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segunda-feira, setembro 05, 2011

Vale priva seu funcionário de viver em sociedade

Juiz Federal do Trabalho Jônatas de Andrade


Lotado na Vara Federal do Trabalho de Parauapebas desde 2007 e recém transferido para Marabá, o Juiz Federal do Trabalho, Jônatas de Andrade coleciona uma série de intervenções jurídicas benéficas aos trabalhadores da mineração no sudeste paraense. Acompanhe a entrevista de Brasil de Fato.

A mais emblemática foi contra a mineradora Vale, que reparou a hora “in itinere” (no itinerário) dos funcionários de suas casas a mina da Vale, condenando a companhia a recolher 200 milhões de reais ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador, administrado pelo BNDES), pela prática de “dumping social”, e mais R$ 100 milhões como danos morais coletivos, a serem pagos aos funcionários.

Em entrevista, o paraense de Santarém discorre sobre a pressão que sofreu para julgar o caso: “recebia dezenas de telefonemas por dia de pessoas contrárias à ação movida em favor dos trabalhadores”. Além de observações sobre as consequências do modelo de trabalho na maior província mineral do mundo: “não se trata de monetizar e sim de reduzir a jornada, pois a atual forma de trabalho na mina da Vale em Carajás significa acabar com a vida desses trabalhadores”.

Por fim ainda analisa as relações de trabalho na região amazônica e as sanções jurídicas que acredita serem importantes para coibir o trabalho escravo: “Eu prefiro a sanção econômica a colocar um escravocrata na cadeia”. Confira abaixo.

BDF- Quais as principais causas que geram questões jurídicas trabalhistas na região de Carajás atualmente?

JA- As principais causas de questões jurídicas na região estão ligadas à exploração econômica. Historicamente isso se explica pelo avanço da destruição da floresta, primeiro com o extrativismo, depois com o desmatamento para exploração da madeira e agropecuária. Mais recentemente, o vetor da produção mineral em larga escala e a necessidade da conjugação para a produção do aço -do ferro gusa em especial-, que precisa de 70 por cento de carvão. Então você tem duas lesões diretas que repercutem diretamente no nosso dia-a-dia: a ambiental e a trabalhista. Produzir carvão, por exemplo, pelas regras laborais e ambientais gera apenas 10% do custo da produção; essa equação explica a persistência do trabalho escravo e degradante na região, por uma questão econômica. Compensa mesmo, diante do risco de ser flagrado. O Estado, por sua vez financia mas não disciplina. Em Parauapebas (PA), a maior província mineral do mundial, só tem uma autoridade de nível federal que é o juiz do trabalho, falta uma estrutura estatal.

BDF – Parece que o Programa Grande Carajás, em toda sua cadeia de produção, implica ainda mais em desrespeito e precariedade ao trabalhador. A alta rentabilidade das empresas não oferece retornos significativos a trabalhadores e meio ambiente. Em sua opinião, porque isso acontece?

JA- Compensação é o que mantém a lucratividade, não há nada que force uma melhoria, que empurre isso no sentido contrario, é o Estado o responsável. Esse desrespeito e precariedade está ligado à forma de concorrência, inclusive desleal entre as empresas, proporcionado o Dumping Social. As empresas que respeitam as leis ficam sem condições de concorrer. Por isso a importância da intervenção do Estado. A justiça no trabalho de Parauapebas ficou 15 anos sozinha tentando conseguir que a Vale pagasse os horários referentes a itinerância dos funcionários, de suas casas à mina.

E esse órgão lá existe há somente 16 anos, para um projeto (Grande Programa de Carajás) que nasceu 30 anos atrás. Portanto, levamos 16 anos para corrigir um pequeno aspecto, que exigia uma reparação. Pois o trabalhador da Vale levanta às três da manhã, apanha o ônibus as quatro e chega na mina as seis.Sai as quinze horas, tendo mais duas horas e pouco aproximadamente para voltar. Chegando a sua residência as 18h. Assim, ele tem seu tempo livre de fruição pessoal das 18h as 3h da manhã. É um tempo que ele passa dormindo, portanto vive para trabalhar e dormir. Na folga joga-se no álcool e na prostituição; isso explica o alto índice de violência em Parauapebas. Essa é a forma com que se pratica o trabalho em Carajás, na segunda maior mineradora do mundo.

