pelo Poeta Cordelista da cidade de Cedro, Ceará, Valmir Pereira dos Santos. Irmão deste blogueiro.

GUERREIRO DO SENHOR



Sou guerreiro do Senhor
Destemido e implacável
Sou invencível e demolidor
Contra o pecado intolerável

Luto contra um adversário
Muito forte e invisível
Ele é perverso e ordinário
Sua ação é imprevisível

O pecado que habita em nós
Faz de Deus nos separar
Impede-nos de Deus, ouvir Sua voz
E desse mal nos libertar

Esse inimigo de nossas almas
Ignorá-lo nós não podemos
Busquemos em Deus as nossas armas
Com fé e coragem o venceremos

Enquanto no mundo eu viver
Contra o pecado me oporei
Sei que com Deus posso vencer
É a decisão que eu tomei

Quando tomei a decisão
De minha vida consertar
Implorei a Deus de coração
Não quero mais prá trás olhar

O meu passado Deus conhece
Ninguém se esconde do Criador
Perdão a nós Ele oferece
Tornando-se nosso Redentor.

Autor: Valter Desiderio Barreto
Parauapebas, 10 de julho de 2012.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "SHIRLEAN DA LEOLAR É 55.356":



Parabéns Shirlean Rodrigues Costa, pela iniciativa, a cidade precisa de representantes como você, pessoas integras que logra êxitos como gestor, é um empreendedor competente.
Com certeza a população e amigos Parauapebas apoiará nesta luta em concorrer uma vaga representando a comunidade Parauapebense.
Deus abençõe! Sucessos.
Gina - Barretos SP.

Raul Filho-PT explicará esquema Cachoeira em Palmas para os membros da CPI

Em Parauapebas empresa suspeita de participação no esquema do bicheiro Cachoeira continua no governo DARCI


Raul Filho, prefeito de Palmas, enfrenta novas denúncias / Divulgação
Prefeitos do PT em Palmas, Raul Filho, e em
Parauapebas, Darci Lermen:  DELTA
Raul Filho (PT) tentará esclarecer negociações feitas com Cachoeira em 2004. 

A CPI mista que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e empresas privadas se reúne pela última vez, antes do recesso parlamentar, nesta terça-feira (10) para ouvir o depoimento do prefeito de Palmas (TO), Raul Filho (PT). 

O político foi convocado depois de ser flagrado em vídeo negociando dinheiro para campanha eleitoral de 2004 com Cachoeira. Em troca do financiamento, Raul Filho ofereceu cargos e favorecimento em licitações da prefeitura para o grupo do bicheiro.

A Delta obteve contratos milionários em Palmas. A empreiteira é apontada pela Polícia Federal como integrante de um esquema corruptor do qual Cachoeira também faz parte.

Em Parauapebas a DELTA venceu uma licitação no governo DARCI de cerca de R$ 148 milhões de reais.
 
Fonte: Blog Sol do Carajás.

Moradores de rua que acharam R$ 20 mil ganham proposta de emprego

Dono de restaurante furtado em SP convidou casal para trabalho.
'Eu me lembrei que sou gente', disse homem ao ganhar refeição.

Casal recebe refeição em restaurante da Zona Leste de SP (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Casal recebe refeição em restaurante da Zona Leste de SP (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Os proprietários do restaurante japonês que foi furtado na madrugada desta segunda-feira (9) ofereceram emprego para o casal de moradores de rua que encontrou, e devolveu, os R$ 20 mil levados pelos ladrões. O crime aconteceu no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo.

O casal estava sob um viaduto da Radial Leste quando ouviu o alarme de uma empresa de ferragens disparar. Em seguida, os dois foram verificar do que se tratava e encontraram um malote e um saco plástico de lixo repletos de dinheiro. Eram cerca de R$ 17 mil em notas e R$ 3 mil em moedas. De posse do dinheiro, os moradores de rua procuraram um segurança da empresa e pediram para ele chamar a Polícia Militar.


Um dos sócios do restaurante invadido, Miguel Kikuchi, de 42 anos, disse não ter acreditado quando a polícia ligou e o informou que o dinheiro havia sido encontrado e devolvido. “Pensei que era trote”, afirmou. “É inimaginável que alguém faria uma coisa dessas. Difícil de acreditar.”
Comovidos, os proprietários fizeram duas propostas: bancar a viagem dos dois para o Maranhão ou para o Paraná, onde cada um tem família, ou oferecer condições para que ambos saíssem da rua.

O casal, que trabalha catando material reciclável nas ruas da capital e vive há mais de um ano na rua, decidiu na hora pela proposta de emprego. “Vou ganhar treinamento para me capacitar e aprender alguma coisa”, disse Rejaniel de Jesus Silva Santos, de 36 anos. “Da limpeza até a cozinha, posso trabalhar onde quiserem.” O homem contou que era auxiliar de limpeza antes de ir morar na rua. “Eu perdi o emprego e tive que vender minha casa, na Divineia, região de São Mateus [Zona Leste].”
Miguel recebe Rejaniel em restaurante de SP (Foto: Paulo Toledo Piza/G1) 
Miguel recebe Rejaniel em restaurante
de São Paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
 
Depois de devolver o dinheiro, Santos e a mulher, Sandra Regina Domingues, também com 36 anos, foram levados até o restaurante japonês e fizeram uma refeição bem brasileira: bife, arroz, feijão e batata frita. “Uma vez na vida eu me lembrei que sou gente. Há tanto tempo eu não me sento para ter uma refeição tão boa.”

Rejaniel contou que ganha, em média, R$ 100 por mês. Com esse “salário”, para juntar os R$ 20 mil teria que trabalhar mais de 16 anos e meio, sem gastar nada. “Melhor ter o seu dinheiro suado do que usar um dinheiro roubado”, afirmou.

Apesar de estar feliz com a proposta de emprego, Sandra disse que se sente apreensiva. “Me ameaçaram depois que devolvi o dinheiro.” Por questão de segurança, o casal não voltará para o viaduto que usava como lar nos próximos dias. “Não quero voltar nunca mais para lá”,

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...