Os agentes também apreenderam grande quantidade de munições e carregadores.
Zinho, considerado chefe da milícia, se entregou à Polícia Federal no último domingo (24).
Por g1 Rio e TV Globo.
Policiais da 36ª DP (Santa Cruz) apreenderam nesta terça-feira (26) quatro fuzis com um suspeito de integrar a milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
O miliciano se entregou à Polícia Federal no último domingo (24).
Os agentes também apreenderam uma grande quantidade de munições e carregadores.
O suspeito que estava com o armamento foi preso.
Zinho — Foto: Reprodução/TV Globo.
Nos últimos meses, a PF e o Ministério Público realizaram várias operações para prender o miliciano.
A última delas foi a Operação Dinastia 2, no último dia 19, que teve 5 presos e a apreensão de 4 armas, além de R$ 3 mil em espécie e celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos.
Bastidores da prisão de Zinho.
Mapas mostram rendição de Zinho — Foto: Infografia: Vitoria Romero Coelho/g1.
A defesa de Zinho procurou a Secretaria Estadual de Segurança Pública há pouco mais de uma semana para pedir um contato na Polícia Federal (PF) a fim de negociar a rendição do chefe da maior milícia do RJ e, até então, o criminoso mais procurado do estado.
Nem 10 pessoas sabiam dessas negociações.
Após o criminosos se entregar, a PF o deixou na porta de entrada do sistema penal fluminense, em Benfica, ainda na noite de domingo. Em seguida, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) fez uma megaoperação para transferir Zinho ao Complexo Penitenciário de Gericinó.
A operação contou com um comboio formado por, pelo menos, 50 homens do Grupamento de Intervenção Tática (GIT), do Serviço de Operações Especiais (SOE) e da Divisão de Busca e Recaptura (Recap), todos da Seap.
Agentes da PF deixaram Zinho em Benfica pouco antes das 23h.
À meia-noite, o miliciano já estava em Bangu 1.
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Cinco anos foragido e relação com deputada.
Foragido desde 2018, Zinho tinha 12 mandados de prisão em aberto e, após negociações, se apresentou na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro.
A defesa não respondeu à tentativa de contato do g1, mas em última nota enviada, no contexto da Operação Dinastia 2, negou que Zinho seja o chefe da milícia e cita uma suposta “total anemia probatória” contra ele.
Entretanto, segundo notas da Polícia Federal, a prisão de Zinho neste domingo se deu após negociações entre da defesa com a PF e a Secretaria de Segurança do Rio.
Deputada Lucinha (PSD) — Foto: Reprodução TV Globo.
Segundo apuração do blog da Camila Bomfim, Zinho resolveu se entregar após a operação que fez buscas na casa da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha, do PSD, que é considerada como o braço político da milícia.
Investigadores ouvidos pelo blog disseram que "chegar à deputada é chegar a todo o esquema", já que a narcomilícia e a política são um "bloco de poder": "Quando você atinge um eixo, você atinge o outro".
Zinho, ainda, estaria com medo, depois que seu sobrinho foi morto, em outubro, durante uma troca de tiros com a polícia, o que desencadeou uma série de incêndios em ônibus pelo Rio.
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