BDF – O senhor, quando atuava em Parauapebas, deferiu uma serie de processos que culminava em multas trabalhistas às empresas. O dinheiro recolhido era determinado para minimizar as demandas sociais da cidade, como saúde, cultura e educação. Na visão do senhor, isso faz com que a empresa não só pague apenas corretamente os direitos dos seus funcionários, mas contribua para equilibrar as questões sociais que as mesmas ajudam a deteriorar nessas cidades, sobretudo com o inchaço populacional?

JA -Isso decorre porque essa forma de vida levada pelos funcionários da Vale ainda implica em um prejuízo coletivo, pois a Vale priva o ser humano, seu funcionário, de viver em sociedade. Ele pode ser um técnico ou um engenheiro, não importa, ambos emitem valores na inserção social, isso é importante. Da forma como é hoje, a mineradora devolve à sociedade um ser humano, no dia de sua folga, em condições que acabam provocando problemas para a comunidade. Isso se caracteriza em uma lesão de natureza coletiva que foi reparada dessa forma, promovendo obras de usufruto da coletividade na própria cidade.

BDF- Como teriam que ser distribuídas as horas de trabalho desses funcionários, para que pudessem levar uma vida com um convívio social maior com a família e sociedade?

JA- São 21 mil trabalhadores hoje na mina de Carajás. Poderiam ser criadas mais 7 mil vagas, se dividir o trabalho em quatro turnos; isso está na Constituição Brasileira, é possível. As pessoas passariam a trabalhar apenas seis horas por dia. Mas a empresa se baseia na jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho que diz que você pode prorrogar esses horários e monetizar o funcionário, da forma como a Vale faz hoje. Ao meu ver, não se trata de monetizar e sim de reduzir a jornada, pois ao contrário acabar-se-ia com a vida desses trabalhadores.

BDF- O que realmente ganha a classe trabalhadora com o chamado progresso da região?

JA – Nós estamos construindo a história, o trabalhador ganhou muito pouco até agora, mas conseguimos melhorias em escolas, centros profissionalizantes, algum apoio, muito pouco. Isso é um processo em construção que pode ser revertido pela própria dinâmica da sociedade e do Estado.

BDF- Como foi enfrentar a gigante Vale, onipresente em diversas instâncias governamentais e da sociedade civil, para que o pagamento das horas “in itinere” pudesse ser reparado aos trabalhadores?

JA- Foi necessária uma boa articulação, para vencer a resignação. Houve uma serie de pessoas que nos ajudou. Num dado momento tive que me conceituar e ver se eu queria ser um juiz ou não, se valia a pena utilizar as ferramentas jurídicas. Nesse momento o apoio da família pesou muito, pois eu corria o risco de perder a função pelo poderio da empresa.

Tive uma pressão terrível de Brasília, inclusive de dentro do próprio judiciário e dos altos escalões superiores a mim para que eu não fosse à frente com o processo. Recebia dezenas de telefonemas por dia de pessoas contrárias à ação movida em favor dos trabalhadores, isso foi de meados de 2008 até o começo de 2010, ininterruptamente.

BDF- O que poderia modificar a região amazônica, onde atualmente se concentra ocorrência de trabalho escravo, baixos salários, condições de trabalhos precárias e subumanas e trabalhadores rurais expulsos de suas terras?

JA- Temos um cenário na região que nos leva a concentrar quase todas as formas e sistemas de produção, desde o capitalismo mais avançado até a questão escravocrata. Temos integrado alta tecnologia, matriz energética renovável, limpa e temos essas formas de produção precária do trabalhador, ainda mais graves devido à ausência do Estado. Mas a sociedade está se movimentando. A Comissão Pastoral da Terra –CPT- em 1980 mostrou isso quando se dizia que não existia trabalho escravo.

