Após quatro fases, 'Luz na Infância' prendeu 546 pessoas e realizou mais de mil buscas. Operação investiga armazenamento, compartilhamento e produção de pornografia infantil.
Por Gabriel Palma, TV Globo — Brasília.
Policiais civis durante operação de combate à pedofilia — Foto: Polícia Civil/Divulgação.
Após quatro fases e três anos de ações, a operação 'Luz na Infância'
prendeu em flagrante 546 suspeitos de abuso e exploração sexual na
internet contra crianças e adolescentes.
Além das prisões, foram cumpridos no período 1.112 mandados de busca e apreensão.
Além das prisões, foram cumpridos no período 1.112 mandados de busca e apreensão.
A operação investiga crimes de armazenamento, compartilhamento e
produção de pornografia infantil.
As penas para esse crime variam de 1 a 8 anos de prisão.
As penas para esse crime variam de 1 a 8 anos de prisão.
A operação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e, ao longo das
quatros fases, envolveu a atuação das polícias civis de todos os estados
do Brasil.
Na quarta fase, deflagrada neste ano, a coordenação foi realizada pela Secretaria de Operações Integradas, uma nova secretaria no Ministério da Justiça, criada para coordenar ações policiais integradas em todo o país.
Na quarta fase, deflagrada neste ano, a coordenação foi realizada pela Secretaria de Operações Integradas, uma nova secretaria no Ministério da Justiça, criada para coordenar ações policiais integradas em todo o país.
Confira o balanço por fase da Operação:
- Luz na Infância 1 - Realizada em 20 de outubro de 2017, cumpriu 157 mandados de busca e apreensão. Foram presas 108 pessoas.
- Luz na Infância 2 - Realizada em 17 de maio de 2018, cumpriu 579 mandados de busca e apreensão. Foram presas 251 pessoas.
- Luz na Infância 3 - Realizada em 22 de novembro de 2018, cumpriu 110 mandados de busca e apreensão no Brasil e na Argentina. Foram presas 46 pessoas pela Polícia Civil.
- Luz na Infância 4 - Realizada em 28 de março de 2019, cumpriu 266 mandados de busca e apreensão. Foram presas 141 pessoas.
Investigações.
No geral, as investigações começam com a apuração pelo Laboratório de
Inteligência Cibernética do Ministério da Justiça, que identifica
informações e possíveis suspeitos na internet.
Com indícios suficientes, os dados são repassados às policias civis, para apuração das delegacias de proteção à criança e ao adolescente e de repressão a crimes informáticos.
Com indícios suficientes, os dados são repassados às policias civis, para apuração das delegacias de proteção à criança e ao adolescente e de repressão a crimes informáticos.
Nos estados, cada Polícia Civil instaura inquérito e pede ao Judiciário
autorização para os mandados de busca e apreensão.
As prisões ocorrem em flagrante, quando policiais encontram os materiais ilícitos.
As prisões ocorrem em flagrante, quando policiais encontram os materiais ilícitos.
Os crimes investigados nesta operação são:
- Armazenamento de fotos ou qualquer material de pornografia infantil ou que revele clara violência sexual de crianças e adolescentes: pena de 1 a 4 anos de prisão.
- Compartilhamento de pornografia infantil: pena de 3 a 6 anos de prisão.
- Produção de pornografia infantil: pena de 4 a 8 anos de prisão.
Prevenção.
As recomendações do Ministério da Justiça e Segurança Pública para prevenir crimes do gênero são as
seguintes:
seguintes:
- Denúncia - Ao ter suspeita ou constatar algum comportamento inadequado, pais e demais responsáveis devem denunciar conteúdo na polícia, procurar imediatamente ajuda de profissionais da área e utilizar os canais de denúncia das redes sociais para reportar eventuais crimes ou irregularidades que percebam.
- Controle parental - Acompanhar o que os menores estão fazendo no ambiente online. Procurar e utilizar recursos que vários programas permitem para controlar que tipos de sites as crianças acessam, bem como o horário de acesso. Esses programas limitam horários e fazem com que os pais regulem o acesso e evitem sites com conteúdo inadequado para crianças.
- Conhecer como as ferramentas e as redes sociais funcionam, o tipo de informação que retêm e como as pessoas ficam expostas. Então, a orientação em casa e o acompanhamento dos que os filhos estão fazendo é de extrema importância.
- Verificar configurações de privacidade de redes sociais, para não deixar crianças expostas com localização identificadora de residência e outras informações pessoais. Redes sociais permitem esse controle para evitar exposição de informações pessoais.
- Atenção redobrada com estranhos. A preocupação com quem as crianças não falem com estranhos na rua tem que ser estendida para a vida online. Menores de idade devem ser orientados pelos responsáveis a não falar com estranhos também quando estão na internet.