Tudo o que temos hoje a respeito de coerção contra esse crime foi fruto da mobilização da sociedade civil e da pressão internacional. O dano moral coletivo, infligido às empresas, foi fruto dessa pressão. É o que mais funciona. Eu prefiro a sanção econômica a colocar um escravocrata na cadeia.

Essa função criminal de encarcerar o infrator não adianta, se a atividade criminal não cessar em suas fazendas. Não defendo a impunidade, mas defendo que teríamos que empobrecê-lo, buscando, por exemplo, sanções internacionais que boicotem a carne produzida com trabalho escravo. Isso é mais efetivo do que eu tentar punir judicialmente a empresa, pois meu sistema jurídico é extremamente conservador, não modifica a situação.

Para entender
Denomina-se dumping social a prática na qual se busca vantagens comerciais através da adoção de condições desumanas de trabalho.

Para aprofundar
No ano de 2005, a riqueza criada por cada funcionário da Vale foi de US$ 302.700. Um funcionário custou em média para a empresa em torno de US$ 14 mil ao ano, portanto ele rendeu para empresa US$ 228.700. Considerando uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, significa que o trabalhador pagaria seu salário mensal com apenas 6 (seis) horas de trabalho.

Fonte: Movimento dos Atingidos pela Mineração


João Salame deixou um novo comentário sobre a sua postagem "DEPUTADO JOÃO SALAME FALA A ESTUDANTES DE PARAUAPE...":



Muito obrigado pelo convite. Foi ótimo poder expor o que penso para o nosso estado.

Aproveito para solicitar autorização para a utilização de algumas fotos para colocar no meu blog, é possível?

Um forte abraço,

João Salame

sábado, setembro 03, 2011

DEPUTADO JOÃO SALAME FALA A ESTUDANTES DE PARAUAPEBAS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO DOS ESTADOS DE CARAJÁS E O DE TAPAJÓS.

Vice-Diretor Prof. Alderi e o Ator Teatral Tonico

Diretor do Euclydes Figueiredo Prof. Sena

Deputado João Salame



Estudantes do Euclidão atentos a palestra do deputado.

Na última sexta-feira, o Deputado Estadual João salame, esteve no município de Parauapebas, atendendo convite de líderes educacionais para fazer uma explanação sobre a sua posição de dizer "SIM" a criação de mais dois novos estados, divindindo assim o estado do Pará.

O Deputado convenceu este blogueiro para votar SIM na criação do estado de CARAJÁS e na criação do estado de TAPÁJOS para o bem de todos os brasileiros que moram nas regiões desasistidas pelo poder executivo do Pará.

De acordo a explanação do ilustre deputado, o Pará para sair do caos que se encontra em todos os setores de sua administração, e seu iminente colápso, a única solução é a sua divisão em dois estados.

O estado do Pará não tem recursos nem para cobrir despesas elementares em setores estratégicos de sua administração em virtude da lei de responsabilidade fiscal que não permite mais gastança de seus gestores.

A extensão territorial do Pará dificulta a presença do estado nas regiões mais longíncuas da sede do governo. Finalizando sua fala, conclamou os presntes a palestra para engrossar a campanha Pró-Criação dos estados de Carajás e o de Tapajós.

FAP 2011 PARAUAPEBAS COMEÇA COM UMA GRANDE CAVALGADA PELAS PRINCIPAIS RUAS DA CIDADE.



















sexta-feira, setembro 02, 2011

PARAUAPEBAS TERÁ PRIMEIRO NÚCLEO DE CONFECÇÃO DE ARTEFATOS DE GRÃOS DE AÇAÍ EM ESCALA COMERCIAL.



Internautas organizam marcha contra corrupção no dia 7 de setembro

Internautas estão organizando uma marcha contra a corrupção no dia 7 de setembro, quando é comemorada a independência do país. O movimento ganhou mais adeptos depois da absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), segundo a organização do protesto.

Há duas semanas, um grupo de brasilienses lançou no Facebook, uma rede social, a ideia de fazer o protesto no Dia da Independência. Até a noite de terça-feira (30), mais de 9 mil pessoas tinham confirmado presença.

Segundo um dos organizadores da manifestação, Giderclay Zeballos, as confirmações praticamente dobraram depois que a Câmara dos Deputados arquivou o processo de cassação do mandato de Jaqueline Roriz, acusada de quebra de decoro após aparecer em uma gravação de vídeo recebendo dinheiro do operador do esquema de propina no governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, quando era candidata a deputada distrital.


“Muita gente ficou indignada com a absolvição”, disse Zeballos, analista de sistema.

Na página do protesto na rede social, os organizadores afirmam que a manifestação não tem apoio de partidos, sindicatos ou empresas. E surgiu da mobilização de cidadãos comuns diante das denúncias de corrupção, como as recentes ocorridas nos ministérios dos Transportes, do Turismo e da Agricultura. “A corrupção virou uma doença no Brasil. Sentimos que temos que fazer alguma coisa”, disse Zeballos.

Segundo ele, os próprios organizadores estão arrecadando com amigos e parentes recursos para a compra de material para a manifestação, como faixas e tintas.

O grupo pede que os participantes levem spray, apitos, balões e tinta para pintar o rosto durante a marcha. “Não carregue bandeira de nenhum partido, a bandeira que devemos carregar é apenas a do Brasil, que é o nosso interesse comum”, diz texto na página do evento.

O protesto está previsto para começar às 10h do dia 7 de setembro. O local escolhido é o Museu Nacional, próximo à Esplanada dos Ministérios, onde é realizado o tradicional desfile militar.

terça-feira, agosto 30, 2011

Blog do Valter disse...

Blogger

Boa noite Jornalista Waldir Silva!

É uma imoralidade nacional essa realidade vivida aqui em Parauapebas publicada na IN-Revista, falando da festa que os que se dizem representantes do povo fazem com o nosso dinheiro! Enquanto a maioria da população de Parauapebas não ganham se quer, o suficiente para garantir no mínimo uma refeição por dia, esses "Parasitas do Poder Legislativo" esnobam com seus altos salários de Marajás. Agora eu pergunto: Onde está o Ministério Público Estadual e Federal que não procura apurar esse abuso com nosso dinheiro? A gente vê todo dia na grande mídia, a Polícia Federal prendendo Prefeitos, Vereadores e outros tipos de "Bandidos legalizados" do Poder Público Brasileiro, e até agora a gente não viu a "Tropa de Elite" se voltar para Parauapebas para fazer uma devassa nas contas do Poder Legislativo Municipal e no Poder Executivo desde que os mesmos foram instituídos no nosso município, que com certeza iria encontrar muita mutreta escondida debaixo do "tapete" desses dois PODERES, que invejaria até o lendário Al Capone.
Apelo para a população de Parauapebas ficar atenta para a próxima eleição municipal que está as portas. Cuidado com as falsas promessas daqueles que já conhecemos sua atuação tanto no Poder Executivo, como no Legislativo.


sábado, agosto 27, 2011

NOSSO BLOG RECEBE COMENTÁRIOS SOBRE TÍTULO INDEVIDO DE "DOUTOR".

caro amigo.
Essa idéia de advogado ser doutor, é um equivoco que a história recente desse país não apagou.

Estudar todos estudamos,ter caráter todos temos.
Essa diferença é inutil e preconceituosa.
advogado é bacharel e só.
Doutor é pra quem faz doutorado.


Concordo em genero e número com Rany Ferreira. Doutor é quem tem doutorado, com tese defendida (com todo o rigor do método científico) frente a uma banca de 5 doutores e homologado pelo Reitor de Universidade reconhecida.

Esse título gera um documento (diploma) que vem inscrito "DOUTOR EM..." e dá o direito ao outorgado de usar o título em qualquer parte do mundo.

O diploma de Bacharel não tem isso nem dá direito do título de doutor. Ademais, tese de doutorado não é "tese" jurídica (processo) defendida em tribunal e nem o juiz tem legalidade de outorgar o título de doutor a um advogado. Juiz, promotor e delegado de polícia, sem doutorado, também não é doutor.

Advogado é um bacharel aqui ou na Conchichina, e só. Em paises do 1º Mundo, advogado sem doutorado é chamado simplesmente de advogado e mais nada. Somente em países como o Brasil, do 3º Mundo, cujo povo não tem cultura é que advogado recebe essa denominação.

E não venham invocar leis e decretos do tempo da Colonia ou do Império. Com o advento da República essas leis e decretos caducaram. Não existe DOUTOR por tradição ou excelência. Isso é coisa anacrônica. Aliás, é crime de falsidade ideológica. O resto, é ignorância, boçalidade, arrogância.

Tem muito advogado que com sabedoria e humildade entendem isso e não usam o titulo indevidamente. Aos outros, isso cheira incompetencia, ou no mínimo intolerância.

O caminho legal e correto é entrar num exame de pós-graduação de mestrado e chegar ao doutorado, sem querer entrar pela porta dos fundos, mas pela escadaria principal, para usar o título. Só quem isso exige muiiiiittttooo estudo.
Fadel David Antônio Tuma Filho.

COMENTÁRIO:

E essa regra acima mencionada pelos comentarista serve para todas as áreas profissionais, só é DOUTOR, quem se submete ao curso de DOUTORADO, e para fazer DOUTORADO, terá que fazer ainda o MESTRADO. Fora desses critérios, quem ostenta o título de DOUTOR indevidamente, está praticando o CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA. Com a palavra nossos Juristas e autoridades do Poder Judiciário.

Valter Desiderio Barreto - Escritor e Jornalista.

quinta-feira, agosto 25, 2011

Câmara de Parauapebas é mais cara do país, diz IN-Revista


Presidente da Câmara Euzébio, um dos beneficiados

Baseada em orçamento anual de R$ 19 milhões, com um quadro de 11 vereadores, a IN-Revista (edição do mês de julho) denuncia que a Câmara Municipal de Parauapebas tem os vereadores mais caros do Brasil.

Segundo a revista, o Poder Legislativo parauapebense possui em seus quadros 529 servidores contratados sem concurso público, o que dá uma média de 48 funcionários para cada vereador, número considerado muito grande se comparado com outros parlamentos.

A revista levanta que a Câmara Municipal de Parauapebas possui mais servidores do que os ministérios de Esportes, que conta com 348 funcionários, e do Turismo, que tem em seus quadros 450 servidores públicos.

De acordo com levantamento feito pela ONG Contas Abertas, o custo mensal de cada parlamentar na Câmara dos Deputados, em Brasília, chega a R$ 114 mil, inclusos aí o salário, despesas com viagens e outros auxílios. Em Parauapebas, conforme denuncia a IN-Revista, cada vereador custa aos cofres da Câmara Municipal mais de R$ 116 mil por mês.

REPERCUSSÃO
Tão logo a revista circulou, a repercussão foi grande entre os moradores da cidade, uma vez que a relação custo benefício é bastante questionada pela população. Entre muitas pessoas, os vereadores não são vistos como exemplo de trabalho e combate às verdadeiras mazelas sociais.

“É um absurdo o que acontece aqui. Você não vê um questionamento, uma crítica à prefeitura. Parece que está todo mundo no mesmo grupo. Tem bairro aqui em que você não consegue nem andar, que nunca viu presença de autoridade”, queixa-se o pedreiro Antônio Araújo Neto, após ler a reportagem sobre a Câmara.

Outra pessoa que se mostrou indignada foi a balconista Silvia Ribeiro Lima: “Realmente revoltante. Eu com o meu salário mínimo e esse povo torrando o nosso dinheiro. Fico muito triste com esse tipo de coisa, por isso já nem ando naquela Câmara”.

NEGATIVA
Procurado para se reportar sobre as denúncias, o presidente da Câmara Municipal de Parauapebas, vereador Euzébio Rodrigues dos Santos (PT), negou à reportagem do CORREIO DO TOCANTINS que o Poder Legislativo local seja o mais caro do Brasil.

Dizendo que até a última sexta-feira (19) ainda não havia tomado conhecimento do teor da matéria veiculada na revista, Euzébio Rodrigues desmente que a Câmara de Vereadores tenha hoje em seus quadros a quantidade de 529 servidores contratados.

Perguntado sobre o número exato de funcionários que a Câmara possui hoje, o presidente do Legislativo respondeu que não tinha essa informação “na cabeça”, mas acreditava que a quantidade de servidores públicos poderia chegar a trezentos.

Questionado sobre a visível falta desses funcionários em seus postos de serviços, nos gabinetes dos vereadores, Euzébio Rodrigues respondeu que “muitos servidores” da Câmara Municipal estão cedidos para órgãos do estado, como Fórum de Justiça, Delegacia de Polícia, Detran e outras repartições públicas.

Com relação à informação de que este ano a Câmara conta com orçamento de R$ 19 milhões, o presidente da Câmara de Vereadores confirma estes valores, com uma ressalva: “Na verdade, o duodécimo da Câmara este ano é de R$ 16 milhões, mais R$ 3 milhões que entraram como emenda exclusiva para construção do prédio próprio do Poder Legislativo, chegando aos R$ 19 milhões”, explica o vereador.

Euzébio Rodrigues garante que todas as despesas ordenadas pela presidência da Casa de Leis são postadas, para qualquer pessoa verificar na internet, no Portal da Transparência, segundo ele, lincado no site da Prefeitura de Parauapebas (www.parauapebas.pa.gov.br), com cópia enviada para o Tribunal de Contas dos Municípios.

Brasil pode deixar de ser o país mais católico do mundo em 20 anos, aponta pesquisa da FGV


Agência Brasil

O Brasil pode deixar de ser o país mais católico do mundo nos próximos 20 anos, de acordo com o Novo Mapa das Religiões, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. “É um ritmo forte de transformação. As mudanças que aconteceram em 100 anos agora estão acontecendo em dez [anos]. Se continuar essa perda de 1 ponto de porcentagem [de católicos] por ano, em 20 anos você teria menos de metade da população”, calcula Marcelo Neri, coordenador do levantamento.

A pesquisa mostra que atualmente o percentual de mulheres católicas (71,3%) é menor do que o de homens (75,3%). “Acima de tudo, acho que seja a chamada revolução feminina. Poucas coisas mudaram mais no cotidiano das pessoas do que questões como trabalho e anticoncepção entre as mulheres. O fato é que, embora as mulheres sejam bem mais religiosas do que os homens, elas são menos católicas, talvez por uma questão de afinidade”, disse Neri.

O Novo Mapa das Religiões revela que o sexo feminino representa a maioria entre adeptos de 23 das 25 religiões listadas como as mais populares pela pesquisa, como a católica, a evangélica pentecostal, a evangélica tradicional, a espírita kardecista, a luterana e a umbanda. Segundo o documento, enquanto os homens abandonaram crenças, elas mudaram de religião. “O catolicismo, o candomblé e o budismo são religiões masculinas. Todas as outras são basicamente femininas”, acrescentou o coordenador.

A pesquisa da FGV mostra que o Brasil vai de encontro à tese do sociólogo alemão Max Weber que associa a situação econômica à opção religiosa. “O Brasil talvez seja o grande contraexemplo dessa tese. Os países mais tradicionais europeus estão passando por grande dificuldade econômica e todos os maiores são essencialmente católicos. Já entre o Brics [Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul], o Brasil é o maior [em relação à economia e a adesão ao catolicismo]”, avaliou Marcelo Neri.

Outro dado do levantamento é que a taxa de catolicismo no Nordeste é a mais alta do Brasil (74%) e no Sudeste é a mais baixa (64%). “No entanto, no Nordeste [a taxa] tem crescido em velocidade 2,5 vezes maior do que no Sudeste”, ressaltou o coordenador da pesquisa.

Entre os estados, o Piauí é o que concentra o maior número de católicos. Na outra ponta, está Roraima, com a menor população adepta ao catolicismo e que também apresenta a menor religiosidade.

O catolicismo está mais presente entre os mais ricos, da classe AB (69,07%), e entre os mais pobres, da classe E (72,76%). Entre as outras religiões, os evangélicos tradicionais estão concentrados, principalmente, nas classes AB (8,35%) e C (8,72%), reduzindo a participação nas camadas mais baixas, chegando a representar 4,69% da classe E. Seitas espíritas e espiritualistas representam 5,52% da população na classe AB. Entre as faixas de renda, a classe E foi a que se mostrou como a menos religiosa de todas (7,72% não têm religião).

“Religiões orientais e afro-brasileiras estão mais presentes no topo [considerando a renda]. Quanto mais a renda aumenta, existe mais diversidade religiosa. Nos últimos anos no Brasil, houve uma queda acelerada do catolicismo, mas não em direção aos evangélicos pentecostais, como nas chamadas décadas perdidas, e mais em direção aos evangélicos tradicionais e todas as religiões alternativas ao catolicismo e aos grupos evangélicos”, destacou Marcelo Neri.

Edição: Juliana Andrade

CUTIA PRESTES A FECHAR PARCERIA COOMIC PARTICIPA DE REUNIÃO DOS LIDERES GARIMPEIROS DO DISTRITO MINERAL DE SERRA PELADA

Raimundinho, Artur e Gesse Simão

Raimundo Lopes recepcionando o prefeito Chamonzinho.

Todas as lideranças garimpeiras

Prestes a firmar parceria com a iniciativa privada para pesquisa e exploração dos minerais existentes no antigo garimpo, a Cooperativa Mista do Garimpo da Cutia – Coomic está participando ativamente de ações que venham atender aos interesses das mais de 80 famílias residentes na localidade. Na última quinta-feira (18) o presidente da entidade, Raimundo Lopes participou de uma importante reunião que agregou as oito cooperativas do distrito mineral de Serra Pelada, oportunidade em que foram discutidos temas sobre moradia popular.

No ano passado uma equipe da Companhia de Habitação do Pará - COHAB visitou a vila de Cutionópolis onde realizou levantamento sócio-econômico das famílias da localidade. O estudo visa identificar as condições de moradia para que sejam feitos projetos de construção de residências através de programas do Governo do Estado por meio da COHAB e Prefeitura de Curionópolis.

Naquela oportunidade, o coordenador da pesquisa, engenheiro civil Antonio Artur Farias afirmou que “a avaliação no geral é extremamente positiva, os moradores entenderam a importância desse trabalho. Posso afirmar que o nosso trabalho foi um verdadeiro sucesso”, avaliou.

O encontro das lideranças garimpeiras contou com a presença do prefeito de Curionópolis, Wenderson Chamon, a vice, Iraides Campos e o subprefeito do Distrito de Serra Pelada, Telmo Souza.

Artur Farias, que nessa feita não veio ao município como membro da COHAB, mas como técnico, apresentou uma proposta de agregar as cooperativas em uma única entidade que irá defender os interesses socioeconômicos dos moradores da região mineral: “A idéia no geral é elaborar propostas de políticas públicas as autoridades competentes e com isso esperar que essas políticas sejam implementadas na região beneficiando assim uma comunidade que esperar por ações desta natureza ha mais de 30 anos”, disse Artur.

Raimundo Lopes presidente da Coomic participou da reunião com demais lideres garimpeiros e ficou muito satisfeito com a iniciativa: “É importante que haja essa união entre nós líderes, uma vez que o interesse geral é ver o desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida das comunidades”, frisou o presidente da Coomic.

O prefeito Chamonzinho declarou apoio a todo movimento que venha atender os anseios e bem comum do povo de Serra Pelada e Cutia e lembrou: “O projeto de mineração desenvolvido pela Coomigasp vem dando sua parcela de contribuição no bem estar da localidade e com nosso apoio outros poderão surgir. Unidos, poder publico, sociedade organizada e iniciativa privada, iremos sim, dar condições de vida melhor a nossa gente”.

Raimundo Lopes deve viajar até o começo de setembro para a China, onde se encontrará com o grupo Penxing para discutir uma possível parceria. “Se a proposta atender os interesses de nossa sociedade, é possível que façamos um contrato e que os chineses atuem em Cutionópolis”, finalizou Raimundo Lopes.

Agência Bateia

sexta-feira, agosto 19, 2011

Nota Oficial do Deputado João Salame sobre Serra Pelada

Deputado Estadual João Salame


Foi com surpresa que recebi a notícia que está circulando um panfleto no Sul do Pará convidando os garimpeiros de Serra Pelada, para, no dia 22, “interditar o garimpo”. O panfleto estaria assinado pelos senhores Luiz da Mata e João Amaro Lepos.

Num informativo da Agasp – Associação dos Garimpeiros de Serra Pelada, o referido panfleto é reproduzido e, em editorial, a entidade afirma que estou me unindo a baderneiros. Questiona também porque eu não assino a proposta de CPI para investigar os escândalos que ocorrem na Assembléia Legislativa do Estado. Diante desses fatos quero fazer os seguintes esclarecimentos:

01-Desautorizo qualquer entidade ou liderança, de oposição ou situação, a usar o meu nome no que se refere ao Garimpo de Serra Pelada;

02-Com todo respeito aos senhores Luiz da Mata, João Lepos, Jessé Freire, Tony Duarte e outras lideranças garimpeiras, não sou instrumento de nenhum deles;

03-Não tenho interesses econômicos, políticos ou profissionais envolvendo o Garimpo de Serra Pelada;

04-Faço parte de uma Comissão para ajudar o Garimpo de Serra Pelada a resolver seus problemas, de forma pacífica, a garantir os direitos da ampla maioria dos garimpeiros, muitas vezes manipulados por falsas lideranças;

05-Desautorizo qualquer convocação para interditar o Garimpo ou promover qualquer tipo de conflito. Nossa ida a Serra Pelada é para ouvir a Coomigasp, a Mineradora Colossus, os moradores de Serra Pelada, as entidades, o prefeito e vereadores do município, em busca de apoio ao garimpo e ajudar na busca de ações positivas do Governo do Estado para as demandas daquela sociedade;

06-Nosso objetivo não é afugentar investidores. Ao contrário. É fazer o garimpo produzir e garantir que os direitos da grande maioria dos garimpeiros sejam respeitados. Garantir que o lucro será distribuído para a grande massa de garimpeiros. Não para ser instrumento da disputa de grupos pelo comando do garimpo;

07-Temos mantido um diálogo respeitoso com a Coomigasp, com a Colossus, com as autoridades do município e com todas as entidades que nos procuram. Sem emitir nenhuma posição ou juízo de valor, pois não conhecemos a fundo os problemas do Garimpo, o que só irá ocorrer após nossa visita;

08-A propósito, quero informar que apenas 10 (dez) deputados assinaram a proposta de CPI para apurar os escândalos da Alepa e eu fui um dos primeiros a subscrever esse pedido, por entender que qualquer desvio de dinheiro público deve ser rigorosamente apurado;

09-Manteremos nossa visita a Serra Pelada, até porque o panfleto pode ter o objetivo de impedir nossa ida ao garimpo. Mas pra demonstrar que não somos instrumento de ninguém e para evitar tumultos, a data do dia 22 está suspensa. A nova data da visita da comissão de deputados será no dia 17 de Setembro e não será prorrogável. Vamos lá para ajudar o garimpo e os garimpeiros de Serra Pelada. Para que o empreendimento funcione em favor dos garimpeiros. Não para tumultuar.

10-Essa nova data foi definida em comum acordo com a Casa Militar do Governo do Estado. Estaremos acompanhados de um destacamento da Polícia Militar, para garantir que nenhum conflito ocorra e que a visita sirva para ajudar os garimpeiros de Serra Pelada a explorar a mina e ser beneficiados com o produto dessa exploração;

11-Por fim, daqui pra frente, como antes, nenhuma liderança ou entidade garimpeira, de oposição ou de situação, está autorizada a utilizar meu nome. Para nada.

Belém, 09 de Agosto de 2011.

Deputado João Salame – Líder do PPS

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...